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< Olivia Martin.

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- Droga! Que porra você tá fazendo com isso na mão, caralho? -grito irritada tirando a droga da mão da minha mãe. Jogo no chão e piso em cima do pó, vendo minha mãe se levantar brava comigo.

-Mas que caralho, Olivia! Essa merda custa dinheiro, sua vadiazinha! Vai ter que me dar outro. -Ela grita comigo e me empurra fazendo eu bater na parede.

-Eu sei que tem mais, me fala onde tá, mãe. -falo e ela bufa passando a mão no nariz vermelho.

-Escuta aqui, garota. -ela chega perto, apontando o dedo na minha cara. -Eu que sou a mãe nessa merda, você tem que obedecer à mim!

-Então faz a porra do seu papel! Você é a mãe? Ótimo. Eu aceito ser sua filha, mas você tem que parar de se drogar! -Eu falo apontando o dedo na cara dela também, ela bate na minha mão fazendo-a sair da mira de seu rosto e bufa ficando de costas pra mim. -Vou perguntar de novo... onde você guarda, mãe?

Ela força o pé no chão fazendo uma das madeiras do chão levantar revelando quilos e quilos de cocaína e várias outras drogas.

-E agora, Olivia? Vai fazer o quê com essa descoberta? Me internar? Me mandar pra cadeia? E vai viver com que dinheiro, ein? Vai dar o cu pra conseguir comer? -Ela fala se virando pra mim, sinto meus olhos lacrimejarem e ajoelho no chão tirando todas aquelas drogas dali.

-Eu achei que vc estava bem... -falo sentindo minha voz falhar e um nó surgindo na minha garganta.

- E eu estava... mas aí essa merda aqui chegou pra mim. -Ela fala jogando um papel no chão. Pego o papel e vejo que é uma conta com um preço mais do que alto pra nós.

-Que isso, mãe? -Eu pergunto levantando. - Quem comprou isso tudo?

-Seu pai, aquele filho da puta morreu e deixou as contas pra mim pagar. Ele quer que eu faça isso como? Tirando dinheiro da buceta? -Ela fala e eu sinto meu coração apertar.

Fazia apenas duas semanas que meu pai tinha morrido. Se suicidou com um tiro na cabeça.

-Não fala... assim dele... eu vou dar um jeito de conseguir dinheiro... pode deixar, eu pago as contas, mãe. -Falo balançando o papel no ar.

-Quando fizer isso, quando zerar essa conta de quinze mil dólares... eu paro de me drogar... faço o que você quiser... mas até lá, não me cobre sanidade. -ela fala pegando um saquinho de drogas e logo se senta no sofá.

Sinto lágrimas descerem pelo meu rosto e vou para o meu quarto com a conta em mãos.

Eu odeio o fato de minha vida ser assim, nasci com um pai que é viciado em jogos e uma mãe viciada em álcool e drogas. Cresci no meio disso tudo e me esforço pra não ser igual, tenho um emprego e ainda limpo a casa! Dou o máximo de mim desde que conheço por gente!

Mas parece que vou ter que dar mais, se eu não quiser que minha mãe se afunde de vez e me leve com ela, eu tenho que dar um jeito de pagar essa conta.

Eu não ganho nem um salário mínimo no meu trabalho, é proibido por lei uma pessoa menor de idade ganhar um salário mínimo, por isso eu ganho metade de um.

Seco as lágrimas e respiro fundo, eu tenho que ser forte não posso chorar, tenho que ser a base da minha família, ser a base da minha mãe.

Vejo meu celular vibrar e seguro, vendo uma mensagem, é Addison, minha melhor amiga desde sempre. Ela estava falando que tinha uma surpresa pra mim amanhã na escola.

Eu tenho que esquecer os problemas agora, para focar nos dela, porque é assim que funciona, eu deixo os meus problemas de lado, para ajudar os outros.

𝕊𝕖𝕩 ℙ𝕣𝕠𝕡𝕠𝕤𝕒𝕝 | ⱽⁱⁿⁿⁱᵉ ᴴᵃᶜᵏᵉʳOnde histórias criam vida. Descubra agora