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Noah Urrea

Sina andava em silêncio ao meu lado. Não quero que ela pense que não vou mais cuidar dela por causa do meu "filho", e eu entendo ela por achar isso. Se eu pudesse saber de tudo que se passava dentro daquela cabeça...

Assim que chegamos em frente ao quarto que Vivian estava, olhei em volta e não tinha um familiar se quer. Ela realmente era uma mulher sozinha, me lembro bem de quando a conheci na França e ela deixou seus pais para trás para vir morar comigo... Mas o que adiantou? Ela me traiu mais de cinco vezes, queria apenas meu dinheiro e meu nome.

- A Si prefere ficar aqui fora. - Disse olhando para Eli em seus braços.

- Eu sei. Não saia daqui, está bem? Eu já volto e depois vamos ir lá olhar ele, tá? - Ela concordou com a cabeça e se encostou na parede. Entrei no pequeno quarto, vendo Vivian deitada enquanto falava com alguém pelo celular. Logo seu olhar parou em mim.

- Pode deixar, volto assim que puder. - Desligou o telefone e me encarou.

- O que queria falar comigo? - Me aproximei - E seja rápida.

- Ok, Noah. - Suspirou - Assim que sair daqui, vou voltar para França.

- Vai levá-lo com você?

- Não. - Respondeu rapidamente - Eu não posso conviver com essa criança, eu não posso. Meus pais vivem em outra realidade, Urrea, eles acham que nos casamos e nem sabem que fiquei grávida.

- Por que não contou que acabou com nosso noivado? Por que não contou que me traiu mais de cinco vezes? Medo de ser julgada pelos seus papais que sempre te bancaram e só pararam quando se envolveu comigo?

- Eu não quero falar disso, e muito menos ser julgada por meus pais. Essa criança só vai atrapalhar na minha carreira de modelo, confesso que só contei para a mídia pra fazer um inferno na sua vida e na vida dessa pirralha interesseira.

Bufou e trincou o maxilar.

- Mas isso causou mais problemas para mim! Perdi milhares de contratos com marcas importantes e nem se quer sei quem é a porra do pai. Sem contar nas marcas horríveis que ficou pelo meu corpo depois que pari essa criança. Argh! Eu não quero ela, Urrea, não quero. Nem leite eu tenho! Não é pra mim!

- E eu com isso?

- Sei que você tem condições pra cuidar dela, então...

- Não. Está fora de cogitação isso, nem pai dele eu sou.

- Por favor, Noah. O que meus pais vão pensar de mim? - Aquela voz já estava me irritando.

- Que você é a vadia que é. Agora não meta minha vida em seus problemas.

- Provavelmente vou embora dentro de dois dias, vou te dar esse tempo pra pensar. Pense bem Noah, se não for com você, levo ela pra um orfanato.

- Que leve então.

- Pense bem. Agora pode sair? Quero ficar sozinha.

Me virei e abri a porta, saindo do quarto.

- Si? - A chamei e ela me olhou - Ainda quer ir lá vê-lo?

- Uhum. - Sorriu fraco e segurou na minha mão.

Depois de pegar algumas informações com uma enfermeira, ela nos acompanhou até onde ele estava.

- Posso pegar ele? - Perguntei meio nervoso, querendo ou não ele podia realmente ter o meu sangue.

- Claro. - A enfermeira sorriu me entregando ele no colo com calma.

Era tão fofo. E pelo o que tudo indica era uma menina. Seus cabelinhos ralos eram morenos e enroladinhos, os olhinhos se abriram, eram castanho escuro. Tão linda.

- É tão fofo. - Sina diz passando seu dedinho pelo rostinho da bebê - Ela vai morar com a gente? A bebê?

- Não. - Tratei de responder rápido - Assim que puder vou levar ela pra um orfanato, não se preocupe com isso.

- Se ela pode ficar com a gente, purquê levar pro oifanato? É tão horrível lá, se o daddy soubesse o que acontecia quando a tia Mi não tava perto... Naum leva ela pra lá daddy.

- Você quer que eu fique com ela?

- É o ceito, num é?... A Si pode até dividir a Eli com ela, e as bonecas, menos a pepeta e o mama.

- Não é tão simples assim, Sina.

- Puifavor, naum leva ela pro oifanato. É tão pequena.

- Você não se incomodaria? - Levantei uma sobrancelha e ela mexeu a cabeça negativamente.

- A Si ouviu a conversa... - Abaixou a cabeça - A Si pode ajuda a cuidar dela, sabe...

- Sério mesmo? Tem certeza?

- Ceiteza. - Sorriu.

- Tudo bem. - Me dei por vencido. A garotinha era tão quietinha, acho que não daria tanto trabalho - Quer dar um nome pra ela?

- Sim! - Sorriu ainda mais animada - Pode ser... Sininho?

- Não né, Si.

- Ah... Então pode ser Tina ou Eli.

- Vamos falar sério?

- Tá, tá. - Colocou a mão no queixo, pensativa - A Si gosta de... Chloe.

- Chloe? - Sorri. Realmente era um nome muito bonito e a cara da bebê.

- É. É bonito e combina com ela. - Me abraçou de lado, olhando para Chloe - A Si plomete cuidar muito bem de você e te emplestar todos os meus blinquedos. - Deu um beijinho na bochecha avermelhada.

Sendo minha filha ou não, eu cuidaria dela, e tenho certeza que Sina também. Eu amo de mais a minha baby.

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Capítulo pequeno mesmo, só posto outro se tiver mais de 30 comentários. 🤡

Já estou escrevendo a próxima fic, e tá tão >>>> 🔥🛐🏡🔪🔫

Ignorem qualquer erro de escrita.

Votem✨✨

📌Ass: Duda:))

𝐌𝐲 𝐋𝐢𝐭𝐭𝐥𝐞 𝐆𝐢𝐫𝐥 | ɴᴏᴀʀᴛ ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora