Segredos Mortais - Os Guardiões

A história do Imperador

 

(Pessoal, terminei agora este capítulo escrevi ele todo hoje, por estar exausta peço a compreensão de vocês caso aja alguns errinhos.  Amanhã já estarei dando uma revisada nele pra valer. Por esse motivo, peço de coração que qualquer coisa que não gostarem avisem. Para que na correção já possa concertar. Ok? Bjs)

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Após a ordem de Daniel para lutarmos, notei que Gabriele estava tranquila... Até demais para a ocasião. Enquanto eu, por alguns segundos andava de um lado para o outro chutando os pedregulhos que havia no chão. Mesmo sabendo o quanto era necessário esse treino ninguém tirava da minha cabeça o quanto absurdo era isso. Nada me parecia certo. E a sede pela verdade estava me deixando louca. Já estava de saco cheio de receber ordens sendo contra elas. Ao perceber que não havia como evitar, parti para o ataque.

Aproximei-me de Gabriele que estava fazendo uns movimentos estranhos...  Parecia meditação misturada com alguma dança oriental. Confesso que fiquei confusa, já havia a visto fazer coisas estranhas, mas isso nunca. Fixei meus olhos nos dela e sussurrei próximo ao seu ouvido. “Isso é apenas um treino, ok. Fique tranquila.” Para minha surpresa ela me empurrou com uma força da qual não esperava, me acertando os primeiros golpes. Fui obrigada a responder a altura... Enquanto lutávamos, todos gritavam em nossa volta, como se na arena houvesse dois galos de briga que teriam que lutar até um morrer. Todos estavam eufóricos. Sempre que me desviava dos golpes de Gabriele, espiava Daniel e Heitor para ver como estavam reagindo. Esperando que desse a luta como terminada. Mas isso não iria acontecer. Daniel continuava a riscar o pedaço de papel, enquanto Heitor estava em pé ao seu lado apreensivo. E nós dois sabíamos o motivo dessa apreensão. Dias atrás, minha falta de controle quase fez com que eu matasse Gabriele. E se não fosse à intervenção de Heitor talvez isso tivesse acontecido.

Ficamos lutando por alguns minutos entre socos e chutes. Parecíamos duas gladiadoras. Era notável o desgaste de Gabriele, e era normal ela estar mais cansada já que era uma mortal e a magia não podia ser usada.

 Dei um mortal para trás buscando manter uma distância, aproveitando para tirar um pouco de suor que escorria pelo meu rosto... E ao olhar para minha mão, percebo que não era suor e sim sangue. Gabriele estava com o supercílio aberto e eu não fazia idéia de como estava, não sentia dor, naquele momento só sentia raiva. Gabriele se lançou sobre mim tentando me golpear novamente, mas dessa vez eu fui mais rápida a surpreendi dando-lhe uma rasteira fazendo-a cair com as costas no chão. Estava claro que ela sem seus poderes não tinha chance contra mim, e esse era o principal motivo de não entender esse duelo ridículo.

 Ao vê-la caída toda ensanguentada, em vez de pena senti uma forte vontade de pular em cima dela e estraçalhar seu corpo como um pedaço de carne mal passada. Balancei a cabeça de um lado para o outro tentando afastar essa sensação... Mas era mais forte que eu...  Sem pensar, voei em sua direção.

- Pare Lara... Chega! - Gritou Daniel. Em pé vindo em minha direção. E antes de tocá-la, senti meus joelhos atingirem o chão duro e pedregoso. Mantive os olhos centrados na terra seca tentando buscar o ar que parecia se sucumbir de meus pulmões.

- Você perdeu Lara! Você não conseguiu passar no teste. Você esta deixando sua sede dominar você, e isso se torna sua maior fraqueza.

– Levantem-se as duas. O jogo esta apenas começando.

– Escute Lara. O objetivo disso era realmente desafiar seu controle. Mas se nem com sua melhor amiga você não conseguiu, deve estar pra nascer alguém que você realmente possa colocar o amor na frete de sua sede. Enquanto você não conquistar seu autocontrole, você é como eles.