/Clair/
Acordo por volta das 8 horas da manhã e com uma preguiça de sair da cama, rolo para o lado e acabo me sentando para tentar acordar direito. Vou até o banheiro fazer as higienes matinais e logo saio para a cozinha e novamente não acho mamãe em lugar algum de casa, suspiro e procuro me acalmar, hoje ela iria me contar o que estava acontecendo e não iria deixar que passasse de hoje.
Estava meio sem fome, então apenas peguei uma maça e fui pintar um pouco, era a melhor forma de colocar os pensamentos em ordem e não surtar completamente. Passo a manhã pintando e organizando meu 'ateliê' improvisado, assim que termino pego meu celular para ver mensagens já que passei a manhã sem olhar em nada nele.
Minha poeta preferida: Bom dia amiga, a festa vai ser por volta das 20:00 horas, esteja pronta que passamos ai te buscar.
Eu: Combinado então.
Minha poeta preferida: Você está melhor?
Eu: Estou sim, não se preocupe. Até mais tarde ;)
Deixo o celular de lado e procuro o que fazer, vou para sala e me deito no sofá, assim que viro meu rosto para a estante da sala que tinha algumas poucas fotos lá acabo vendo uma foto de minha mãe com meu pai abraçados e sorridentes, atrás deles havia uma cabana feita a tronco mesmo que meu pai tinha construído e isso me deu a ideia de voltar lá, fazia muito tempo que não ia, minha mãe não gostava das lembranças que aquele lugar lhe dava, ela dizia que a cada canto daquele lugar a fazia lembrar dele e não aguentava isso, então não íamos mais. Não vendeu e nem derrubou, porque queria deixar que decidisse isso, mas como não ia para lá a um bom tempo, nunca disse nada e ela também não me cobrava por isso.
Decido ir, ainda me lembro do caminho, era pela pequena floresta que tinha a um quarteirão de casa. Arrumo umas coisas na mochila, já que não sei como pode estar lá e deixo mensagem para mamãe caso ela volte de tarde e eu não tenha voltado ainda.
Pego minha mochila e minha bicicleta e vou pegar a estradinha da floresta. Não era tão difícil achar o lugar, afinal havia uma única estrada que levava para lá, mesmo que lá já esteja quase fechando o caminho, ainda conseguia ver e não tive muita dificuldade em ir por ainda estar de dia também.
Como na foto era aquelas típicas casinha de madeira que tem no meio do mato em filmes, era de dois andares e bem bonita por fora, por mais que minha mãe não venha para cá, ela pedia para alguém não deixar o mato crescer em torno da casa. Subo as escada para a varanda, mesmo não tendo muitas lembranças de meu pai por tê-lo perdido muito cedo, conseguia sentir um certo aperto no peito e uma enorme vontade em ter tido a oportunidade de ter crescido com ele.
Respiro fundo e abro a porta, dentro não era tão diferente do que imaginava, não tinha nada fora do lugar, apenas estava um pouco empoeirado os móveis. Na sala tinha um sofá grande no centro de frente a uma lareira e havia uma poltrona em cada lado, mais no canto da sala onde tinha uma escada, também havia um pequeno armário cheio de fotografias minhas, de meu pai, minha mãe e mais outras pessoas que não sei quem são e provavelmente meus tios e tias. de frente a escada era a cozinha que tinha um balcão que dividia a sala da cozinha, com armários de cores neutras e uma porta que dava nos fundos da casa que optei por ir lá outro momento.
Subo as escada e acabo ficando em um corredor com umas seis portas, a primeira a direita o banheiro, depois eram dois quartos, um de hóspedes e outro que seria de meus pais. Ao lado esquerdo eram um quarto que seria meu, outro seria um escritório e outro uma sala cheio de livros que mamãe tinha. Deixo minha mochila no meu suposto quarto, decido dar uma limpada no lugar e passar meu tempo.
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Minha última palavra
Mistério / SuspenseClair é uma garota de espírito livre, sempre gostou muito de pintar retratos sobre o que pudesse ser percebido pelo homem. Sempre foi uma garota alegre, até alguns segredos chegarem a serem descobertos, o que virou sua vida de cabeça para baixo. Gre...