Capítulo 23

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Que os livros sejam portas para os mais infinitos sonhos. 

Capítulo 23

Tão logo foi deixada sozinha, sentiu a virose e o remédio prescrito pelo médico fazer efeito, despertou sozinha mas menos fraca e tonta, restando apenas uma náusea persistente em seu estômago. Se dirigiu ao banheiro sentindo-se atordoada devido aos últimos acontecimentos e a mudança repentina, não foi oferecido tempo, nos últimos trinta e sete dias, para que assimilasse sua nova situação e era desgastante o efeito daquilo em sua mente e corpo. A prova daquele cansaço era o seu reflexo abatido e coberto de olheiras, além do cabelo embaraçado e os olhos inchados.

Tentou dá um jeito nas mechas com a escova, mas não vendo resultados suspirou com desânimo e se despiu entrando no chuveiro para lavá-los junto ao corpo. Se abraçou encolhendo-se sob a água morna, sabia que pior que sua exaustão aparente era seu aspecto interno, já que não era sujeito a reparos simples e necessitaria de tempo. Após um longo tempo prolongando, lavou os cabelos e saiu do banheiro coberta por uma macia toalha felpuda. No closet suas malas estavam dispostas e aliviada se colocou a vestir-se, optando por uma legging sob uma camisa verde folha mais comprida e botas de cano longo, por cima optou por um tweed verde que lhe aqueceu imediatamente.

 No closet suas malas estavam dispostas e aliviada se colocou a vestir-se, optando por uma legging sob uma camisa verde folha mais comprida e botas de cano longo, por cima optou por um tweed verde que lhe aqueceu imediatamente

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Retornando para o quarto pensou em ligar para sua mãe e sua família, mas desistiu ao notar que passavam de 14h, havia dormido mais de dez horas de relógio e a náusea lhe impedia de sentir fome. Colocando o celular e o carregador na bolsa, acrescentou os documentos e mais um casaco e saiu do quarto apenas então se dispondo a observá-lo.

Não era grande e era principalmente luxuoso, com uma cama extensa ocupando boa parte disponível do espaço com um adorno de seda azul celeste aberto na cabeceira e as paredes ocupadas por um papel de parede branco em detalhes de delicadas folhas e adornos azuis. Havia moldes dourados como acabamento em todas as paredes e os móveis e a antessala seguia os mesmos parâmetros de luxo seguindo ainda o teto que era circular em um tom de azul alabastro. Era o dormitório digno de uma rainha e os corredores fora do mesmo não ficava para trás.

Constituídos de arcos que finalizavam em pilastras de mármore, o piso industrial com placas de cerâmicas percorriam toda a extensão que contava com candelabros nas paredes com velas e no final do mesmo cortinas que adornavam portas duplas de vidro que se abriam para uma sacada de parapeito com balaústres italianos que lhe lembravam galerias de teatros e óperas.

Ao final do corredor se deparou com uma suntuosa escada que se bifurcava em quatro direções no segundo andar, sendo essas espaçadas por colunas duplas e se abrindo até o hall principal. Descendo os degraus, olhou para todos os lados sem conseguir deixar de se impressionar com a arquitetura da casa, perturbada com os questionamentos que lhe tomavam, seguiu pelos corredores até encontrar a cozinha igualmente impressionante.

– Quem é o dono desse lugar, um rei? – colocou a mão na testa tentando impedir o fluxo de pensamentos constantes.

– Bom dia, seu almoço será servido.

Série Os irmãos Backar - Amor por conveniência - livro 5Onde histórias criam vida. Descubra agora