grávida?

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Dias depois...

Acabou nossa lua de mel, mas foi incrível. Fazíamos amor sempre que possível. Estou louco pra ter uma família com a mulher que amo. Estamos indo até a casa do Nam, para fazer uma visita e levar um presente para Peter. Compramos uma xícara dos heróis da Marvel para ele. Assim que chegamos na casa de Nam, somos recebidos pelo garoto, vindo correr até Mandy, a abraçando. Mandy se abaixa, ficando na altura de Peter.

— Oi, garoto — ela afaga os cabelos dele.— Trouxemos um presente para você.

O garoto rasga a embalagem, vendo a xícara com os heróis.

— Obrigado, tia, vou tomar café nele todos os dias.

— De nada, agradeça ao tio Tae, ele também ajudou a comprar.— diz Mandy sorrindo.

— Obrigado, tio, gostei muito.

Me aproximo de Peter, afagando seus cabelos também.

— Querem brincar um pouco comigo?— pede o garoto.

— Eu vou com você, vamos deixar o tio Tae conversar com seu pai. Aonde você quer ir brincar?

— Lá no jardim. Queria um amigo, mas ainda não tenho nenhum.

— Logo você terá. Gentil do jeito que é, não vai demorar. — Mandy sai com o Peter, indo em direção ao jardim. Nam me leva até o sofá da sala, e nos sentamos lado a lado, uns centímetros longe do outro.

— Peter não tem amigos?

— Ele ainda não fez. Está algumas semanas somente, mas já deveria ter feito. Pensei em adotar outra criança, mas melhor não. Peter precisa fazer amigos sozinho. Se colocar outra criança aqui, tenho receio de qual será sua reação.

— Tens razão, amigo. Melhor deixar como está. Também crianças nefilins são difíceis de achar, e ele conviver com um humano comum e depois ter que se despedir, não será fácil.

— Sim, por isso desisti. Mas, me conta, como foi a lua de mel.

— O lugar é incrível, Nam, não sei como agradecer por tudo o que fizeram.

— Que isso, não precisa agradecer. São meus amigos, só queria que aproveitassem.

— Obrigado, aproveitamos bem essa semana que ficamos por lá.

— Que bom. Sei que nunca saiu de Los Angeles, não sei como era sua vida quando anjo, mas como humano, também tem que aproveitar.

— Obrigado, Nam. Quando anjo, sabe que minhas missões sempre mudavam, mas nunca foi no Havaí, apenas ouvia de outros anjos que o lugar é lindo.

— Queria levar vocês para conhecerem outros lugares incríveis, mas deixa mais pra frente. Já viajei bastante nesse mundo, conheci muitos lugares encantadores. Pretendo levar Peter para conhecer alguns desses lugares.

— Será ótimo para o garoto.

Ficamos ali um tempo, conversando sobre várias coisas. Até irmos embora, nos despedimos do Nam e de Peter.

(...)

Chagamos em casa, Mandy coloca as chaves sobre a mesinha que fica no corredor. Subimos as escadas juntos, ela abre a porta do quarto e começa a se despir, enquanto troca de roupa, conversamos.

— Sabe, o Peter me disse algo.

— Sério, amor, o que ele disse? — indago, tirando meus sapatos, sentado na beirada da cama.

— Que estou esperando um bebê. Ele pode ver isso?

— Bem, não é impossível, ele tem metade dos poderes de um anjo. Anjos da vida devem ter esse poder de ver uma vida se formando.

Foi eu disser isso e meu celular toca, aparecendo nome do Nam na tela. Atendo a ligação.

— Oi, Nam, pode falar.

— Meu filho disse que viu algo na barriga de Mandy, uma luz pequena brilhante. Disse que viu dentro da barriga dela e tinha o formato de um bebê.

— Mandy acabou de dizer isso, o que seu filho viu. Ele pode ver esse tipo de coisa?

— Pode, mas acho que é cedo para os poderes dele começarem a se manifestar. Anjos da vida conseguem ver quando uma vida está pra vir nesse mundo.

— Então quer dizer que Mandy está grávida? Já está esperando um filho meu? — Não consigo evitar, e sorrio bobo e feliz, quase chorando de emoção.

— Sim. — Ele solta um suspiro do outro lado da linha.

— Que suspiro foi esse, Nam? Tem algo de errado?

— Só acho estranho, Peter vendo essas coisas com essa idade. Tentem falar com Anabelle, pra ver o que ela diz e se não é coisa de minha cabeça. Desculpe não estar feliz por vocês, mas estou realmente preocupado.

— Tudo bem, entendo. Vou ver se consigo chamar Anabelle. Obrigado, Nam, por ajudar.

— Que isso, qualquer coisa me liga, quero estar informado também.

— Pode deixar. Por que não vem aqui também? Assim podemos todos tirar nossas dúvidas com a Anabelle.

— Melhor não, amigo. Tirem vocês primeiro, depois eu falo com a Anabelle.

— Como quiser. — Encerro a ligação, colocando o celular sobre o criado mudo.

— Algo de errado? Estou realmente grávida?

— Sim, mas Nam está preocupado, o que me deixa também. Peter não era pra ver coisas com essa idade, mas só Anabelle pode esclarecer isso, somente ela teve contatos com nefilins. — Levanto da cama e vou até ela a abraçando.

— E se nosso filho tiver algum problema? — Sua voz é de alguém que está prestes a chorar.

— Calma, amor, nós não sabemos ainda. — Aliso suas costas na tentativa de a acalmar.

— Vai ligar para Anabelle? — Se afasta do abraço, me olhando.

— Sim, agora mesmo. Tome um banho, meu amor, pra relaxar, está bem?

— Tá bom.

Mandy se dirige para o banheiro, aproveito que estou só e ligo para Anabelle. Logo ela atende a chamada.

— Fala, Tae, algum problema?

— Eu não sei, acho que só você pode dizer. Tem como você vir aqui?

— Está tenso, deu pra perceber pela sua voz. Não aconteceu nada de ruim na lua de mel, não é?

— Não, com isso pode ficar tranquila. É outra coisa, mas só posso te contar pessoalmente.

— Claro. Em alguns minutos estamos aí. Hobi vai comigo.

— Ah, claro, tudo bem, ele pode vir também.

— Ótimo, logo estou aí.

Ela encerra a ligação. Coloco o celular sobre o criado mudo novamente. Me sento na beirada da cama, colocando minha cabeça entre as mãos, meus cotovelos apoiados em meus joelhos. Estou preocupado, imaginando se meu filho, ou filha, virá com algum problema. O que não deveria de acontecer, pois sou totalmente humano.

Notas: O que será que Anabelle irá dizer? Ah, senti pena do casal, primeiro filho juntos e já estão preocupados.

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