seguindo mandy

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Passo a seguir a bela jovem, desde a morte do seu pai. Ela passa o luto em uma bela casa, a acompanho a maior parte do tempo, não posso ficar direto com ela, pois tenho que fazer meu trabalho como anjo. A vejo chorar muitas vezes, pelo visto, ainda deve sentir a falta de seu pai.

(...)

Ela entra num prédio, após cinco dias de luto, a sigo pelos corredores sem ela me ver, claro. A jovem entra num quarto e entro junto. Troca de roupa, sinto uma vontade enorme de toca-la, pois seu corpo é muito esbelto. Sei que estou cometendo um pecado e que provavelmente Deus está vendo. Fico ali, ela deita na cama e adormece, me deito do seu lado. Me surpreendo, quando uma bela jovem de cabelos loiros e de olhos azuis como o céu em dias claros, adentra no quarto. Seus olhos mudam de cor, se tornando de um laranja cor das chamas do fogo. Sei exatamente o que ela é, um híbrido de demônio com humano, uma mestiça. Ela olha diretamente para mim, imediatamente saio do lado da jovem adormecida.

—  Nunca havia visto uma mestiça de tão perto. — digo a encarando.

— Olá anjo, seguindo minha amiga e colega de quarto? — indaga arqueando uma sobrancelha, se sentando em sua cama.

— Não consegui evitar, ela é tão linda. — me aproximo da jovem e aliso os cabelos dela, ela sente meu toque, então imediatamente paro.

— Vem, vamos no banheiro, Mandy vai acordar. Você não a sente, mas ela sim. — A mestiça entra no banheiro e fecha a porta, atravesso ela.

A loira me encara por algumas horas em silêncio.

— Então mestiça, és filha de qual demônio? — a questiono.

— Balthazar. — responde simplista.

— Jura que você é filha dele? Constantine não o matou?  — indago franzindo o cenho.

— Sim, eu tinha apenas 7 anos de idade quando ele matou meu pai. — me explica, fechando a tampa do vaso sanitário e se sentando sobre ele.

— Ele é um demônio mestiço também.
— digo como se fosse óbvio.

— Sim, o que me torna mais humana do que de fato um híbrido legítimo. Só herdei alguns poderes de meu pai. Então, você está interessado na Mandy desde quando? — indaga, cruzando suas pernas.

— Desde que a conheci. Guiei a alma do pai dela para o outro lado. — explico.

— Entendo, se interessou nela à primeira vista. Sabe que não vai poder ficar assim por muito tempo, vai ter que fazer uma escolha, e posso te ajudar se escolher virar humano. — oferece.

— Me ajudar, como? — a questiono, franzindo o cenho.

— Vocês anjos não sabem nada mesmo sobre os humanos. Pra começar, terá que entrar para essa universidade, arrumar um emprego e outras coisas que humanos comuns fazem.

— Se eu virar humano, como entro na universidade?

— Simples, hipnotizo o diretor da universidade e ele te deixa entrar como um aluno. Também vou arrumar documentos falsos para você, afinal, trabalho com isso, herança do meu pai.  Quanto ao trabalho, isso não poderei te ajudar, mas conheço um outro cara que já foi anjo e está aqui na universidade. Deve conhecê-lo, se chama Hoseok. — me diz.

— Sim, o conheço, mas não tive muito contato com ele , era um anjo da morte também. Só não sabia que ele havia deixado o céu. — digo pensativo.

— Faz dois anos somente que vive como humano, porém não sei por quem ele decidiu abandonar a eternidade. Consigo ler a mente de todos os humanos, mas os que já foram anjos, eu não consigo. — explica, mas ainda não consigo entender.

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