I N V E R N O

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LUCILLE GRANGER

Com o passar dos últimos meses, eu arrumei um jeito de conhecer o Draco. O real e verdadeiro Draco Malfoy. Ele aprendeu a confiar em mim, agora é mais doce, e o tenho na palma da minha mão. Aprendeu, também, a recorrer a mim toda vez que algo ruim acontece.

Contudo, nossos amigos não acreditam em sua mudança.

Nenhum dos nossos amigos vê o que acontece por trás das portas. Não importa quantas vezes eu diga que estamos bem e em uma relação saudável, eles não se convencem. De qualquer forma, isso não importa, uma vez que estamos realmente bem.

Às vezes, tudo o que precisamos é estar um ao lado do outro.

Nós fomos a muitos encontros, compartilhamos muitos momentos inesquecíveis e nos amamos em lugares inusitados, que incluíam desde a Sala Precisa, até a Floresta Proibida. Como consequência, eu me acostumei ao gosto do frasco.

É claro que não somos um casal sem defeitos, mas levou tempo para estarmos onde estamos. Houve muita paciência da minha parte até ele se sentir confortável. Foi como abrir um ovo duro de um Hipogrifo.

Houveram muitas vezes que estávamos em uma fase ruim...

"Você realmente vai falar pra eu relaxar? Você disse que iríamos nos encontrar durante o jantar, e depois eu descubro que você saiu pra vagabundear com o Blaise e Lorenzo!" Gritei

"Eu não posso mais sair com meus amigos?" Draco gritou de volta, batendo a porta do dormitório. Bufei e joguei minha capa no chão.

"É evidente que você pode, Malfoy!" Retruco, tirando a camiseta do uniforme. Fui até o armário e procurei por um blusão confortável. "Mas o mínimo que você podia ter feito era me avisar que você ia sair pra beber e fumar!"

"Vá à merda, Lucille. Eu faço o que eu quiser." Berra, jogando meus cadernos no chão.

Houveram múltiplas vezes em que virávamos um só...

Amorosamente, suas mãos viajavam pelo meu corpo, deixando beijos molhados e macios, do meu pescoço aos meus seios. Eu gemia enquanto estava em cima dele, preenchendo um espaço dentro de mim. Arqueei minhas costas em prazer, envolvendo meus braços em seu pescoço.

Houveram vezes que não queríamos olhar um na cara do outro...

"Cadê o Malfoy?" Lorenzo questionou, pulando na minha cama. Blaise pulou em cima de Lorenzo, o que fez Lorenzo, assustado, gritar como uma garotinha. Onyx e eu rimos.

"Ele está nos meus nervos, é lá que ele está." Respondi, jogando meu livro na mesa mais próxima.

"Ele tá no humor 'putinha' de novo?" Onyx zombou.

Houveram múltiplas vezes em que a vida era ótima e sem defeitos...

A mão fria de Draco interligou com a minha, que por sua vez estava quente, enquanto estávamos a caminho de Hogsmeade. Por estarmos no inverno, consigo ver o vapor saindo de nossas bocas quando falávamos. O nariz e as bochechas de Malfoy estavam rosadas por conta do ar frio - o mesmo para mim. A tonalidade de seu cabelo combinava com a cor da neve.

"Você tá me encarando, Lucille?" Riu, de uma forma leve.

"Talvez..." Respondi, devagarmente. Draco parou de andar e me trouxe para seus braços. Se inclinou e me beijou nos lábios.

"É injusto você poder me olhar, e eu não poder te olhar."

As coisas estavam se ajeitando, do jeito que eu sempre quis.

Filthy - Draco Malfoy (BR) Onde histórias criam vida. Descubra agora