Eu sei que vocês estão curiosos para saber o que rolou, então me deixa começar dizendo que não chegamos nem até a cama.
VOCÊS ENTENDEM O QUE É NÃO CHEGAR NEM ATÉ A CAMA?
Eu o segui escada a cima até o seu apartamento. Era estranhamente arrumado. Do tipo que eu não associaria a um barman. A luz da rua deixava o apartamento semi iluminado, um clima muito sexy. Ou eu estava meio assanhada aquele dia. Não sei.
Ele fechou a porta atrás de mim e depositou a chave no balcão.
- Quer beber mais alguma coisa?
Eu saí dos meus saltos desconfortáveis e deixei a bolsa cair no chão. Caminhei até ele, parando bem perto.
- Não.
Ele abriu um sorriso e esticou as mãos, colocando de cada lado da minha cintura.
- Nem uma água? Você bebeu bastante. – Me trazendo mais para perto.
- Não. – Disse subindo minhas mãos pelos braços dele. Nesse ponto já estávamos colados.
Ele abriu um sorriso enviesado extremamente indecente.
- Nada de conversa mesmo, né?
- Tenho ideias melhores para aproveitar esse tempo.
E então o beijei. E foi bom. Muito bom.
Ele me abraçou, se debruçando sobre mim, enquanto as minhas mãos foram para os cabelos longos dele.
Aí foi como se tivessem acendido um fósforo numa piscina de gasolina.
Intenso é pouco pra descrever. O beijo evoluiu rápido. Rápido demais. Em poucos segundo já estávamos em meio a línguas e mordidas. Mais alguns segundos e roupas estavam começando a sair do caminho.
Confesso que naquela meia luz eu pude admirar muito pouco a visão a minha frente. Minhas mãos mapearam músculos torneados e um abdômen irritantemente definido. Boa parte das vezes eu estava de olhos fechados porque as sensações que ele provocava em mim eram demais para ser aguentadas de outra forma.
Então ele imprensou meu corpo na parede mais próxima. A camisa dele já estava no chão, junto com minha jaqueta. O cinto e botões da calça dele já estavam abertos. Meu vestido já havia sido levantado até quase a minha cintura.
Ele parou de beijar meu pescoço e afastou o tronco. Seus dedos engancharam nas alças do meu vestido, tencionando para baixo. Aproveitei para movimentar meu quadril contra o dele e pude senti o quanto ele estava afetado.
Ele soltou o grunhido mais sexy que eu já ouvi e eu sorri, maliciosa e satisfeita a reação que arranquei. Aquilo pareceu acabar com qualquer controle que ainda restava nele, pois no segundo seguinte estávamos no chão.
Em exatos dez segundos, o restante de tecido que nos separava havia sido abaixado ou afastado sem cerimônia do caminho. Posso dizer que ele levou mais tempo pra por a camisinha do que levamos para tirar toda a roupa. Não demorou muito para senti-lo dentro de mim.
Foi rápido. E não tinha como ser diferente, naquela intensidade toda.
Tudo nele era extremamente excitante, ainda que eu não conseguisse enxerga-lo com clareza. As mãos que me apertavam com vontade, o corpo musculoso colado ao meu, como ele parecia carregar todas as sensações estampadas no rosto e bem, não tenho porque reclamar dele ter um tamanho bem acima da média.
E rápido demais eu me vi chegando ao fim da linha, inebriada demais, sensível demais. Eu nunca havia tido um orgasmo tão rápido em toda a minha vida. E intimamente eu agradeci ter uma banda tocando no andar de baixo, do contrário tenho certeza que a vizinhança inteira teria nos ouvido.
Paramos, embolados e ofegantes demais para falar qualquer coisa. Ele foi o primeiro a quebrar o silêncio.
- Eu planejava ao menos te levar até minha cama.
Eu ri.
- Definitivamente foi uma primeira vez pra mim.
Ele levantou o rosto que repousava no meu peito pra me olhar. Vi que balançava a cabeça, com uma falsa indignação.
- Você é gostosa demais para o seu próprio bem.
- Obrigada. Eu acho.
Ele se arrastou até o meu rosto e me beijou.
- Posso te levar para minha cama agora?
Uau..., mas já?
Só que não tive a resposta, porque o celular dele tocou. Sem mudar a posição, ele levou o aparelho até o ouvido.
- O que houve? – Ele perguntou, sem tirar os olhos dos meus.
Alguém respondeu em meio a um barulho familiar. Ele mordia meu lábio inferior enquanto ouvia. Aquilo já estava me excitando de novo. Então ele suspirou, revirando os olhos.
- Ok, já vou descer. – Desligou o celular. A boca dele se atirou na minha num beijo intenso. – Infelizmente a cama vai ficar para a próxima vez.
Próxima vez? Quem falou algo sobre uma próxima vez, barman?
Foi aí que me dei conta que o chamava de barman porque não sabia o nome dele.
- O que foi? – Ele perguntou vendo que eu sorria.
- Nada. Qual é o seu nome?
Foi a vez dele rir.
- Sirius. E o seu?
- Marlene.
- Bom... foi um prazer te conhecer, Marlene. – Ele disse quando se levantou, me ajudando em seguida. - Se quiser esperar no bar, não devo levar mais que uma hora e estou livre de novo.
- Na verdade, é melhor eu ir. As festividades continuam amanhã.
- Ok. – Ele me observava enquanto colocava todas as peças de roupa no lugar. – E quando eu te vejo de novo?
- Na despedida de solteira, eu acho. – Respondi erguendo os ombros. Me aproximei dele, dando mais um beijo. – Foi um prazer conhece-lo, Sirius.
E no minuto seguinte ele já abria a porta pra mim.
A verdade, é que eu não sabia se o veria de novo. Eu estava no meu modo off, como Lily costumava chamar, e meu modo off odiava qualquer coisa que resultasse em um pouco mais de envolvimento. E por mais que eu tenha transado com ele apenas algumas horas depois de conhece-lo, tinha algo naquele barman que gritava que eu me afastasse enquanto podia.
Em poucos minutos estava num uber a caminho decasa, relaxada e satisfeita consigo mesma.
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On e Off
FanfictionMarlene McKinnon é uma mulher linda, forte e inteligente. Mas às vezes parece se esquecer disso. Ela acha que tem tudo sobre controle até conhecer Sirius Black, um barman que é muito mais do que parece. Blackinnon, Universo Alternativo. Enjoy! Discl...