DOIS

0 0 0
                                    

Minha avó continua a falar esse monte de coisa louca, eu estava chocada. Porque será que nunca havia notado que minha mãe parecia tão forte? Mas peraí, e meu pai com tudo isso?

- A nossa linhagem exige que os nomes sejam uma forma de canalizar a força, eu tenho esse nome, porque na verdade, não fui escolhida para ser guerreira e sim uma senhora, o que para nós, significa uma sábia, significa que eu guiaria minha linhagem.

Eu estava ouvindo, não prometo nada sobre entender. Minha avó parecia ter muito mais a dizer, mas um barulho forte na porta fez com que ela jogasse a caixa embaixo da cama.

- Apenas confie em mim.

Que eu escolha eu tenho né? Nem tô com medo, tô tremendo porque gosto.

- Vou ver o que é e volto num minuto, fique aí.

Minha avó vai até a porta e eu fico olhando escondida, haviam dois homens vestidos com uma roupa preta esquisita, eles nem disseram nada, assim que viram a minha avó, acertaram ela no meio do rosto.

- VÓ!

- Oi garotinha, você vai com a gente hoje.

- Quem é você? Porque fez isso com ela?

Fui tomada por uma raiva tão grande que ultrapassou meu medo, quando percebi as luzes piscavam e meu corpo me levava até um dos homens que bateu na minha avó.

- Pelo o que eu vejo é você mesmo. Ainda bem que não deve saber controlar seu dom, porque luz piscando não me assusta, criança.

- SAI DE PERTO DELA.

No momento que eu gritei, o homem voou para fora da casa, não faço ideia de como fiz, mas acho que fui mesma que o arremessei.

- Quem diria? Todo poderosa Dandara.

Eu estava me elogiando, mas o outro comparsa veio me atacar.

- Você vai com a gente. Não vou deixar que aprenda mais nada, sua mãe já nos deu muito trabalho.

- Minha mãe o que? Você está me tirando do sério! SAI DA MINHA CASA!

Diferente do primeiro, quando eu gritei, ele foi mais longe, e de alguma maneira, sei que eu o machuquei e bastante. Corri até a minha avó em vez de me gabar de novo.

- Vó? Me responde!

- Dandara? Graças a Deus! Vamos rápido, vou fazer uma barreira de proteção.

Ora ora, e me disse que não éramos bruxas.

Eu não precisei dizer, só pela minha cara, minha avó sabia o que eu estava pensando.

- Vamos Dandara, depois você ri da situação.

Com isso, ela pega a caixa e um envelope e sai me puxando.

A busca de DandaraOnde histórias criam vida. Descubra agora