Os filhos de Natasha Romanoff e Clintt Barton.

Voltando

O local onde me encontrava era escuro, mas aos poucos foi tomando forma e me vi como uma telespectadora da minha reconciliação com minha mãe. Eu via da porta nosso abraço e por algum motivo eu senti um arrepio na espinha, me viro para o lado e tudo escuresesse com exceção do espelho a minha frente. Era o meu reflexo, levanto a mão direita e o reflexo levanta a esquerda sicronizadamente, mas quando fui tocar sua surpefice uma mão sai de dentro do espelho e me puxa trocando de lugar comigo.

" Achou mesmo que ela amaria uma fracote que nem você?!" O meu reflexo fala e vejo ele ir em direção a minha mãe que o abraça com saudades.

Então ele está na minha frente, alguns metros de distância.

" Sou tão melhor que você em tudo..." Sarah Petrovich fala, mas a interrompi.

" Não é verdade!" Ela não liga para meu grito falho e continua sem se importar.

" .... Eu nunca deixaria minha família para trás." Ela andava em círculos e quando parou já não era mais ela e sim Cooper que estava alí.

" Você me deixou no espaço, me abandonou! Como pode....." Ele estava irritado e vinha com sua roupa de astronauta e o capacete em mãos em minha direção, no meio do caminho não é mais ele.

" Eu nunca teria uma filha igual a você, uma decepção total!" Natasha vinha em minha direção, seus saltos ecoando em meus ouvidos me deixando tonta.

Então já não era Natasha e sim a Petrovich, ela tinha uma arma na minha cabeça e o dedo no gatilho.

" Ninguém precisa de você, uma perdedora, fraca e inútil." E então atirou.

Acordo assustada, pareceu tão real. O alarme da nave soava me avisando que eu tinha que pegar os controles manuais.

Corri o mais rápido que podia com as pernas no estado em que as minhas estavam, no meio do caminho peguei meu capacete e o prendi ao resto do traje. Foi difícil graças ao pouco combustível e ao fato de eu não ter um lugar certo para pousar, mas não desisti.
Quando a nave estava descendo me senti tonta, mas mantive consciência suficiente para identificar uma fazenda e pousar nos campos, a nave sacudiu e capotou, mas no final ela ficou de cabeça para cima.

Tirei meu cinto e imediatamente observei minhas pernas, o traje as havia protegido do pouso turbulento. Me levanto e jogo o capacete em algum lugar, pego minha mochila de lado, que só tinha o livro favorito meu e de Coop, nossos cadernos/diários e um canivete que minha mãe havia escondido no meio das minhas coisas como presente, fui tirando o traje espacial enquanto andava e ao sair da nave eu estava de jeans, cinto preto e uma regata.

Olhei ao redor com cuidado, minha visão já não era mais a mesma de antes de ir ao espaço, volto ara dentro e pego uma última coisa, o casaco de aviador do meu melhor amigo. Invadi a casa da fazenda e descobri que estava abandonada, comi algumas coisas e peguei a chave da caminhonete, pelas informações da casa eu estava apenas 8h da cidade com base dos vingadores mais próxima.

Foi difícil, eu não dirigia a muito, muito tempo, não enxergo muito bem de perto graças ao espaço e me sentia completamente tonta e enjoada por não descansar depois de um pouso forçado, além de não estar mais tão acostumada com a gravidade daqui e tudo mais.
Quando cheguei na cidade descartei a caminhonete, andei pelas ruas aparentemente abandonadas, vi um mercadinho e entre em busca de comida. Tinha pessoas no local, mas todas estavam tão quietas e tristes que me senti nervosa em perguntar o que havia acontecido.

Comprei um energético e uma barra de chocolate, quando estava no único caixa dali vi uma senhorinha nas estantes de produtos de limpeza, ela tentava alcançar um desinfetante que estava muito no alto. Me aproximei e alcancei o produto para ela.

" Obrigada minha jovem" ela parecia abalada, mas me deu um pequeno sorriso.

" Com licença, mas, se não for muito incomodo, pode me dizer o que aconteceu por aqui?" Seu rosto escureceu um pouco e tratei de acrescentar " eu estava em um retiro e voltei a algumas horas, telefonei para um amigo me buscar e ele não atendeu, andei um pouco e vi toda essa destruição.. queria entender o que aconteceu, por favor." Ela parecia nervosa, mas com pena me disse sobre um alienígena que usou um artefato mágico para vencer os vingadores e destruir metade da população mundial.

Me desesperei e quando ela me dava seus pêsames eu corria para fora do mercado sem me importar em pagar ou olhar para trás. Corri km até onde me lembrava de ser a base dos vingadores nessa cidade, bati no portão, gritei e chorei muito, minha mãe não podia ter sumido também, não é? Já perdi Cooper, não posso perde-la.

Com a nova gravidade e atmosfera, com as informações recentes e meu estado psicológico já quebrado assim que as portas se abriram eu desmaiei, fui amparada por alguém que não reconheci, mas abracei essa pessoas até as minhas forças se esgotarem por completo.

Acordei em uma enfermaria, foi difícil abrir os olhos, mas assim que consegui vi o porque eu não conseguia me mexer direito, uma loira estava deitada meio que sobre a minha barriga, demorou para que eu a reconhecesse, mas quando o fiz foi inevitável não falar com surpresa.

" Mamãe?!" A loira levantou a cabeça tão rápido que eu tinha certeza que a cabeça ia se soltar do pescoço e sair voando.

" дочь!" Seu abraço foi esmagador e eu não pude evitar chorar um pouco. (Filha)

" Achei que tinha te perdido, Cooper se foi, ele virou poeira e aí um asteroide... Eu senti tanto sua falta!" Eu não conseguia me segurar, chorava e tremia tanto quanto um ser humano normal pode.

" Tentei entrar em contato com a sua espaçonave, mas ninguém atendia, achei que você... Você...." ela não chorava tanto quanto eu ou tremia descontroladamente, ela derramou umas 5 lágrimas, afinal ela era uma viúva negra e diferente de mim ela passou Muito mais que 19 anos nas mãos da KGB.

Descobri que haviam se passados 3 anos e não 2 desde o estalar de dedos de Thanos. Por mais que eu estivesse quebrada eu tinha minha mãe e Steve, graças ao seu caderno de desenhos eu sentia que Cooper ainda estava comigo e que tudo ia ficar bem.

Vai ser um processo difícil, mas eu estou em família e isso ajuda muito.

"Se eu pudesse voltar o tempo
Me certificaria de que a luz derrotou o escuro
Eu passaria cada hora de cada dia mantendo você seguro."

"Sarah! Café da manhã!!" Escuto minha mãe gritar lá de baixo e com uma angustia no coração fecho meu caderno com o minha última frase ecoando em minha cabeça, o que eu não daria e faria para manter Cooper seguro ao meu lado para sempre?!

" Descendo!" Devolvo o grito botando meu melhor sorriso falso antes de descer para a cozinha onde sei que minha mãe e Steve estão me esperando.

Mais no meu íntimo eu sabia que as coisas não iam ficar assim por muito mais tempo...

Foi isso, bjs e fui. Não deixem de comentar!