Capítulo 5

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O Sorriso é a melhor Máscara

Taehyung não sabia em que momento da madrugada desistiu de voltar para o apartamento de Jeon, mas as ruas estavam tão vazias que se gritasse poderia fazer eco. Sua mente estava tão agitada esses dias que esqueceu de um lugar que guardava uma parte de sua alma que ainda não havia sido corrompida. 

Seu ateliê era o seu lugar favorito no mundo depois das passarelas. 

Ele ficava numa parte meio pobre perto da sua antiga casa, foi o seu primeiro "apartamento" - era muito pequeno pra ser chamado assim -, sua primeira casa solo, seu cantinho.

Tudo nele o lembrava o seu começo na moda, a luta que era ir pra faculdade naquela época, o qual longe ele estava do seu estágio, a sua felicidade de estar nele, em conforto com si mesmo.

Era tão perfeito, tão ele.

Depois que começou a ganhar bem no trabalho, decidiu transformar o seu minúsculo apartamento em seu ateliê pessoal já que tinha alugado outro, naquele tempo tinha feito um acordo com o síndico e conseguiu comprar aquele espaço só para si, ou seja, mesmo depois de morto o único que teria acesso a aquele apartamento seria ele, a não ser que em seu testamento transferisse para outra pessoa, o que ele não fez.

O bom dele era que o porteiro não ligava pra ninguém que entrava ou saía, antigamente isso lhe causava uma grande dor de cabeça mas agora agradecia ao Senhor Lang por não dar a mínima para aquilo. Facilitava o seu lado.

A sua válvula de escape sempre foi aquele local, não queria nunca que alguém o privasse dele. 

No momento em que abriu aquela porta a sensação foi de acolhimento imediato, queria disfarçar um pouco a sua euforia, então fechou a porta e assim que se certificou que ela estava trancada ele se permitiu chorar de felicidade.

Estava com tanta saudades daquele lugar.

[...]

O ômega estava pintando um desenho de uma roupa que estava parada em seus projetos fazia tempos quando veio uma memória em sua mente.

— A gaveta! – pegou a chave que escondia dentro do estojo de pincéis e levou a sua mão em direção a última gaveta da mesa que ficava trancada, abriu ela num ápice de desespero. 

— Meu Deus… Está tudo aqui.

Tudo o que ele precisava para por Park Seojoon atrás das grades estava a poucos centímetros de si, graças a sua precaução. Lista de contatos, contas bancárias, histórico da empresa, número das agências espalhadas por Seul, e até mesmo o seu celular antigo que tinha comprado na mesma época que o seu apartamento... ele guardou um tesouro e não sabia.

O seu peito se encheu de esperança.

[...]

O Kim tentava pela terceira vez abrir aquela porta quando se tocou que tinha esquecido a maldita chave reserva que Jeongguk tinha lhe emprestado, então começou a bater nela na esperança de ele abrir para si. E deu certo. De início ele pensou que sim…

— Quem é você?

— Pois não?

Falaram ao mesmo tempo. Quem tinha aberto a porta era um homem de cabelo preto e do mesmo tamanho que si, pelo seu cheiro forte de limão, ele era alfa, e era muito bonito vale ressaltar, mas...

"Meu Deus será que eu esqueci até o número do apartamento do Jeon?" Taehyung pensou.

— Esse é o apartamento de Jeon Jeongguk, né?! – resolveu questionar. "Não é possível que eu esteja ficando louco logo agora."

TAIL • [taekook ▿ abo]  Onde histórias criam vida. Descubra agora