Postagem de quatro capítulos simultâneos, espero que gostem.
Apenas peço que leiam tudo com atenção.
Boa leitura.
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Ricardo desceu as escadas da casa dos Giordani enquanto introduziu os braços nas mangas da jaqueta, do bolso da mesma alcançou seus óculos escuros e os colocou no rosto antes de alcançar o último degrau e observar os resquícios da festa durante toda a madrugada.
Havia pessoas adormecidas nos sofás e nas poltronas e pouco ou nenhum tecido cobrindo seus corpos, para um riquinho esnobe como Otávio, ele sabia deixar a nata de herdeiros nobres do estado bastante aquém do comportamento habitual esperado em seu meio. Parou por pouco não esbarrando na empregada que abaixou a cabeça e saiu contida em direção a cozinha com alguns panos dobrados em mãos.
Se apressou para a entrada sem esperar por um empregado para abrir a porta, passou pela mesma com alívio e buscou na entrada pelo esportivo de luxo de Lorenzo recostando ali. O cansaço cobrava seu preço e sua cabeça pulsava com a ressaca prolongada, mas precisaria ir para o escritório para uma reunião com um cliente antigo que não era do tipo de adiar os compromissos.
– Fugindo, pequeno Braga?
A voz de Otávio surgiu da entrada e o moreno respirou fundo buscando alento no fato que estava de saída quando observou o empresário de porte baixo se aproximando de onde ele estava. O Giordani sorriu para seu desconforto e estalou a língua negando com a cabeça com claro cinismo.
– Lhe deixo usar um dos meus quartos de hóspedes para se divertir com minhas convidadas e a retribuição que recebo é essa? Espero que da próxima me procure para agradecer, quem sabe tomar um café e me fazer companhia.
– Não achei que em uma casa cheia de convidados a minha presença faria falta.
– Ora, não se desvalorize, Ricardo. Afinal todos aqui são de famílias abastadas e não precisam de pequenos golpes para se manter, o que te torna diferente dos outros, não é mesmo? – enfiando as mãos morenas nos bolsos da bermuda cara, Otávio se aproximou. – Sua família não passa de um degrau para os mais ricos terem onde pisar, apenas fingem serem outra coisa.
– Amorzinho! – a voz feminina veio da porta e Otávio suspirou.
– Acho que minha quase namorada me encontrou.
– Deu esse tipo de festa com a sua namorada em casa? – fingiu surpresa.
– Cinismo, pequeno Braga? Esse jogo é bem divertido, não é mesmo? Pessoas como nós não temos relacionamentos, temos negócios rentáveis, assim como a princesinha Backar é para você. – o bico do empresário lhe pareceu ridículo. – As santas são troféus para nós mostrarmos ao mundo, é com essas pálidas criaturas que herdeiros como nós nos casamos. Virgens, recatadas e pouco interessantes, mas a nossa diversão está fora de casa.
Ricardo o observou rir despretensiosamente.
– Homens como eu não nos casamos com vadias como sua irmã do meio. – o provocou debochadamente.
– Veja lá como fala.
– Shh, pequeno Braga, não é uma ofensa. Eu disse para Samanta recentemente quando descobri o casinho dela com aquele Ruizinho de nada, eu sou um grande admirador desse jogo dela. Imagina que inteligente uma vadia como ela conseguir um idiota para mantê-la? Tudo bem que é um politicozinho de nada sem sobrenome de berço e grandes fortunas, mas já é mais que uma mulherzinha como ela conseguiria.
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Série Os irmãos Backar - Amor por conveniência - livro 5
Roman d'amour5 Livro A família inglesa está a frente da casa noturna mais procurada de São Paulo, a Space Dance, e a cada dia torna-se mais conhecida nacional e internacionalmente pelo maior número de pessoas. Os Backar são formados por seis irmãos dis...