Um

1K 137 57
                                    

Notas da autora: Todo capítulo eu vou colocar uma música. Espero que gostem da Amy <3 Ela é minha primeira protagonista negra, e com isso trás uma grande representatividade para os meus livros, tenho muito orgulho e amor da minha Amy. 

Música: Fleetwood mac -the chain


Amy


A minha vida toda eu sempre gostei de seguir três coisas: Cálculos, Metas e estatísticas

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

A minha vida toda eu sempre gostei de seguir três coisas: Cálculos, Metas e estatísticas. Sempre foi assim desde que eu me conheço por gente, essas três palavras são o que definem a minha vida, são minha reta de apoio. São elas que me colocam no eixo quando eu começo a me desvirtuar. Eu aprendi desde cedo que a vida era uma espécie de corrida, e que se você quisesse alcançar seus objetivos tinha que correr atrás para conseguir alcança-lo.

Minha história começa em outro país, eu nasci no Haiti, um país bem pobre localizado na América Central,  ninguém sabe o dia e a hora exata do meu nascimento, já que eu fui abandonada na porta de um lar de adoção recém nascida. Oito meses depois eu fui adotada por um casal de Americanos que vieram fazer uma missão de igreja no país. Segundo minha mãe adotiva Jackie assim que ela colocou seus olhos em mim soube que tinha encontrado a filha que ela sempre sonhou em ter, depois de anos tentando engravidar e não conseguindo eles desistiram e já estava pensando em adotar uma criança. Jackie e meu pai adotivo Elton, passaram por um longo processo de documentação até conseguirem me adotar em definitivo. Eles me registraram e me deram o nome de Amélia Elise Carter, ou como muitos me chamam Amy.

Não me considero uma pessoa sortuda por ter ganhado pais tão bons, eu não acreditava em sorte, e sim em estatísticas que me levaram até a família Carter. A probabilidade de uma criança Haitiana ser adotada por um casal Americano é de 3 para mil, e eu fui uma dessas 3. Passei a ser oficialmente uma cidadã Americana e fui morar em Rockford, Illinois, um lugar completamente diferente de onde eu sair. 

Quando eu tinha sete anos, uma menina da minha sala me perguntou porque eu era tão diferente dos meus pais, eu nunca tinha pensado nisso antes até ela falar. Afinal, meus pais eram brancos, tinham olhos claros e cabelos lisos e eu era negra, meu cabelo era crespo e eu não tinha olhos claros. Assim que eu cheguei em casa perguntei aos meus pais porque eu não nasci como eles e até hoje eu lembro do meu pai falando.

-O físico não importa Amy, você é nossa filha e isso não se discuti. Nos te amamos e isso é o que deve importar. Não deixe que ninguém no mundo diga ao contrário.

Nunca me esqueci daquelas palavras, e nunca mais me importei com os comentários das pessoas que apontavam nossas diferenças, eu era uma Carter e isso era o que importava. 

Com amor e música Onde histórias criam vida. Descubra agora