21 - Fim

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Sesshoumaru POV

- Essas caixas vão para Tóquio, essas aqui podem botar no caminhão. – escutei Rin orientar Miroku, Inuyasha e a equipe de mudança que viera pegar nossas coisas.

- Olha aqui, Sesshoumaru, eu concordei com essa ideia porque não tinha outro jeito, mas se alguma coisa acontecer com a Rin nesses seisa meses morando naquele lugar, você para de existir em dois tempos. – meu pai ameaçou em voz baixa, parando perto de mim ainda com uma expressão tranquila no rosto.

- Também não acho que seja a escolha mais segura ou confortável, mas é o que ela quer fazer, então eu vou estar lá. – respondi – Nada vai acontecer. Ou melhor, nada de ruim vai acontecer.

- E se você fizer um hanyo nela nesse meio tempo... – ele continuou suas ameaças

- Ah, depois desses seis meses pode, então. – disse eu para provocá-lo.

- Desde quando você é tão idiota? – ele revirou os olhos – A Rin é...

- Eu sei muito bem quantos anos a Rin tem, o que ela ainda tem para fazer e tudo mais. – interrompi - Poderia me dar algum crédito? – perguntei com sarcasmo – A ela também. São só seis meses e não é como se não tivéssemos para onde ir se der errado.

- Vocês têm a chave dessa casa, certo? Podem usar mesmo que nada aconteça e não deixe a Rin esquecer de me ligar todos os dias e...

- Escuta, qual é o problema aqui? Nem parece que você deixou que ela morasse em outro país por 3 anos. – eu disse, arqueando as sobrancelhas.

- Londres não era uma casinha na praia em Okinawa, é claro que vou me preocupar. – ele respondeu, fechando a cara

- Ou pode ser porque... -apenas esperei que ele admitisse.

- Porque sim, eu esperava que ela demorasse um pouco mais a se casar, confesso. Rin é tão jovem... Sei que não estão assinando nenhum papel, mas sei também que nunca mais vão deixar de viver juntos. Da maneira como se sentem, é inevitável, não é?

- Tão inevitável quanto você se casar com Izayoi do nada quando ela tinha a mesma idade. – respondi, dessa vez não como um ataque, mas esboçando um sorriso.

- Você entende agora. – ele sorriu - Parece que eu é quem tinha me esquecido um pouco como é, mas eu também não hesitei desde que estive com Izayoi pela primeira vez. – disse ele, fazendo uma pausa nostálgica - Ah, é só uma preocupação normal de pai! Não é todo dia que dois dos meus filhos se juntam com alguém. Um com o outro ainda por cima. – ele riu um pouco da situação.

- Gentil da sua parte fingir que não está preocupado só com ela. – eu comentei com bom humor – Mas eu não ligo, ela é a minha preferida nessa família também.

Ele tocou meu ombro em um gesto amigável. O mais próximo que alguém que não era Rin chegava perto de mim.

- Vocês vão ser felizes, Sesshoumaru, eu sei que vão.

***

Rin e eu nos mudamos depois de mais ou menos duas semanas de uma rotina intensa de compra de móveis e organização das nossas coisas pessoais.

Na verdade, mais as coisas dela pois Rin tinha trazido uma parte de suas coisas de Londres para Okinawa e outra já estava em Tóquio desde que voltara ao Japão, mas ainda assim ela tinha um infinito de roupas, sapatos e afins que não poderia manter na nossa nova casa. Por isso, ela e Kagome iniciaram um exaustivo sistema de organização entre o que levariamos na mudança, o que iria para Tóquio e o que ficaria ali mesmo naquela casa.

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