Reencarnações parte 2- Uma vida dois amores

Capítulo 6

Shinen e Natsuro seguiram vivendo como bons amigos, um tentando acostumar-se com as manias do outro, especialmente o jovem loiro, porque conviver com leves variações de humor do moreno as vezes podiam ser um pouco desconcertantes. Seu amigo podia rir pouco, mas conseguia fazer piada de tudo! E das piores coisas que se pode imaginar. Ele conseguia transformar a vida normal e comum de Yatsuko em um turbilhão quando resolvia que ia cozinhar, porque ele tinha uma pequena mania: gostava de andar de cueca pela casa, com somente uma blusa branca para cobrir aquele corpo maravilhosos que os deuses o deram! Mas não era só andar assim para fazer a comida, era pior...era muito pior...porque ele acordava de manhã e tomava café assim, isso quando não descia com uma toalha enrolada na cintura e com os cabelos pingando molhados, sem nada para cobrir aquele peitoral trabalhado e moreno...e ia correndo para cozinha apagar o fogo que esquecera ligado!

Sim! Shinen depois de 2 mês perdera completamente o senso de ser convidado, porque não era, aquela era casa dele...e pelo que o loiro notou, isso era seu normal. A primeira vez que Natsuro acordou sonolento e abriu a porta do quarto para descer, deu de cara com um vulto moreno, correndo descalça com os cabelos pretos esvoaçando e segurando a toalha na cintura.

- Bom dia Yatsuko-san!!! – ele gritou ao descer as escadas como um gato.

- Oi???? – o loiro acordou imediatamente e quando desceu atrás do moreno, sentiu o cheiro da comida, mas não antes de ver o que tinha tropeçado no caminho da cozinha. – Uma toalha????

- Quase pegou!! Quase!!!! Pensei que fosse dar tempo de pelo menos colocar o short quando senti o cheiro do bolo quase passando do ponto, mas não deu...- ele falou segurando um pano para retirar do forno o bolo e colocar em cima do fogão, seria muito comum se ele não estivesse totalmente pelado.

- . . . – Natsuro pegou o objeto do chão, o rosto tão vermelho que não tinha como encarar ninguém, os olhos tentaram não focar na visão a sua frente, mas foi impossível quando o moreno se virou e puxou a tolha de suas mãos ficando com todo o conteúdo na sua cara.

- Oh! Valeu! – ele enrolou o objeto na cintura- Vou terminar de me arrumar e já volto para acabar nosso café! – seus passou cruzaram a cozinha como uma flecha e logo já tinha desaparecido.

- Por quê?? Por quê??? – o loiro deu um tapa no próprio rosto para tentar desaparecer com a ereção que apertava no meio das pernas. – Quem vai precisar de uma ducha fria sou eu! Onde fui amarrar meu burro?!

E isso era a sua tortura de alguns dias sim e outros também, principalmente no verão. Descobriu a duras penas que Yanagi tinha um fogo interno maior do que qualquer vulcão ativo. Ele quase nunca vestia camisa dentro de casa, calças eram um mundo à parte, a não ser quando ia para a faculdade, por pura proteção, e era comum vê-lo andando seminu pela casa, e se fosse para dormir, estaria pelado! Com isso Yatsuko também fez um grande aprimoramento na sua vida sexual, que ele não tinha, claro...mas ele descobriu as milhões de formas de se masturbar, e com 21 anos ele se sentia um adolescente na puberdade! A vergonha havia se tornado seu segundo nome, e se Shinen não fosse tão desligado, já teria notado que ele estava sexualmente atraído por seu melhor amigo.

Natsuro aprendera a controlar seu coração e guardar a duras penas esse segredo. Afinal, sua irmã era a namorada de seu melhor amigo, não ele...e os dois viviam muito bem aquele relacionamento.

Tirando isso, o convívio corria bem. Alguns dias Shinen precisava trabalhar e sumia por uma noite, pois seu trabalho era caçar bandidos youkais que escapavam para a área dele. E algumas noite se transformavam em dias, com a desculpa que precisava resolver problemas fora, Natsuro nunca indagou muito, porque forçar qualquer coisa que Shinen não quisesse contar era como ir contra a maré. O gênio dele era terrível para certos assuntos e pouco gostava de jogar conversa fora, se por acaso o assunto família surgisse era um balde de água fria, dia seguinte estaria acordando com uma pedra de gelo sentado na mesa. Por isso, aprendera que insistir nunca era a melhor forma de alcançar os problemas do amigo.