O tempo nos espaço é diferente, é difícil dizer quanto tempo faz que Cooper e eu estamos aqui, pode ter se passado um ano ou apenas alguns meses. Enviamos relatórios diários sobre o que observamos do nosso posto, mas nunca recebemos resposta de recebimento.
Os dias e noite são confusos porém nosso corpo já se adaptou. O tempo que não passamos observando o lado de fora da nave para relatar qualquer mínima anomalia estamos lendo alguns dos livros que nos foram permitidos comprar e trazer, também ficamos conversando ou mechendo em nossos cadernos, já percebi que Coop usa o caderno/diário dele para desenhar, já eu uso o meu para escrever sobre momentos importantes minha vida ou para escrever frases bonitas que leio.Estou lendo minha última frase escrita:
'Ame o que você tem, antes que a vida lhe ensine a amar o que você tinha.'
Isso me faz lembrar da minha mãe, em meu último dia na terra tomei sorvete de café da manhã, pizza no almoço e li 4 capítulos interruptos de Romeu e Julieta, mas a melhor parte do meu dia foi receber um abraço da minha mãe. Eu havia dito que a amava e como ambas crescemos em um ambiente onde não éramos muito amadas sua melhor resposta para o meu 'eu amo você' foi um abraço cheio de carinho. Suspiro feliz e cansada com a lembrança do que parecem milênios atrás.
" Hitler! Olha só aquilo!!" Voltamos a usar nossos codinomes, ajuda a afastar a melancolia diária dos nossos nomes reais.Me aproximo da janela da espaçonave e vejo o que Coop queria me mostrar.
" Uma nave extraterrestre" Sussurro estupefada com a visão.
Corremos juntos ao painel de controle para tentar informar a terra da situação.
" Atenção, aqui é a espaçonave 461, chamando SHIELD, câmbio." Cooper fala no comunicador da nave.
Esperamos alguns minutos e ele tenta novamente, mas nenhuma resposta. Nós nos entre olhamos com um pouco de medo, não tentamos contatar a SHIELD desde que fomos lançados ao espaço com as instruções de descrever anomalias, não era impossível que nosso comunicador tenha pifado.
" Alô, aqui é a SHIELD câmbio" a voz eletrônica no rádio nos deixa menos tensos " prossiga espaçonave 461"
" Aqui quem fala é Rambo, da espaçonave 461, avistamos uma nave extraterrestre indo em direção a terra câmbio." O Barton comunica.
" Estão em risco Rambo? Câmbio."
"Não, estamos em uma distância até então segura. Câmbio" Falo dessa vez, olhando por cima do ombro para ver o quanto a nave estranha se aproximou do planeta.
"Permaneçam em sua posição, cuidaremos de tudo. Câmbio e desligo."
"Espera! Não pode nos deixar sem informações!! SHIELD? SHIELD!" Cooper tenta em vão retomar o contato com a terra.
Esperamos fazendo nosso trabalho, observando. Vimos a nave sair de o que pareceu ser Nova York, esperamos ela sair de vista para tentar contactar o agente que havia nos atendido mais cedo, tentamos muito e em vão qua do vi pela janela algo que não queria ver.
" Rambo, está vazando gasolina" puxo o traje de Coop um pouco para que ele olhasse na mesma direção que eu.
" O que quer que tenha acertado o tanque acertou também os comunicadores, perdemos as funções primárias também" ele fala logo olhando para uma luz piscando no painel e que devia ter feito um alarme soar para avisar sobre o vazamento.
Como já estava parcialmente vestido com o traje de proteção Rambo colocou as peças que faltavam e indo para outra câmara foi se puxando na lateral da nave até o vazamento. Tranquei o tanque e vi o vazamento aos poucos acabar, não demorou mais que algumas horas, no meu relógio biológico, para que Coop concertasse o problema.
" Vazamento interrompido, vou concertar os comunicadores agora." Ele se arrasta meio que flutuando para os painéis do lado de fora, vejo-o pela janela, algo me diz que isso não vai acabar bem.
" Rambo, estou com uma sensação... Volte para dentro" o chamo pelos nossos comunicadores pessoais.
" Espere, preciso concertar isso !" Ele era teimoso antes de vir ao espaço, essa aventura só o tornou ainda mais impossível.
" Entre agora, isso é uma ordem!" Posso ser mais nova, mas se eu estou dando uma ordem direta o bom soldado Cooper Barton obedece sem reclamar, mas não foi isso que houve...
" Sarah!!...." Foi a última coisa que eu ouvi pelo comunicador, olhei pela janela e vi meu melhor amigo se desfazendo em pó.
'Algumas amizades passam rápido, num piscar de olhos. Até que você pisque pela última vez.'
Hoje fazem quase 2 anos no meu relógio biológico que em um piscar de olhos perdi meu melhor amigo. Naquele mesmo dia minha nave sofreu um ataque de asteroide, apaguei por um tempo indeterminado e acordei com as pernas sendo esmagadas por caixotes de suprimentos que se soltaram, demorou um bom tempo para que eu conseguisse me levantar e um tempo ainda a maior para andar novamente.
Estou agora colocando as últimas coordenadas para consegui finalmente voltar a terra, assim que pude voltar a andar fui ao lado de fora tentar concertar o painel de comunicação, mas foi em vão. Agora cansada demais e com uma sensação de solidão no meu âmago vou até minha cama tentar dormir antes que a nave precise que eu pilote-a realmente.
Fecho os olhos e vejo o rosto dele, sorrindo ardiloso para mim...
Me viro na cama ainda de olhos fechados tentando relaxar e dormir, mas então ela aparece em minha mente, com seus cabelos ruivos e sorriso idêntico ao meu, me olhando com carinho....
Como em muitas outras noites adormeço chorando de dor, saudades e uma necessidade imensa de que tudo o que me aconteceu nos aparentemente 2 anos não passe de um pesadelo.....
Mais perguntas do que respostas, muitos erros de escrita, mas é isso. Espero que gostem e esse NÃO é o último capítulo. Bjs.
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Os filhos de Natasha Romanoff e Clintt Barton.
ФанфикGeneticamente criada,filha de assassina, afilhada de assassino, assassinos profissionais. Se você quiser saber mais sobre a vida da nossa querida Sarah Romanoff, sugiro ler essa fanfic. A SHIELD encontra heróis onde quer encontrar, mas talvez dessa...