thorns on daisy 🌼

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Andando pela pequena cidade, comprimentando algumas pessoas e dando-lhes bom dia. Mas eu me perdi em meus pensamentos ao me recordar a aquele menino.

Jungkook.

Pensando em como ele agia, parecia um garoto encrenca, mas o sorriso que ele direcionava a mim era lindo, ele me lembrava algo, pode ser alguém ou algo que eu passei a gostar muito recentemente.

— Bom dia Jimin! Qual livro irá levar hoje? — Ao entrar na biblioteca, o sininho na porta soou docemente. Seu sebastião, um doce velho amigo de minha mãe dono da pequena e única biblioteca da cidade, todos tem um grande carinho com ele. — Lembro-me bem que o senhorzinho tem dois livros para devolver. — Ele diz cruzando os braços formando um bico fecho por conta das dentaduras.

— Bom dia, seu sebastião. Me desculpa, havia me esquecido, prometo que devolverei rápido! — Falo esboçando um sorriso suspeito. — Vim buscar aquele que o senhor me contou um pouco da última vez que estive aqui. Aconteceu algo hoje que me fez lembrá-lo. — Contei.

— Ah Claro, vou pegar. — Caminhou até a escada que ficava apoiada nas pratilheiras de livros, ele subiu pelejando preocurando pelo livro. — Me diga, o que aconteceu de tão incrível que o fez lembrar do livro?

— Bem, hoje de manhã havia crescido uma margarida na minha janela e ela tinha espinhos. — Lembrei dela, realmente muito bonita.

— Espinhos? Se me lembro bem sobre estudos das flores, as margaridas não possuem espinhos. — Faz um semblante confuso.

— Exato, Sebastião você me disse que quando uma flor brota derepente significa algo mágico, como o fruto de um amor verdadeiro. — Sorri animado, Sebastião pegou um livro e desceu as escadas, aproximando-se de mim com o livro nas mãos.

— Querido, amor verdadeiro não existe, eu apenas contei-lhe sobre o livro. — Ele me estendeu o livro. Ele era lindo, sua estampa  verde claro, a capa dura e em seus detalhes havia umas linhas dando zigizague em dourado, no meio pertencia à uma rosa grande.

— Seu sebastião, o amor só exite para aqueles que querem ver...e eu quero ver. —  Passo a mão sobe a capa dura do livro.

— Amor verdadeiro é a fantasia para adolescentes, não se engane criança.

— nós precisamos de fantasia para sobreviver a realidade. 

Seu sebastião parecia pensar um pouco, ele ajeitou o óculos no rosto e suspirou, caminhou devagar até se sentar em sua poltrona, eu o siguia com os olhos.

— Então eu que estou velho de mais pra isso, mas boa sorte garoto, ainda pode achar seu amor, e quando acha-lo espero que seja pra sempre, por que o amor nem sempre é eterno. — Murmurou, descontente. Eu abri os olhos um tanto, tentando compreender o desânimo derepente, mas depois esboçei um sorriso aproximando-me do senhor.

— Amor verdadeiro não é fácil seu sebastião, mesmo sendo velhinho, aposto que as senhorinhas da praça tem uma quedinha por você. Nunca é tarde de mais para o amor. — Sebastião riu de minha fala e eu gargalhei. — Estou nem brincado.

Ele negou sorrindo.

— Vá, leve esse livro logo e depois me conte como foi. — Expulsou-me. —  Ah, e não se esqueça de devolver os outros hein. Vá, vá. — Ainda sorrindo o velho me expulsou da biblioteca.

A flor da janela | Jikook Onde histórias criam vida. Descubra agora