capitulo tres.

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Tati 🧿

Coloquei as mãos no joelhos e desci rebolando na batida da música. Virei a latinha com resto de cerveja e acendi a ponta do meu baseado tragando toda a fumaça e sentindo todo meu corpo amolecer. Lancei uns olhares enquanto dançava pro boy que eu ja estava flertando em uns bailes anteriores. Ele finalmente entendeu o recado e veio para meu lado, gatinho mas é lerdo.

Demos aquele beijão de tirar o fôlego e dei um perdido nele, já tava ficando queroso demais. Sai fora de ficar de casal no rolê.

Notei que nesse tempo eu me perdi das meninas. Olhei ao redor tentando focar minhas vista e não encontrei um rosto conhecido. E para piorar meu celular estava descarregado. Lembrei que estava de relógio, assim dava pra ter noção, e marcava quatro e dez talvez todos já tenha ido embora.

Dei de ombros e decidi vazar dali, já não tinha nada mais do meu interesse. Fora que os saltos estava me matando! Sai da multidão e peguei um atalho para casa entrando num beco. Talvez seja melhor eu retirar os sapatos, vai que acontece algo e não consigo correr com eles. Após tirar vou andando o mais rápido possível. Gelo ao escutar uma moto acelerando atrás de mim, tento olhar para ver quem é mas o farol cega meus olhos.

xxx: Tatiana? — disse uma voz grossa. — Sou eu, o Cotinha, trabalho pro Grego.

Tati: Cotinha? Tá fazendo o que aqui? — estranhei.

Cotinha: Estava dando umas volta vendo se tava tudo certo, ordem do patrão, sabe como e né? — assenti. — Ai vi você entrando aqui e preocupei. Não me perdoaria se algo acontecesse com você no meu turno.

Bom, ele tinha razão. Analisei a situação e sim, ele conseguiu me convencer. Até porque se ele tentar algo sabe muito bem que será um homem morto.

Ah que se foda, seja o que Deus quiser.

Tati: Tudo bem, obrigada. — subi na moto.

[...]

Que ressaca do caralho!

Tentei abrir meus olhos e a luz do sol me incomodava fazendo arder. Resmunguei até criar coragem de levantar já tava quase fazendo xixi na roupa, por isso odeio beber cerveja. Fiz minhas higienes e tomei um banho gelado na tentativa de me despertar. Lavei meus cabelo também que tava uó. Nunca vi gostarem tanto de ficar jogando bebida pro alto, desperdício.

De toalha mesmo me sentei na cama e peguei meu celular para ver as horas. Assustei com a quantidade de mensagens.

"Amiga cadê você?" "Puta que pariu Tatiana onde vc ta? "Se você tiver metendo vou dar na sua cara"

Dentre essas e outras do Grego me xingando ou seja eu sai antes deles ja que as mensagens foram enviadas cinco da manhã. Vesti a roupa e desci para cozinha. O cheiro do almoço invadiu minha narina.

Tati: Bom dia família! — digo alegre e todos me encara com ódio. — Que foi?

Grego: Que foi Tatiana? Que foi? — gritou. — Você é uma irresponsável caralho. Ontem geral ficou de procurando e você simplesmente sai sem falar nada? Caralho!

Tati: Do que você ta falando? — olhei para minha mãe e ela negou com a cabeça. — Eu sei lá, uma hora tava perto de vocês e outra não. Mas eu vim embora era quatro horas ainda!

Grego: Doía ter avisado?!

Tati: Tava sem bateria. — gritei. — Porra eu que achei que vocês tinha ido embora e me deixado para trás.

Grego: Você sabe que eu nunca faria isso. Você sai na minha responsabilidade! — cruzou os braços. — Aposto que tava lombrada.

Tati: Não me venha com essa, Vinícius! Eu não mais sou criança. — gritei já sentindo as lágrimas descer. — E não tava "lombrada" não — fiz aspas com os dedo — Cotinha tava fazendo vigia e me deu carona. Eu não to aqui? Viva? Então por que caralhos ta me xingando?

Grego: Ah Tatiana... — riu em tom de deboche. — Cotinha nem estava fazendo turno essa madrugada! Na verdade, ele tirou uns dias de férias. Não me venha com mentiras!

Tati: Se eu to dizendo que ele deu, então ele deu!

Grego: Ta vendo — olhou para nossa mãe e apontou para mim. — Enquanto nos todos tava preocupado com ela, sua filha deve que tava dando para bandido! — olhou para mim com ódio. — Enquanto estávamos que nem loucos atrás de você, a pirralha tava dormindo depois de dá pra bandido!

Tati: Não me trate assim! — gritei entre soluços. — Você não é meu pai! Eu já sou uma adulta!

Sai dali e entrei para meu quarto batendo a porta.

Grego 💣

Eu tava puto, fervendo de ódio por conta da Tatiana. Ela foi irresponsável para caralho de fazer isso. Se não fosse pela dona Fatima ter entrado no quarto dela e ver a bonitona dormindo lá nois já tinha convocado o morro inteiro a procura dela. Ela ta na minha responsabilidade, e se ela não me dar confiança eu não permito ela sair mais. O pior e ela mentir, falando que o Cotinha deu carona ela.

Eu tinha que descontar minha raiva em algo!

Peguei minha arma e subi na moto e fui cobrar uns viciados de merda. Sou fácil de lidar, só não me faz de otario. Fui em direção a um quarentão que me deve uns vinte mil. Arrombei seu portão e já gritei o nome do vagabundo.

Grego: Cadê minha grana? — chutei aquele peso morto deitado no chão. Não consegue ficar nem em pé.

Ricardo: Chef-chefe eu não tenho. — começou a gaguejar e chorar. Marica. — Tenha misericórdia e me dê mais tempo. Eu te imploro.

Grego: Eu não tenho tempo. — mirei a arma em sua cabeça. — E não me venha com misericórdia, eu ja fui muito bonzinho com você. Não quer acertar suas conta comigo? Ta bom, acerte com o capeta então. — dei um tiro certeiro em sua testa e vi todo aquele sangue escorrer.

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