Uma chance...

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Depois de 2 anos juntos Steve e Natasha se tornaram minha família, Natasha era aquela mãe que mesmo se preocupando muito e me mando tem um jeito meio distante e frio de iniciar conversas, já Steve era aquele tio bobo e positivo na maior parte do tempo que todo mundo precisa. Minha vida nesses dois anos foi limitada a ler, escrever, conversar, ajudar minha mãe com as missões que ela distribuiu para o que restou dos aliados dos vingadores e ir com Steve para as reuniões motivacionais que ele participa.

Hoje de manhã acordei como em um dia normal, cuidei da minha higiene e fui caminhando com Steve até o local da reunião, mas após 5 minutos sai daquele lugar e voltei para casa. Ao entrar vejo minha mãe conversando com os outros, o cabelo dela não estava mais totalmente loiro e sim ruivo na raiz e loiro nas pontas, não me incomodei em me fazer presente apenas observei a situação.

" Até Nat.... Tchau para você também garota maluca" O último a se despedir foi Rocket, entregando minha presença antes de ir.

" Voltou cedo hoje..." Minha mãe era assim, falar com ela era quase como falar com uma tia que você respeita e ama muito.

" Não me senti bem, deixei o Rogers lá e vim ver se precisava de ajuda" dou a volta na mesa, indo em direção as escadas devagar

Para ajudar-me a escapar Steve aparece bem na hora e me oferecendo um sanduíche começa uma conversa com mamãe.

Ao entrar no quarto vou direto a janela e me sento na 'cama' que tinha alí, enfio a mão na lateral entre o colchão e a parede e tiro de lá meu caderno/diário junto com um lápis.

"A parte mais difícil de perder alguém não é ter que dizer adeus, mas sim aprender a viver sem eles..."

Hoje na reunião um homem de uns 35 anos que está participando a mais ou menos 2 semanas contou sua história e não pude deixar de pensar em Cooper, foi tão difícil... Pego novamente o lápis e escrevo com uma letra padrão e um tanto bem feita.

" Hoje eu ouvi uma história, de um cara que perdeu a esposa e o único filho para o estalar de dedos... O filho tinha 13 anos, a mesma idade que tinhamos quando nos conhecemos, você lembra? Eu não me aguento de saudades.... O que eu não faria para ter você de volta?!"

Não queria, mas não pude evitar que minhas mãos tremesse no final, respiro fundo para não desabar naquele momento.

"Sarah!" Escuto mamãe me chamar e com calma desço as escadas

Quando chego no final vejo ela e tio Steve com outro cara, um aparentemente bobo e com umas roupas de mendigo. Paro com a mão na cintura, uma pose de adolescente normal, mas onde eu mantinha a mão na arma que tenho nas costas.

" Quem é esse?" Pergunto inocentemente, afinal se eles demonstrarem ezitação eu atiro.

"Um aliado, pode ficar tranquila" o Rogers me acalma e logo tiro a mão da cintura e vou para a sala, lá me sento no sofá o mais afastada possível e pago um dos triângulos de sanduíche para comer.
Natasha senta no mesmo sofá que eu, na ponta oposta, o estranho senta em uma poltrona a minha frente e Steve fica de pé. O cara me olhava assustada, não é para menos já que eu ouvi ele perguntar aos meus responsáveis "ela ia mesmo atirar em mim?!" Quando sai da sala de reuniões, ele não havia recebido resposta. Faço alguns sinais e ele entende, com dificuldade, e pegando a outra metade do sanduíche começa a a contar sua história.

Máquina do tempo.....

Universo quântico....

Garoto formiga....

Foram informações demais, sem chamar muita atenção saio por detrás do sofá e subi para o meu quarto, mas aparentemente não fui tão cautelosa quanto pensei.

" Por que subiu?" Natasha estava encostada no batente da porta, eu sabia disso mesmo estando de costas para ela " é uma forma de salvarmos o mundo, achei que de todos nós você estaria subindo nas paredes de tanta animação"

Ela tinha razão, daquela família de três pessoas eu era a que menos superou o estalar de dedos do alienígena cara de uva passa.

" Eu só... Eu esperei tanto que uma resposta caísse do céu e quando ela finalmente vem, eu não sei o que pensar..." Senti minhas mãos tremerem novamente, mas antes que eu pudesse esconder sinto-as serem envolvidas por outras mãos. Olho para o lado esquerdo e vejo minha mãe olhando para mim com o máximo de carinho que ela consegue demonstrar.

Seu sorriso pequeno foi o suficiente para acalmar meu coração, acabou que quando descemos Steve e o garoto-Formiga estavam saindo para ir atrás dos vingadores espalhados pelo mundo. Decidi não ir com eles, mas não fiquei fazendo nada, arrumei a sala de reunião e quando tudo já estava no seu lugar comecei a cozinhar alguns lanches, não sou boa na cozinha, mas precisava ocupar meus pensamentos.

Demorou horas para que todos os vingadores estivessem presentes, isso se deve principalmente pela indecisão do Tonynho. Mas não foi de todo ruim sua demora, pois aproveitei o tempo para conversar mais com meu padrinho recém descoberto, Clint Barton.

"O seu sorriso alivia qualquer dor e descomplica qualquer angustia que sinto no meu peito."

"Ei! Ruivinha clone da ruiva, vem cá" Tony me chama e dando uma última olhada no meu caderno o deixo junto com o de Cooper em cima da mesa, no meio do caminho dou uma olhada encorajadora para minha mãe, ela iria com o padrinho pegar a jóia da alma, mas eu ia junto com Bruce pegar a jóia do tempo, ela me sorriu de volta e assim que eu me juntei ao círculo fomos todos mandados para o passado.

Achei que a primeira missão dos vingadores juntos não poderia ser mais estranha do que minha mãe e tio haviam dito, mas eu com certeza me enganei... Como posso ter certeza? Pelo simples fato de quase ter sido esmagada por um carro assim que cheguei no futuro.

Sei que não está tão TCHAM, sei que não é o que vcs esperavam com toda a demora que fiz, mas é o que é. Bjs.

Os filhos de Natasha Romanoff e Clintt Barton.Onde histórias criam vida. Descubra agora