Acordo, exatamente como todos os dias da minha vida, às 03:00, eu e Coop sentamos nas nossas camas e nos olhamos com a cara 'Qual o meu nome caralho?!' depois de alguns segundos lembramos da noite passada e nossas caras passaram pra 'Meu Deus! Fui esterelizado!', lágrimas saíram de ambos os olhos, eu não chorava a mais de 7 anos e de ontem pra hoje minhas lágrimas já poderiam encher um balde.
Coop vem até o meu lado e me abraça, ele me balança e sussurra palavras calmantes, ele alisa meus cabelos ruivos e tenta ao máximo me acalmar.
" Eu não quero mais Coop, não quero mais chorar! Não me importo em virar um robô, desde que eu não sinta mais isso!" Falo totalmente quebrada.
" Vai passar Sá, eu garanto! Nem que tenhamos que fugir pra isso" ele sussurra a última parte no meu ouvido.
Isso realmente me surpreendeu, sabe, Cooper fugiu de casa aos 13 anos por causa de uma discussão entre ele e seu pai, uma boba, porém a raiva lhe subiu a cabeça e ele usou o carro antigo que estava na garagem pra ir pra cidade mais próxima, lá ele pegou o primeiro vôo fantasma que conseguiu, ele pulou de avião em avião, até que parou no aeroporto da cidade da nossa base, quando conversou com meu pai e aceitou ser um assassino ele estava sendo controlado pela raiva do pai e pela curiosidade de saber mais sobre mim, eu e eles conversamos sobre fugir várias vezes, mas aceitamos que seria impossível. Quando ele falou em fugir eu soube que meu parceiro/melhor amigo/ irmão de tudo menos sangue era a melhor pessoa que eu poderia querer como parceiro de fuga e pra qualquer outra coisa.Abraço ele o mais apertado que posso, me aconchego em seu colo e sussurro em seu ouvido
" Eu te amo Cooper, amo e sempre vou amar irmãozinho!... Meu Rambo..." Ele me apertar ainda mais forte, ficamos nesse aperto por mais 20 minutos antes de nós separarmos e irmos pras nossas atividades.
Fomos até as malas e de lá tiramos todas as nossas roupas, era praticamente tudo uniforme, fui a primeira a entrar no banheiro, 5 minutinhos acabo meu banho, visto meu tão conhecido traje preto, depois que saio entra Coop, 3 minutos depois e ele sai com o mesmo traje que o meu, só que no modelo masculino. Deitamos em nossas camas e esperamos alguém vir nós dizer o que fazer.
Passaram 2 horas e ninguém veio ainda, mas isso não é um problema, estamos aproveitando o tempo pra fazer polichinelos, abdominais e flexões, manter a forma é importante no nosso tipo de profissão.
Quando finalmente nós tiraram daquele quarto tudo se tornou embasado, eu lembro de.... Dançar balé... Cooper estava comigo e dançamos por muito tempo, afinal somos bailarinos de Boiloit, dançamos até às sapatilhas se encherem de sangue, quando, no final do dia, caímos em nossas camas automaticamente dormimos.
Com o sono vem os pesadelos...
Eu estou parada em frente a um hotel...
Estou em um dos quartos do hotel, em frente a um homem de terno...
Tenho uma faca na mão...
A garganta do homem foi cortada...
Olho pra trás e tem 3 seguranças no chão com flechas atravessando seu tórax, Cooper está em pé na minha frente, olha pra mim e estende a mão...
Outro lugar e mais corpos...
Outro lugar e mais corpos ainda...Acordo no colo de Coop, ele me balança e alisa meus cabelos enquanto tenta me acordar calmamente. Levanto minha cabeça mais um pouco e olho em seus olhos.
" Não dançamos balé hoje..." Falo com a voz fraca.
" Eu sei ... Eu sei..." Ele e eu tínhamos os mesmos pesadelos, sempre que tentavam mexer com a nossa memória os pesadelos nós contam o que aconteceu de verdade, não sabemos o porquê da 'lavagem cerebral' não funcionar direito com a gente, mas já nos acostumamos em relembrar do dia horrível que tivemos.
" Quer dançar um pouquinho?" Rambo pergunta, a gente nunca contou pro departamento X que a lavagem cerebral não funcionava, e como tínhamos que dar um jeito de não enlouquecer aprendemos a dançar balé de verdade, pode parecer idiota, mas é realmente legal.
Ele levanta e me estende a mão, pego-a e me levanto, vamos ao pequeno espaço que a entre os pés das camas e a parede da porta de entrada, dançamos juntos por um tempo, depois que o sono foi chegando apenas nós balançamos no ritmo das músicas que a nosso cérebro reproduzia. Apaguei ainda dançando, mas sei que Cooper já se acostumou com isso, ele sempre me coloca na cama depois.
Os dias passaram com pesadelos todas as noites, é difícil esconder que você tem pesadelos por causa de uma lavagem cerebral errada, se você quase sempre tem que surrupiar maquiagem pra esconder as olheiras.
Dia a pós dia...
Matando mais e mais....
'disciplina' sim e cada vez mais...
Treino todos os dias...
Suportamos esse novo e horrível mundo...Isso até o dia seguinte ao meu aniversário....
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Os filhos de Natasha Romanoff e Clintt Barton.
FanficGeneticamente criada,filha de assassina, afilhada de assassino, assassinos profissionais. Se você quiser saber mais sobre a vida da nossa querida Sarah Romanoff, sugiro ler essa fanfic. A SHIELD encontra heróis onde quer encontrar, mas talvez dessa...