prólogo.

2K 249 128
                                    

Há muitos séculos os humanos e suas almas não habitavam mais o planeta Terra. Uma maldição ou salvação? Era a pergunta que as pessoas de hoje se faziam.

O que restou da descendência humana foi habitado pelas almas de lobos. Uma espécie de punição que a mãe natureza decretou após ver o quanto a humanidade a fez sofrer ao sempre exigir mais e mais de seus filhos. Ela queria que os humanos provassem do próprio veneno, se embebedassem na própria ira e loucura. E funcionou, pois, agora, os humanos tinham em seus corpos, lobos capazes de o controlarem. E como tudo não era um mar de rosas, eles eram classificados de acordo com seus lobos.

Homem ou mulher, o seu lobo se apresenta de acordo com seu instinto mais primitivo; com um propósito a ser cumprido. Desse modo, uma pessoa podia ser classificada ao atingir uma determinada idade ou apresentar certas características, podendo, então, ser: beta, alfa ou ômega.


• BETAS

Os Betas, a classe inferior, era também a mais sábia. Tinham grandes habilidades nas áreas científicas e extrema inteligência; uma benção da mãe natureza para lembrarem aos seus ancestrais que, embora tivessem a capacidade de pensar, agir e resolver, só usavam essas habilidades para malefícios. Não possuíam cios e seus cheiros eram fracos, mas perceptíveis aos olfatos apurados.

Depois de anos de guerra contra alfas e ômegas, e contra a subjugação que queriam lhes impor, decidiram formar sua própria alcateia com líderes de mesma classificação. A mãe natureza não poderia intervir, pois havia feito muito para eles terem uma segunda chance; deixou nas mãos do destino. Enquanto a maioria dos betas ficavam em cidades prósperas em apoio a tecnologia, os alfas e ômegas construíam seus lares em meio às florestas para manterem seus lobos em harmonia com a natureza.

Os betas eram responsáveis por fornecerem os recursos mais necessários às alcateias com classes superiores como acordo e garantia de que não haveria mais guerra por posicionamento nas classificações.

Mas, claro, os betas eram livres para habitar alcateias na floresta, o Conselho Beta só não se responsabilizava pela forma que seriam recebidos. Algumas poderiam estar de braços abertos para receberem mais um membro com um nível absurdo de inteligência, outros com uma faca na mão para eliminar o indivíduo que mostrasse sua superioridade "parcial".

Geralmente, os betas que viviam em alcatéias na floresta vinham de famílias que não apoiavam a separação de classes e, por isso, somente eles, na maioria das vezes, eram vistos como dignos de viverem entre alfas e ômegas.


• ALFAS

Os Alfas, o alto escalão, eram considerados os líderes da alcatéia. Com características um pouco acima da média, tinham a visão e os músculos bem desenvolvidos, mesmo quando mal possuíam treinamentos para adquiri-los. Possuem um comportamento selvagem quando percebem que a pessoa que escolheu como companheiro está em perigo, e rosnam para afastar o inimigo.

Foi concebido à essa classificação uma "voz ativa", que era capaz de impor sua superioridade e em consequência afetava as outras classes inferiores, como ômegas e betas; o que deixava os alfas em uma posição maior de voz, mas não de razão — em algumas ocasiões.

O cheiro que emana é sempre cítrico e/ou amadeirado, um aroma forte, que atua como um aviso de autoridade quando liberado em excesso, deixando ômegas, betas e alfas não marcados muito enjoados; em período de cio, seu cheiro visa atrair as classes inferiores para o satisfazer e assim, gerarem as próximas gerações de seus nomes.


• ÔMEGAS

Os ômegas são delicados e acanhados — características que muitos tinham, mas não era um tópico a ser seguido. Tímidos, mas podem ser maiores que os alfas, porque o ômega estipula o poder que o alfa tem em si e não o contrário. São talentosos em diversas áreas e tem uma conexão muito forte com a natureza, contribuindo assim em áreas medicinais.

Little Wolves • pjm + jjkOnde histórias criam vida. Descubra agora