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Sina Deinert

Acoidei percebendo estar no carro, aparentemente estávamos deixando a casa.

- Que bom que acordou. - Daddy disse sem tirar a atenção do caminho que fazia.

- Onde a gente...-

- Estamos indo embora. - Cortou a Si - Por que essa cara de assustada?

Não respondi.

A Si sentia que já viu isso antes...

Passamos mais alguns minutos em silêncio, até o Nono ligar o rádio em um rock de deixar qualquer um suido.

- Abaixa. - Pedi colocando as mãos nos ouvidos.

Ele nem ligou pra Si e continuou a cantar as coisas estranhas que a música falava.

- Abaixa! - Falei de novo, sendo ignorada novamente.

Aquele barulho alto deixava a Si incomodada, muito incomodada.

Movi minha mão para abaixar o volume, mas o daddy segulou a mão da Si e a tirou de lá. Continuamos nessa bliga para abaixar o volume.

- Pala! - Glitei irritada - Abaixa! - Senti as lágrimas já tomando conta do meu rostinho. Puque ele não ouvia a Si?

- Cala a boca, Sina. - Disse tirando sua atenção da rua, e olhando pra Si.

Até que um choque e um barulho muito muito alto ecoaram na cabeça da Si, fazendo ela ver um clarão.

Abri os meus olhinhos com certo desespero, olhando para o lado e vendo o daddy dormindo.

Calma Si, foi só um pesadelo, tá tudo bem. Pensei comigo mesma.

Minutos depois o celular do papai tocou, fazendo com que ele acordasse. Ele o desligou e parou seu olhar em mim.

- Já acordada? - Peiguntou se espreguiçando.

- É.

- E por que a minha neném está com esses olhinhos tristes? - Puxou a Si para perto dele - São as dores de novo?

- Naum só isso... A Si teve um pesadelo...

- E o que acontecia nele?

- Foi a mesma coisa que aconteceu com os meus papais, só que era o daddy que estava lá, e você não ouvia a Si.

- Foi só um sonho, eu ainda vou ficar vivo muito tempo pra ficar do seu lado o tempo todo. - Segulou na minha mãozinha - Sempre.

- Plomete mesmo nunquinha na sua vidinha toda deixar a Si? - Estendi meu mindinho para ele.

- Sim.

- Plomete mesmo?

- Prometo. - E entrelaçou seu mindinho no da Si, deixando um beijo molhado na minha bochecha em seguida - O que quer fazer hoje? Ainda temos um dia aqui.

- Hum... Andar nos cavalinhos... E dar comida para as zebras.

Ele riu.

- Amor, aqui não tem zebras.

- Ah, mas a Si quelia alimentar as zebras.

- Quem sabe um dia. A gente pode jogar pão para os peixes.

- Tadinho dos peixinhos! E se nós acertarmos o pão na cabeça deles? - Fiz cara de brava - A Si quer conhecer os elefantes então.

- Si, aqui não tem elefantes.

𝐌𝐲 𝐋𝐢𝐭𝐭𝐥𝐞 𝐆𝐢𝐫𝐥 | ɴᴏᴀʀᴛ ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora