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Noah Urrea

- Heyoon, avise Marco e Linsey que acabamos de chegar em Los Angeles. Por favor. - Falei para a minha secretária, que andava atrás de mim anotando tudo.

- Sim senhor, mais alguma coisa? - Entrou junto comigo em minha sala.

- Sim, quero que traga toda aquela papelada da compra daquele orfanato em Orange. Se possível, agora mesmo.

- Pode deixar Sr.Urrea, trago tudo em cinco minutos. - Se virou para sair.

- Cinco minutos? - Ri sem humor - Quero tudo isso na minha mesa nesse instante, agora, então vá! - Ordenei.

A mesma concordou com a cabeça e saiu às pressas. Odeio pessoas lerdas.

Abri meu notebook para olhar como estava as minhas empresas hoje. Sou dono de parte de várias empresas, instituições, orfanatos, e assim vai.

Não deu nem dois minutos e Heyoon entrou de novo em minha sala com a papelada em mãos, e lá vamos nós assinar mais documentos. O que essas pobres crianças carentes seriam sem mim?

- Já pode se retirar, Srta.Jeong.

- Ah, é que Marco ligou e falou que ele já falou com a diretora do orfanato sobre a compra, e que o comprador é um Urrea, então ele quer tudo impecável para a visita do senhor.

- Além de comprar uma casa cheia de órfãos eu preciso ir lá? Tenho mais o que fazer da vida.

- A diretora quer negociar a compra com o senhor, ela quer ser dona do orfanato.

- Mas eu comprei ele, se essa velha quer ser dona o problema é dela.

- Foram ordens de seu pai. - Disse por fim antes de se virar e sair.

Bufei com raiva, eu realmente teria que pegar estrada para ver crianças sujas e sem educação correndo para lá e para cá.

Assim que saí da minha sala, dei de cara com Linsey, minha irmã mais velha.

- Finalmente você chegou, pensei que iria ficar de férias para sempre. - Riu acompanhando os meus paços até o elevador.

- Bem que eu queria. - Falei seco.

- Eai? Como foi? Conheceu alguém? Como ela ou ele é?

- Já experimentou calar a boca um pouco? - Fui rude e saí do elevador assim que a aportas se abriram. Ela veio atrás.

- Grosso!

- E grande.

- Vai morrer sozinho desse jeito.

- É o meu maior sonho, acredite.

Ela parou de me seguir ali e seguiu outro rumo, já eu fui direto para fora da empresa e peguei meu carro.

- Heyoon, quero que me mande o endereço do tal orfanato. - Falei pelo telefone.

- Já estou enviando, Sr.Urrea.

- Ótimo. - Desliguei e dei partida no carro.

Orange não fica muito longe de Los Angeles, então até que não vai ser tão cansativo. O cansativo mesmo vai ser ver aquelas crianças sujas, depressivas, outras correndo para lá e para cá, outras lamentando a morte da bezerra, e outras implorando por atenção. Fazer o que? É o meu trabalho.

[...]

Estacionei o carro em frente a grande casa, até que não é tão mal cuidada.

Me aproximei da entrada já ouvindo os gritos das crianças correndo para todos os lados, enquanto alguma mulheres uniformizadas tentavam pará-las.

𝐌𝐲 𝐋𝐢𝐭𝐭𝐥𝐞 𝐆𝐢𝐫𝐥 | ɴᴏᴀʀᴛ ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora