U Í S Q U E

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LUCILLE GRANGER

"Lorenzo, não é ass-." Fui cortada.

"Puta que pariu, tem como os dois pararem de mentir?" Lorenzo grita, levantando da cama. Ele solta uma risada, em frustração. "O melhor é vocês contarem logo, antes que presenciemos essa cena linda, de novo."

Lorenzo está certo. Eu não sabia o quanto isso ia durar antes que fôssemos descobertos. Mas, pensando bem, usar essa situação para colocar as cartas na mesa não seria nada mal.

Olho para Draco, e ele não faz questão de me olhar de volta. Respiro fundo.

"Nós estamos... trocando ideia há uns dias já." Apontei. Dizer isso faz com que eu me sinta culpada. Tudo aconteceu em um período tão curto, em comparação ao tempo que nos conhecemos.

"Você confirma isso?" Lorenzo olha para Draco.

Draco olha ao redor, observando a atmosfera do lugar.

"Sim..." Ele responde, devagarmente.

O quarto entra em silêncio. Parecia que Lorenzo, Blaise e Onyx eram meus pais, e acabaram de me pegar com um garoto no meu quarto, de perneta.

"Isso é tudo que vocês pra dizer?" Lorenzo critica.

"O foda é nós ficamos sabendo... desse jeito." Onyx adiciona.

"Eu já tava sentindo." Blaise declara.

"Ah, você tava?" Onyx olha para ele.

"Eu tava!" Blaise responde, jogando as mãos no ar.

"Bobagem. Bobagem da SUA boca. A mesma boca que você usou para beijar a Pansy."

"Porra, eu pensei que a gente já tinha superado-."

"Gente!" Lorenzo interrompe, batendo as mãos. "O projeto! Nós temos um projeto pra fazer!"

Limpo minha garganta e me afasto de Draco, evitando uma tensão.

"Dá pra gente deixar isso de lado?" Solicito.

Lorenzo respira fundo. "Acredito que sim. Eu não vou fingir que é como se não tivesse acontecido, e que não doeu o fato de vocês terem escondido. Mas sim, dá pra deixar de lado, sim."

Enzo senta no chão, e consigo, leva nossos pergaminhos e penas. Pego meu caderno e também me sento, na posição oposta de Blaise. Olho para trás, procurando Draco.

Ele parecia derrotado, mas assim que nossos olhos se encontram, ele me dá um sorriso amarelo. Sorrio de volta. Draco tira a erva da mochila.

"Dá pra acender a maconha logo? Eu tô estressada." Onyx reclama. Draco ri.

"Maconha?" Questiono.

"É o nome da erva." Draco responde, segurando a coisa de vidro. "O Enzo me deu o resto que ele comprou com os trouxas."

Malfoy começa a coloca a maconha na coisa de vidro, mas eu nem presto atenção.

Nós todos estamos sentados no chão. Estou entre Draco e Onyx. Blaise e Lorenzo estão à nossa frente.

Imediatamente, deixamos a situação constrangedora de lado e iniciamos o trabalho. Se tem uma coisa que somos bons, é trabalhar em conjunto, cada um com uma parte da tarefa.

Lorenzo começa a escrever em um pergaminho. Blaise grifava partes importantes de cada feitiço.

Draco só observa. Ele não fez questão de se juntar a nós. Já era esperado, uma vez que ele não comparece às aulas. Ele leva a coisa de vidro para a boca e acende com fósforos. Após inalar, ele passa para a Onyx, que por sua vez, fez a mesma coisa.

Filthy - Draco Malfoy (BR) Onde histórias criam vida. Descubra agora