PROLÓGO

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Num domingo como outro qualquer, eu acordo da minha soneca da tarde, sem expectativas para meu dia, mas meu sonho acabou me guiando para algo que nunca imaginei.

- Oi, vó! Quando voltar do trabalho, quero te fazer umas perguntas.

Não sabia na época, mas minha avó já suspeitava do que eu queria falar com ela.

- Tá bom, mais tarde chego aÍ.

Enquanto minha avó Martha não chega, fico pensando sobre o sonho que tive, como pareceu real, os detalhes tão vivos, os dizeres, até acho que vi minha mãe.

- Acho que vou dar uma olhada nos álbuns antigos.

Tenho essa mania, mesmo sozinha, eu falo alto, converso comigo mesma.

Fui pegar o álbum de família, era bom para me sentir perto da minha mãe as vezes, sempre sinto sua falta, mesmo vivendo com minha avó e recebendo todo carinho do mundo, ainda assim sinto a falta dela.

Fui caminhando e cantarolando buscar o álbum, tropecei e bati o dedo na quina, tenho um dom natural em ser desengonçada, gosto de dizer que é meu charme. Sentada no chão e resmungando de dor, vi uma caixa embaixo da cama. O mais esquisito era que foi a caixa que vi no meu sonho. Curiosa como sempre, peguei para fuxicar. Era uma caixa de madeira grossa, com um brasão estranho talhado em cima.

- Acho que não faz mal dar uma olhadinha.

Dei a minha risada curiosa e fui abrir. O que não sabia era que seria revelado algo que eu não estava pronta para descobrir e muito menos lidar.

A busca de DandaraOnde histórias criam vida. Descubra agora