Capítulo 20

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Esse é OFICIALMENTE meu capítulo preferido!!!!

Quem me conhece sabe que não sou nem um pouco emotiva, mas confesso que essa primeira parte me deixou de coração partido 💔
Minha vontade foi pegar o Estêvão no colo e cuidar dele 😢

Enfim, vamos lá!

⚠️ Capítulo será narrado em primeira pessoa ⚠️

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"Decidi me vestir de preto hoje

Porque hoje meu coração vê tudo escuro

E te trouxe algumas flores brancas

Para que veja que não há vingança nem rancor.

Não me venha com essa cara

Melhor me dar um grande abraço

Porque estou indo embora

E te deixo aqui com esse lenço preto

Para que, ao ver, lembre-se de que não estou mais aqui.

Eu sinto muito, muito mesmo

Porque não gosto de te ver triste por nada por nada

É muito difícil perder em um dia

Uma pessoa que te amava tanto

Que eu confiei tanto.

Eu sinto muito, de verdade

Porque não vamos ver as estrelas nunca mais."

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Estêvão.

Não sabia onde estava com a cabeça quando resolvi ir ao apartamento de Maria. Claro que a história das chaves era apenas uma desculpa. Eu estava magoado, era certo, mas a única certeza que eu tinha era que a distância entre nós me machucava mais que sua traição.

Aquela dor não era inédita. Pela terceira vez sentia que uma mão era enfiada em meu peito e apertava meu coração, esmagava-o, dizimando-o a quase nada. Incrível como Maria tinha o poder de curar todas as minhas dores, mas, o mais incrível ainda, é que era ela também que me feria.

Saí daquele prédio decidido a não voltar mais. Por mais tentado que estivesse, não colocaria os pés ali; por mais que desejasse com toda minha alma contemplar aquele sorriso que tanto amava, não o faria; por mais que minha vida dependesse de sentir o calor da sua pele junto a minha, eu não procuraria Maria outra vez.

Dirigi sem destino certo. Estava sem cabeça para voltar para o restaurante e menos paciência ainda para aturar a superproteção de Esther. Então me deixei ser guiado por qualquer força que fosse para qualquer lugar que fosse, e no fim, acabei parando em um lugar que tinha o meu amor: o Mirante do Leblon.

Estava praticamente vazio, o que era bem incomum, já que a vista atraía sempre muitas pessoas, mas quis imaginar que aquele momento foi reservado para mim. Me debrucei sobre o cercado de madeira, e ali fiquei admirando a vista. No estado melancólico em que me encontrava, tudo cooperava para que eu me lembrasse dela, ou chorasse, no fim, daria no mesmo.

Amor nas EntrelinhasOnde histórias criam vida. Descubra agora