As cartas de amor

Capítulo 3 -Procurando o autor

Um menino? Kakashi não esperava por essa, um dos seus colegas ou até amigos gostava dele? Que coisa estranha de se pensar.  Aquela carta tinha alguma coisa familiar então ele logo supôs que conhecia o responsável e a letra. Se levantou da sua cama e foi em direção a sua mesa, muitas vezes usada para estudar, se sentou na cadeira sob ela e pegou seu pequeno blobo de notas.
Kkakashi começou a escrever os nomes de garotos mais próximos que poderiam ser, sendo apenas quatro. Obito, Asuma, Gai e Iruka.

Obito… a carta lembrava o garoto, mas ao ao mesmo tempo haviam boatos de que quando criança Obito gostava de Rin e ainda gosta, o que é bem possível. Ele sempre mandava olhares cheios de ciúmes quando Kakashi e Rin estam juntos, sem falar que viviem brigando, era mais provável um rancor e mágoa surgir disso do que algo romântico. Kakashi descartaria Obito por hora.
Asuma… escrever cartas românticas até que combinava com ele. Por serem amigos Kakashi já viu seu lado romântico, mas não direcionado a ele e sim para Kurenai, obviamente Asuma gostava dela. Riscou o nome e foi pro próximo.
Gai… nada impossível, mas ainda assim estranho. A carta combinava com ele, mas imaginar o Gai escrevendo uma carta de amor era muito estranho. Gai tinha uma obsessão pela rivalidade com Kakashi, poderia sim surgir um sentimento romântico, porém Gai era assim mesmo, tudo poderia ser interpretado como amizade.
Iruka… O moreno caiu como uma luva nisso. Iruka sempre agiu de forma estranha com Kakashi e agora pensando bem poderia ser interpretada como uma paixão, corando enquanto elogia o albino em seus treinos ou lutas, o encarava nas aulas, coisa que descobriu por pegar o mesmo no flagra. Havia um contra, Iruka era um garoto até que sensível e bom com palavras, pegou anotações do moreno no passado e ficou surpreendido com a organização e escolha de palavras, será que ele seria ruim para escrever uma carta de amor?

Por enquanto só focaria em Gai e Iruka, amanhã daria um jeito de falar com os dois, tentar notar algum comportamento estranho e se puder conseguir comparar com a letra da carta. Sua mente estava mais calma agora que o assunto estava mais resolvido e poderia ir dormir.

Minato sorriu ao ver seus três alunos vindo juntos, era uma cena rara pois não tinha um clima tão amigável no time. Kakashi parecia pensativo, Rin feliz e Obito inquieto, talvez pela punição que sabia que teria.

-Vocês vindo juntos? Aconteceu algo? -Minato perguntou tentando fazer uma piada, Rin estava feliz então logo respondeu.

-Kakashi nos convidou pra ir junto! -Rin sempre ficava estusiasmada quando o Hatake dava importância ou atenção a ela e ao Obito, porque o mesmo quase sempre está distante.

-O Kakashi? Uau! -Minato estava surpreso e feliz pelos mesmos motivos que a sua aluna.

-Não vejam de uma forma dramática. -Kakashi fala tentando resolver o mal entendido, logo ele aponta para Obito. -Fui chamar Obito para que ele não se atrase e fizesse eu perder meu tempo, surpreendentemente Rin estava lá também. -Kakashi quando viu a garota na casa do Uchiha acreditou mais ainda que a carta não pertencia a ele e o mesmo gostava da Rin.

Minato deu um leve sorriso malicioso e olhou pra Rin que corou ao entender o que Kakashi e Minato estavam insinuando, já Obito ficou um pouco desconfortável, teve sim uma paixão por sua amiga na infância, mas já superou isso. Não pode evitar ficar meio triste também ao perceber que Kakashi não dava a mínima para a sua vida ''amorosa''.

-Mudando de assunto, Obito por que faltou ontem? -O loiro pergunta botando um sorriso meio falso no rosto, ele lembrou agora que estava com raiva, havia sido pego pela chuva ontem e tinha grandes chances de ficar resfriado.

-Eu não… -Obito desviu o olhar de seu sensei para Kakashi e corou um pouco, coisa que foi percebida por Minato que ficou confuso. -tenho desculpas… -Ele não poderia falar que estava fazendo uma carta de amor para seu companheiro de time, passou horas pensando no que escrever e no fim de tudo ela ficou ruim, e também ele nunca diria isso na frente do tal companheiro.