Jantando com o Inimigo

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— Eu já disse que isso é tudo o que eu sei! — o sargento urra exausto pelas duas horas de interrogatório

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— Eu já disse que isso é tudo o que eu sei! — o sargento urra exausto pelas duas horas de interrogatório. Confesso que eu também estou, mas se trata de uma etapa importante.

— Você quer mesmo que eu acredite que vocês recebem as missões por email e que nunca viram o seu chefe?

— Não me importo se você acredita ou não. Estou apenas dizendo o que você quer saber. — ele cruza os braços. — Quando poderei ter um advogado?

— Duvido que algum queira pegar o seu caso. Sabe, assassinatos gravados e fichados em todo o país não é algo defensável.

O soldado abaixa os olhos, envergonhado, tão murcho que me pergunto se ele não passava de um baiacu que deixou de lado a sua forma inflada.

— Que seja. — balbucia e quase não escuto. — Só irei falar quando receber um. É o meu direito, certo?

— Onde está a sua coragem, sargento? Se foi junto a sua força sobre humana? Pensei que fosse bem treinado pela URSS e pudesse ao menos tentar me enganar, mas você está me fazendo duvidar do que falam sobre a antiga Rússia.

O homem continua calado e algo dentro de mim explode. Não podemos esperar por um advogado. Precisamos das respostas agora. Outras pessoas podem morrer, assim como Genevieve que está perdida e ferida por aí. Necessito saber o próximo passo deles.

Então, sem autorização e escutando os protestos dos agentes, me apresso em abrir a porta e logo estou dentro da sala de interrogatório. Sharon se levanta da mesa surpresa e o soldado volta o olhar sobre mim, lançando um sorriso zombeteiro.

— Eu não sou o único aqui que precisa de um soro calmante. — diz para mim.

— Se não disser logo o que queremos, desta vez eu não permitirei que se levante nunca mais! — brado apontando pra ele, que apenas ri.

— O que está fazendo, Barnes? Não é autorizado a entrar aqui. Eu permiti que assistisse a tudo, mas o interrogatório é comigo. — Sharon comenta de forma profissional, porém a confusão se instala em seu olhar. — Por favor, volte para a ante sala.

Ela puxa o meu braço para me guiar, mas eu me desvencilio dela e me dirijo ao soldado indefeso.

— Onde ela está?

— Ela quem?

Soco a mesa com a mão humana, fazendo a madeira estalar e afundar no formato de meu punho. Egorov desvia o olhar de mim para a mesa, depois para a Sharon.

— Parece que ele é o policial mal. — sorri sadicamente e volta a me fitar.

— Chega de enrolação! Onde está Genevieve?!

— Oh. Você a conhece pelo nome? — ele se recosta na cadeira. — Mudei de ideia, você não é o policial mal, mas o apaixonado.

O meu coração dá vários saltos errados e sinto meu peito inflar. Esse cara está me irritando de um modo que eu não sei se serei capaz de me conter. Não quero agir como antes. Sinceramente não quero. Mas as minhas mãos coçam e posso sentir as veias do meu braço de vibranium se dilatarem. Estou a um segundo de perder o controle.

Soldado Invernal | 𝓹𝓻𝓲𝓶𝓮𝓲𝓻𝓪 𝓉𝓮𝓂𝓹𝓸𝓻𝓪𝓭𝓪 [✓]Onde histórias criam vida. Descubra agora