Araújo levantou a mão e chamou o garçom, Carlos e Marcos riam enquanto contavam sobre as suas aventuras sexuais.
— Cara, você tem que ouvir a história que o Carlos tem pra contar! — falou Marcos, empolgado.
— E você já sabe qual é a história? — perguntou Araújo.
— Ele só me adiantou algumas coisas, mas omitiu o gran finale. — Virou-se — Conta logo! Depois, pode ser que eu compartilhe a minha história, mas, é claro, de forma resumida.
— Resumida é o caralho! Vai falar nos mínimos detalhes! — exclamou Carlos.
— Tudo bem! Vou detalhar o máximo possível! Agora, por favor, conta logo que estou ansioso! — falou Marcos agoniado.
— Agora eu também fiquei curioso! — exclamou Araújo.
— Vamos lá, Carlos, conta! — reclamou Marcos.
— Tudo bem, vou começar.
— Porra! Você faz muita hora! — gritou Marcos virando de uma vez o copo de cerveja.
— Nossa, cara, você está muito descontrolado. Parece que nasceu de sete meses! — tomou um gole de cerveja, suspirou — Muito bem. Há umas três semanas, conheci em um aplicativo de namoro a Sônia. Nós conversamos um pouco e, por incrível que pareça, nós nos identificamos um com o outro, gostos parecidos no que toca a filmes, música etc. Ela é uma mulher muito bonita, a boca carnuda, nossa! Alta, curvilínea e sem frescura, após alguns dias rolou até sexo por telefone.
— Não fizeram sexo por videochamada?
— Não, ela não topou.
— Tem alguma coisa errada aí — observou Araújo e Marcos concordou.
— Posso continuar? Muito bem... Eu já estava enlouquecendo, insistindo para que nos encontrássemos pessoalmente, mas ela resistia. Continuávamos a conversar online, de vez em quando me mostrava os seios, e não adiantava pedir e implorar que não rolava mais nada, ou seja, nada de mostrar o que eu mais desejava.
— Então rolou sexo virtual? Cara, eu nunca fiz sexo virtual. Como é? — perguntou Araújo.
— Ah, ela me mostrava os seios, e pedia pra eu fechar os olhos e imaginar que estava colocando meu pau no meio deles. Eu entrava na onda e me masturbava feito louco. Em outros momentos, ela dizia que estava me chupando, cara eu ficava louco!
— E funciona mesmo? Eu também nunca fiz sexo virtual — confessou Marcos.
— Comigo funcionou, mas não tem nada melhor que sexo ao vivo e em cores! — desabafou Carlos.
— E aí? Vocês se encontraram? Conta logo! — pediu Marcos ansioso.
— Faz quanto tempo que você não transa, Marcos? — perguntou Araújo rindo.
— Para sua informação, transei ontem.
— Acredito! E quem foi a pobre mulher que caiu na sua lábia?
Marcos abria a boca para responder, quando foi interrompido por Carlos.
— Ei! Vocês querem saber o final ou não?
— Claro! — berrou Marcos.
— Com certeza! Desculpa, é que o Marcos me tira do sério — retrucou Araújo.
— Muito bem. Finalmente, depois de duas semanas, marcamos um cinema. Quando nos encontramos, quase enfarto, a mulher tinha tantas curvas que eu tive a certeza de que se fôssemos pra cama, eu morreria trepando. No cinema, não conseguimos parar de nos beijar, mas toda vez que eu tentava tocar no sexo dela, era interrompido.
— Cara, isso é estranho mesmo! — reclamou Marcos.
— Não me interrompa! Porra! — resmungou Carlos.
Marcos levantou as mãos pedindo desculpas.
— Continuando, pois bem, toda vez que eu tentava tocar no sexo dela, ela falava que eu era muito atrevidinho. Na hora não achei nada estranho, afinal, podia ser um pouco de timidez.
— Timidez! — Marcos desatou a rir. — E todo sexo virtual que vocês fizeram?
— Quer saber, não vou terminar a história! — resmungou Carlos.
— Não! — berrou Araújo. — O Marcos vai ficar calado nem que eu tenha que enfiar uma linguiça inteira na boca dele. Continua.
— Pois bem, depois do filme, paramos numa pizzaria, conversamos um pouco, e decidi comprar duas pizzas. Ela me perguntou por que duas e eu respondi que jantaríamos uma ali e a outra, comeríamos num lugar mais confortável. Ela olhou para mim, indignada, e me perguntou se eu só queria comê-la. A pergunta foi direta e eu respondi da mesma forma, ou seja, que já havíamos feito sexo virtual e que o nosso encontro era sim para transarmos e que se eu tivesse entendido errado ela tinha todo o direito de desistir. Sônia sorriu e disse que estava brincando, assim conversamos mais um pouco, tomamos um vinho e o meu tesão aumentando, ela retribuiu da mesma forma, então, decidimos ir logo para um motel. Quando chegamos, ela pediu para ir primeiro ao banheiro. Quando saiu usava uma lingerie de parar o trânsito. Caminhou toda tímida e deitou na cama, eu entrei no banheiro sem disfarçar meu desejo, demorei um pouco, e quando voltei, ela já estava nua, não me esperou nem pra tirar a lingerie. Imaginem ela toda esparramada, com as suas curvas espalhadas pela cama, e somente uma fatia de pizza em cima do seu sexo.
Marcos e Araújo riram.
— Um pedaço de pizza? Ela é realmente bem criativa, amigo — brincou Araújo.
— Nossa! E o que você fez? — perguntou Marcos.
— O que você acha? Tirei a roupa rapidamente e engatinhei em cima da cama, minha boca foi direto pro pedaço de pizza...
— Puta merda e depois?
— Se você calar a porra da sua boca eu termino, Marcos!
Ele se calou, levou os dedos junto a boca e fez um gesto de trancando com a chave.
— Então, quando eu mordi e puxei o pedaço, me deparei com um baita de um caralho!
— Como é?!! — perguntou Araújo boquiaberto. Dessa vez, Marcos não falou nada.
— Cara, confesso que nunca tinha visto nada tão grande na minha vida. Nem o meu é assim.
— E aí? — indagou Marcos.
— Ela olhou pra mim, os olhos gemendo, a boca carnuda entreaberta, olhei pro lado e balancei a cabeça e pensei: que se dane! Eu quero o amor! E, por ora, isso me basta!
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Contos
RomanceMergulhe em uma envolvente e provocante coleção de contos que exploram os recantos mais profundos da sensualidade humana. A leitura o transportará para um universo onde o erotismo é celebrado sem tabus. Encontre-se com personagens cativantes que se...