TAIL • [taekook ▿ abo]

Capítulo 9

aviso: gatilhos de violência verbal e física, estarei indicando a parte caso queriam pular ela.

Recordações de um Passado Imaginário

O ômega acordou de supetão, sentia sua cabeça pesada e latejante além de um gosto amargo na boca. 

"Deve ser o gosto do arrependimento'', pensou. 

O Park após perceber que ainda estava de noite, levantou rapidamente e começou a tatear o seu corpo em busca de um machucado e igualmente do seu celular, concluiu segundos depois que não tinha nenhum dano e seu celular estava intacto. 

Começou a fazer o seu trajeto de volta ao seu carro enquanto checava o seu dispositivo, pelo horário que marcava pode supor que ficou desacordado por pelo menos meia hora, era o que precisava. Quando entrou no carro foi logo ao que lhe interessava. 

A câmera do automóvel. 

Pegou o cabo USB e conectou ao seu celular, voltou a gravação nos 30 minutos em que ficou inconsciente e uns minutos a mais do momento em que chegou naquele matagal nojento, deu o play. A imagem não estava muito clara já que era tarde da noite e os faróis estavam sendo meio cobertos pelos arbustos em volta, entretanto ele conseguiu distinguir quando uma figura de fios vermelhos saiu de um canto da gravação, e também o momento em que o indivíduo levou a madeira em direção à sua cabeça. 

Checou o seu corpo e por fim, pegou a arma que estava com ele, mas... 

Por uma eternidade, tudo parou. 

Sua mente. Seu corpo. Sua respiração. Seu coração. 

Não era uma ilusão, imaginação ou, até mesmo, uma alucinação… 

— Ele está mesmo vivo?

TAEHYUNG

Eu e Yoongi estávamos na rua fazia uma hora, o sol, por sorte, estava baixo hoje. Estamos à procura de um emprego para mim, afinal, mesmo morto também preciso ganhar dinheiro. 

E quando finalmente chegamos ao local que ele falou, eu lhe olhei desconfiado. 

— Yoonie, por quê estamos em um beco, às — olhei o relógio no meu pulso. — uma hora da tarde? 

Ele me olha feio. 

— Com licença, aqui não é apenas um beco — ele disse se distanciando de mim e abrindo uma porta de metal preta que estava camuflada entre as paredes daquele beco. — é quase um paraíso, meu querido felino. — ele completa já passando por aquela porta. 

Quando o segui não acreditei no que estava diante de mim. 

Néon. Era completamente néon. Mesmo de dia, quando tudo estava desligado, dava pra perceber que muitas pessoas passaram por aqui, e, com certeza, fizeram mais do que se embebedar. O lugar em si parecia um galpão muito chique, com dois andares, uma escada de madeira e vidro à esquerda, cheio de mesas e cadeiras transparentes vazias e limpas, um palco longo com três barras de ferros à direita, um balcão feito de madeira preta farto de bebidas de todos os tipos, na mesma direção da porta pela qual entramos, as luzes que ainda estavam ligadas eram apenas as azuis e as vermelhas. 

Realmente. Era como um verdadeiro paraíso.

Eu fiquei tão impressionado com o local que não tinha escutado o quê Yoongi disse até ele me dar um empurrão e eu me deparar com um beta andando em nossa direção. 

— Quem é ele? — perguntei baixo para o Min. 

— Meu caro, Byun. — disse ele. 

O beta era, sem dúvidas, uma das pessoas mais bonitas que eu já vi na minha vida. Seu cabelo marrom como chocolate ao leite, rosto completamente simétrico, um conjunto do terno cinza escuro com linhas brancas que cabiam perfeitamente em seu corpo, apesar de ser um beta eu podia sentir um cheiro fraco de algo cítrico meio amargo, o que era meio incomum porém tudo funcionava estranhamente bem nele.