Davina Peverell
O Beco diagonal, ainda como me lembro, apesar de alguns de seus aspectos estarem... Diferentes e mais, mordermos.
Caminho entre a multidão alterada. Havia mais gente do que o normal. Alguns deles me observavam com estranheza.
Eu disse a Voldemort, que visitaria o beco diagonal, só para comprar uma varinha. Contudo, eu menti. Obviamente quero viver o que perdi. Aprender o mais recente vocabulário, sua gastronomia e outras coisas.
Estive sob aquele espelho por quase duzentos anos, muito tempo. Agora, quero conhecer o futuro.
Os duendes respeitavam minha família, nós os respeitavamos também. Usávamos duendes antigamente, mas não o tratavamos como vermes, e sim como bruxos normais. Respeito por respeito.
Por isso, quando visitei o banco de gringotes, em busca do dinheiro presente em meu cofre, as criaturas foram doces e gentis comigo. Auxiliaram-me a renovar o valor de meu dinheiro antiquado.
Assim que comprei a varinha é mais alguns pertences necessários, decidi voar até Hogsmeade. Para falar a verdade, eu me sentia como uma aluna de hogwarts, apesar de eu não conseguir terminar meus estudos.
Enquanto eu sobrevoava a paisagem, sentia a brisa fria do inverno soprar meu rosto. Aquela sensação de liberdade jamais poderia ser esquecida. Eu queria chorar, chorar de felicidade. Apesar de minha aparência ainda não tão viva quanto deveria, estou livre, não posso pedir mais que isso.
Em hogwarts, nunca tive muitos amigos. Na verdade, apenas uma, Emílya Carson. Ela já deve ter partido, mas não poderia esquecê-la. Classificada como sonserina, assim como eu, era vinda de uma família sangue purista. Ela era doce e gentil, mas ao mesmo tempo, rude e arrogante. O equilíbrio.
Quando o diretor de hogwarts naquele tempo havia me deixado presa no espelho, não sei como, mas alguns meses depois, ela descobriu e tentou me ajudar, sem muita solução. Nós conversávamos por horas, inclusive, foi ela quem me contou sobre a morte de meus pais.
Mesmo Emilya contando a todos, ninguém nunca encontrou o meu espelho, até porque o diretor fez questão de que não encontrassem. No final, ela se formou e eu nunca mais a vi.
Quando cheguei a Hogsmeade, andei por horas a procura de vestimentas adequadas para esta época. Tudo realmente um pouco livre e surpreso para mim.
Após mais ou menos duas horas, já praticamente exausta, eu caminhava pelas ruas com sacolas e mais sacolas repletas de roupas e acessórios que eu precisaria no meu dia a dia.
Como um descanso, adentrei um café. Como e bebo algo para conseguir caminhar outra vez. Bati um belo e divertido papo com uma doce garçonete chamada Grace.
A duração da viagem de volta até a mansão foi de quarenta minutos, o que me deixou preocupada, já que eu havia passado muito tempo fora de casa.
— Olá, senhorita Peverell. - Murmura uma voz rouca a minha frente.
O lorde me observava fechar a porta da casa enquanto sacolas flutuavam ao meu redor. Muitas sacolas.
— Olá, senhor lorde. - O cumprimento educadamente.
— Vejo que passou o dia inteiro fazendo compras. Não no beco, mas sim em Hogsmeade. - Ele desceu algumas escadas, até mim. — A partir de agora, deverá me informar aonde vai e o que faz, sem mentiras, ou terá consequências. - Abaixei meus olhos, evitando encontrar os seus.
— Desculpe, senhor. Esqueci de informá-lo sobre as compras necessárias. - Finalmente levantei meus olhos, encontrando os seus. — o senhor precisa de algo? - Indaguei observando os botões de sua camisa abertos.
— Estive procurando a senhorita para informá-la que será meu par na festa de casamento de Bellatrix. - Murmurou com seriedade. — Agora já pode ir. - Disse enquanto eu assentia e subia as escadas, sendo observada por ele.
Mais tarde, verifico o relógio após despertar de repente. Estava frio, e eu me sentia estranha, observada. O relógio marcava quase quatro da manhã.
Assim que me volto para frente, deparo-me com um par de olhos vermelhos fixados sobre mim. Assusto-me e seguro minha varinha imediatamente. Então é audível um som de aparatação, e a luz é ligada.
Corri para fora do quarto sem me preocupar com minhas vestimentas. Observei a porta e o corredor escuro. A escada ficava próxima ao meu quarto, então não pude deixar de verifica-lá também.
De repente, sinto o toque de uma mão gelada segurar meu ombro, o que faz com que eu me vire imediatamente para o portador dela.
— Senhor... - Suspirei ofegante e assustada. — O senhor me assuntou... - Murmurei suspirando mais uma vez.
— O que está fazendo fora de seus aposentos está hora? - Questionou com seriedade. — A senhorita deve descansar, afinal gastou muita energia hoje, sim? - Balancei a cabeça positivamente, notando a cor de seus olhos.
— Eu só... Apenas acordei aqui fora, na verdade. - Menti. — Bem, como o senhor disse, preciso descansar. Vou voltar a cama. - Sorri falsamente.
— Faça isso. - Disse outra vez de forma fria, enquanto eu caminhei até a porta de meu quarto.
Antes de fechá-la, o reverenciei, obtendo como resposta um aceno positivo, então colei meu corpo a madeira da minha porta após fechá-la, suspirando e tentando entender toda a situação.
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O Espelho -Tom Riddle
FanfictionApós a descoberta de seus poderes catastróficos e cabulosos, Davina Peverell é aprisionada em um espelho por cento e sessenta anos, até que Lorde Voldemort se fascina por sua história e cria determinação em encontra-la e devolve-la ao mundo novament...