Um leve formigamento em sua testa fez com que Jimin levantasse, colocando a mão sobre a mesma enquanto o peitoral subia e descia em ansiedade. Olhou para as próprias mãos e esfregou os olhos para ter certeza de que estava acordado, checando em volta de si e não reconhecendo o quarto em que estava. As paredes de madeira eram cravadas com frases e desenhos confusos para Park que tentava levemente espremer os olhos para ler algo sem muito sucesso.
Passando a mão sobre o lençol, sentiu a maciez do tecido que definitivamente não era seu, imaginando se eles teriam ajudado as suas costas a não amanhecerem doloridas. Ainda com a cabeça levemente tonta, o rapaz decidiu caminhar para fora do cômodo, colocando a mão sobre um sofá que encontrou ao sair do quarto, ouvindo água fervendo à sua direita.
Ao desviar o olhar, encontrou um rapaz alto ainda de costas que parecia mexer em algo no fogão à lenha. Suas costas largas e definidas estavam cobertas apenas por uma regata com os braços ligeiramente malhados fazendo movimentos circulares. No que este rapaz virou-se na direção de Jimin, o garoto tinha um sorriso pequeno nos lábios.
— Bom dia, baixinho. – disse Jungkook ao coçar um pouco a sua nuca.
Ainda um pouco desnorteado e feliz de estar acordado de verdade, Jimin sorriu antes de lentamente arregalar os olhos, colocando ambas as mãos em sua cabeça enquanto o Jeon assistia confuso. Os poucos segundos que levou para sair do quarto até a sala e consequentemente cozinha fizeram o mais velho assimilar os fatos, lembrando-se que tinha sentado no sofá apenas para descansar antes de ir para casa.
À essa altura, seu pai provavelmente já teria espalhado cartazes de desaparecido ou contatado a polícia, mas ele torcia mentalmente para que Abade tivesse acalmado seus nervos e segurado um pouco do senso protetor excessivo de seu pai.
— Acredito que depois de hoje eu sou um homem morto. – ainda com as mãos na cabeça, Park fechou os olhos e puxou um pouco dos fios enquanto grunhia em tom de desconforto, soltando os braços que caíram sobre suas coxas enquanto Jungkook tentava não rir da situação.
— Seus pais? – Jeon chegou a indagar, encostando o quadril na bancada da pia enquanto cruzava os braços segurando uma colher de madeira.
— Mais especificamente o meu pai. Eu planejava apenas sentar e descansar as minhas costas um pouco antes de poder sair, mas pelo jeito eu acabei dormindo de uma vez... E eu nem o avisei que iria sair. – respondeu um tanto cabisbaixo, batendo o pé no chão de madeira com uma certa ansiedade.
Com um sorriso fraco, Jungkook pareceu ponderar um pouco sobre o que falaria para o mais velho, afinal, ele não sabia muito bem como lidar com pais direito. Embora suas intenções fossem boas, qualquer besteira que saísse da sua boca poderia deixar o loiro ainda mais preocupado ou ansioso ao julgar pelo bater de seu pé.
Sem falar muito, apenas virou-se para o fogão à lenha mais uma vez e continuou a mexer a panela até que a sopa simples que preparava ali ficasse pronta. O silêncio não parecia incomodar nenhum dos garotos enquanto Jimin apenas assistia o rapaz colocar alguns brotos de soja na panela enquanto o cheiro bom começava a lhe deixar mais calmo.
Não demorou muito até que Jimin levantasse e fosse conferir o que o garoto preparava, ficando na ponta dos pés e tentando olhar por cima dos ombros do Jeon que parecia impedir de propósito. Revirando os olhos, o mais baixo decidiu cruzar os braços e voltar com passos pesados para a cadeira, caindo um pouco da ficha que acabara de dormir na casa de praticamente um desconhecido.
— Huh... Jungkook? Eu não queria ter dormido assim na sua casa sem permissão alguma. Eu posso compensar de algum jeito, sim? Não quero parecer aproveitador nem nada do tipo. – Jimin comentou, notando que o rapaz agora tirava o conteúdo da panela e despejava em dois potes pequenos.
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STATEFUL ‧ pjm + jjk
Fanfiction[ EM ANDAMENTO ] ⚔ jikook | longfic | romance | aventura | ficção ⚔ O mundo como vivíamos não existe mais; todo e qualquer tipo de tecnologia é banida terminantemente por motivos duvidosos. Embora 200 anos tenham se passado, é como se tivéssemos reg...