Capítulo 3

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Aliança de Caudas

TAEHYUNG

Provavelmente já era mais das três da madrugada quando chegamos no apartamento de Jeongguk, pela sua vestimenta e comentário sobre ter uma lojinha eu pensei que seu apartamento seria um pouco menos... chique por assim dizer, eu realmente deveria parar de julgar as pessoas por atitudes e visual, isso me causa muito problemas.

“...pode lhe causar problemas, TaeTae.”

 A memória daquele momento foi instantânea, a voz dele cortando lentamente a minha mente, rasgando o meu coração e abalando totalmente o meu emocional.

A minha única perturbação de reviver é ter as lembranças de como eu morri.

Não deu outra e eu já estava com os olhos lacrimejando novamente, me recuso a chorar por ele de novo, tenho que aprender a ter controle, se eu pretendo me vingar tenho que deixar de ser facilmente desestabilizado por coisas como essas, engoli o choro e tentei afastar aquela memória.

Desde a minha última fala para o alfa, ele ficou calado por mais tempo do que eu esperava, conseguimos chegar até aqui sem nenhuma pergunta a mais, eu fico aliviado, por mais que ele esteja certo em querer saber que pessoa ele estará “confiando" ele tinha sido meio invasivo naquela hora. Eu também não sou um completo idiota, observei todos os seus movimentos desde que o vi, ele não me assediar ou tentar algo a mais enquanto eu estava vulnerável já me ajudou a ter essa “simpatia” por ele, a ponto de aceitar a ajudinha a mais. 

Assim que entramos ele tirou os seus sapatos e os colocou em um canto, logo em seguida calçando uma pantufa que tinha do outro lado da entrada, já eu apenas tirei os meus sapatos e coloquei do lado dos seus, fizemos bem os tirando já que quando o alfa começou a andar e eu olhei para aquele canto, querendo verificar se o meu sapato estava de maneira adequada, eu reparei nas manchas de sangue nas laterais dos dois calçados.

— Terá que esfregar bem os lados do seu sapato Sr. Jeon, um pouco do meu sangue ficou ali, uma vez eu li na Internet que é bom usar cândida e água gelada, se esfregar no máximo 2 horas depois que o sangue estiver no tecido, ficará mais fácil de sair. — o instrui enquanto o seguia para seja lá onde ele iria.

Ele entrou em um cômodo que eu acho que era o seu quarto, fiquei esperando ele na porta, não querendo invadir o seu espaço particular, minha avó me disse uma vez que era extremamente desrespeitoso - e convidativo - um ômega entrar no quarto de um alfa. 

— Por que fala como se nada tivesse acontecido? — ele fala de repente — Você é o ômega mais estranho que eu já vi na vida, eu me lembro muito bem de você caindo de um prédio, e eu sei que não estou louco! — eu realmente mereço um prêmio por fazer, em uma madrugada, dois homens ficarem descontrolados com poucas palavras, qual é a desses alfas sem noção que tudo que falam eles ficam bravinhos?!

— Pelo amor de Deus, eu só estou tentando ajudar, se não quiser é só ficar com o sapato assim então, eu até que achei bem estiloso, aesthetic eu diria… — comentei com deboche, eu estava começando a me irritar com ele, quem caiu de um prédio foi eu e não ele pra estar todo nervosinho assim. 

Depois disso ele continuou calado, apenas procurando alguma coisa pelo seu quarto enorme que caberia o banheiro principal da minha casa, quando ele achou o que queria veio logo em minha direção, tão rápido quanto uma flecha, e como eu estava com os instintos despertos desde a minha queda, minha reação de imediato foi lhe dar um chute no meio de suas pernas. Desde os meus 19 anos eu participava de aulas de defesa pessoal para ômegas, com todo o meu arrependimento eu digo, aquele golpe foi feito para machucar, e muito. 

TAIL • [taekook ▿ abo]  Onde histórias criam vida. Descubra agora