Minha última palavra

Capítulo 4

/Gregory/

Chego na casa de meu tio que será minha casa por um tempo, não sei bem como agir, ali era tudo muito espaçoso, havia um jardim muito bem cuidado bem na entrada o que dava um ar de lar para que quem quer que fosse entrar ali. Toco a campainha e aguardo uns segundos, posso ouvir crianças correndo lá dentro e logo a porta se abre, uma mulher muito bonita, com cabelos escuros, olhos negros, não era tão alta, estava com um bebê em seu colo enquanto sorria alegremente para mim.

-Oi querido, você deve ser o sobrinho do meu marido, não? Por favor entre- Ela abre caminho para que eu pudesse passar, fechando a porta logo atrás de mim.

-Oi, muito prazer, me chamo Gregory- Meio sem jeito, estico a mão para cumprimentar ela, mas sou surpreendido com um abraço rápido.

-Muito prazer, sou Beatriz, pode me chamar de Bia ou até mesmo tia, como se sentir mais confortável em chamar- Ela dizia enquanto tentava acalmar o bebê em seu colo- Esse aqui é o Jacke o mais novo, ele não chora o tempo todo não, só deve estar com cólicas, aqueles outros dois correndo ali fora- Ela aponta pela janela da sala e vejo duas crianças correndo no quintal, pareciam estar se divertindo muito- são Alyssa e Lucas, são gêmeos mas bem diferentes um do outro, não os chamo agora porque não vão te dar sossego, acredito que queira descansar um pouco da viagem.

-São bem bonitos seus filhos, eles lá fora parecem se dar muito bem- Ainda olhando para aquelas crianças e vendo como eles estavam animados com o quer que seja que eles estavam brincando- Terei tempo para conhecer eles, estou um pouco cansado sim.

-Claro que sim. Bom só subir as escadas e a segunda porta a direita será seu quarto, deixei tudo organizado por lá, mas fique a vontade em mudar ele da forma que você preferir, queremos que se sinta em casa, ok? Qualquer coisa estarei aqui embaixo com as crianças.

-Ok, muito obrigado- Faço um carinho na cabeça do bebê e subo para o quarto querendo dormir nas próximas horas até meu tio chegar, pelo menos.

Assim que abro a porta do segundo quarto a direita como Beatriz havia dito, observo o tamanho daquele quarto, era muito bem decorado com paredes de cor bem claras, uma cama de casal no meio, do meu lado esquerdo havia um guarda-roupa enorme e só pensei que nem tenho tantas roupas assim, não ocupará nem metade da primeira parte dele, do lado direito tinha uma porta que dava para um banheiro que tinha uma banheira muito bonita e também era tudo bem organizado ali. Deixei minha mochila em cima da mesa que tinha em um canto perto da janela que dava para a rua, fechei as cortinas e me joguei na cama, que cama, era totalmente aconchegante.

Eu estava quase dormindo quando meu celular começa a tocar, de inicio penso em ignorar mas ele voltou a tocar e acabei perdendo a paciência e me arrastando fui ver quem era e era o Tio Ezequiel, na mesma hora dei um pulo da cama e fui atender.

-Alô? Oi tio, o que aconteceu?

-Oi sobrinho, desculpe incomodar seu descanso- Ele diz em uma voz bem séria o que me deu arrepios.

-Não se preocupe, não estava conseguindo dormir mesmo- Digo tentando acordar mas ele não precisava saber disso.

-Que bom, quer dizer, assim não me sinto mau por estar te pedindo isso. Eu sei que falamos de você começar a trabalhar amanhã mas não teria como você começar hoje? Tivemos um pequeno acidente com um dos garçons nossos e estamos com muito movimento por aqui, se não for incomodo para você, claro- Posso ver ele dando um sorriso por trás da ligação mas não dava para falar não, acabei de chegar aqui.

-Claro, sem problema. Vou só tomar um banho e já chego ai.

-Ótimo, muito obrigado. Assim que chegar pode vir na minha sala que te explico como funciona por aqui. Até.