Capítulo 1 🍂

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S/N on

Quando crescermos aprendemos que fazer amigos, se relacionar com uma pessoa amorosamente pode ser um erro. Na maioria das vezes essas desconfianças e medos estão certas e fazem com que nós repensarmos o nosso pensamento sobre aquela pessoa e o porque de tal atitude, pensamos tanto em outra pessoa que não enxergamos á nós mesmos, não nós enxergamos no espelho da verdade e perceber que às vezes o erro somos nós.

Quando tomamos atitudes de gentileza e lealdade é um fato que a outra pessoa crie uma confiança em nós, viramos um diário repleto de segredos e histórias alheias. Em alguns casos criamos confiança em alguém, contamos tudo á ela, medos e segredos, para no fim ela se distanciar e jogar toda a culpa em nós mesmos.

Agora são exatas 8:30 da manhã, escutar um professor de meia idade proferir palavras bobas sobre grandes filósofos e matemáticos extraordinários fazem um tédio ser criado. Sento na terceira cadeira do lado esquerdo da sala, considerada a "anti-social" e isso faz com que eu apenas abaixe a minha cabeça sobre a mesa e fingir estar dormindo.

-Senhorita Kim, poderia nos explicar o que foi o período Pré-socratico?

- Foi o período do surgimento de diversos filósofos gregos e romanos antes de Sócrates. - falo levando a cabeça respondendo a pergunta feita pelo professor.

-Para alguém que parece dormir estar sabendo de tudo não é? - sua fala continha sarcasmo e em sua rosto continha um sorriso.

-Uma pergunta tão fácil sobre Filosofia Pré-socratica devia ser aplicada para pessoas com conhecimento básico e não explicado por alguém que mal corrige provas e aprova alunos por causa de dinheiro. - minha fala sai rude e ao mesmo tempo leve. Falar verdade pode ser aliviante.

-Hum... Devia medir- é interrompido pelo som extrindente do sinal.
-Não esqueçam do trabalho para a semana que vem. - fala enquanto todos guardava os materiais e mal ligaram para a fala do homem.

𝐑𝐞𝐟𝐞𝐢𝐭𝐨́𝐫𝐢𝐨

-Pensou sobre aquilo que eu lhe disse? Sabe que precisa fazer isso princesa. -Robert, cujo meu namorado, estar me abraçando de lado enquanto comemos sanduíche e um suco de caixinha.

-Você sabe a minha resposta, só posso vendê-la aos 20, vou ter terminar o terceiro ano e me formar. Tenho tempo ainda. -digo comendo o sanduíche sem me importar com os olhares.

-Mas tem apenas um ano agora e como vai vendê-la se não tem a comprovação de que os seus pais deram ela para você? - diz tirando um mecha que caia sobre o meu rosto.

-Não precisa se preocupar e tenho que ir agora, vou devolver um livro. - digo dando um beijo em sua bochecha me levantando.

O caminho até a biblioteca é silencioso, poucos alunos vêm aqui para estudar ou pegar livros, a única coisa que eles pegam mesmo são eles mesmos entre a imensidão das prateleiras. Semana passada peguei três "casais" em flagrante mas não disse nada, apenas segue a minha vida sem ter visto aquilo.

-Vim devolver esse livro. - entrego o livro a bibliotecária em um tom baixo.
-Obrigada querida, irá levar algum hoje?
- Hoje não mas amanhã sim, preciso descansar um pouco também. - dou um sorriso fraco para ela enquanto saia pela porta.

𝐐. 𝐃. 𝐓

𝐄𝐧𝐭𝐫𝐚𝐝𝐚 𝐝𝐚 𝐞𝐬𝐜𝐨𝐥𝐚

Todas as minhas aulas já tinham acabado e por um milagre não tive aula de educação física e não fui perturbada pelas garotas "populares". O fato de eu namorar o aluno transferido do exterior gerou uma enorme insatisfação nelas e em outras garotas. O Robert é uma pessoa muito especial para mim, sabe como deixar uma clima maravilhoso por onde passa já eu sou mais fechada, gosto de ficar na minha e odeio confusão, devido à isso me encontro em um quadro de ansiedade elevado já que não sei controlar as minhas crises e muitas das vezes palavras e ações.

-Quer carona para casa amor? - diz passando o braço pelo meu pescoço.

-Hoje não, prefiro ir andando mesmo e também a Soo-jin vai estar na porta me esperando então não quero arranjar briga. - caminho mais um pouco fazendo seu braço sair de perto do meu corpo.

-Ah tudo bem, toma cuidado e vê se não fica de papinho com aquele In-yeon. - diz se afastando subindo em sua moto.

-E o que tem demais? Ele é só meu amigo, eu namoro você lembra.

-E dai, você sabe muito bem que eu não gosto dele e já pedi pra se afastar dele! Porra S/N, usa a sua inteligência pra perceber que esse cara só quer você na cama. - ele liga sua moto e saindo em disparada.

O caminho até o orfanato é seguido por carros barulhentos e pessoas apressadas, a fachada do mesmo é composta por um portão de ferro fundido juntamente das letras do mesmo - Wolfs-. Passando para dentro da casa, a decoração é rústica com apenas dois sofás marrons terrosos e uma mesa de centro pequena, na parede principal á uma lareira de mármore branco e uma estante de madeira natural, virando a direita se encontra a escada que leva aos quartos que são compartilhados exceto pelo meu, por ser a mais velha tenho um quarto apenas meu. Apesar de ser pequeno é bastante aconchegante, composto por uma cama, mesa para estudos e um guarda-roupa.

- O que pensa que ta fazendo aqui? Sabe muito bem que irritante da Soo-jin odia que você venha pra cá! - diga entrando no quarto me deparando com In-yeon.

-E por um acaso eu ligo para o que aquela imbuste diz? Você já foi mais esperta S/N - o mesmo ri se levantando da minha cama.

-Ha ha ha, muito engraçado agora dá para sair, preciso estudar. - digo colocando a minha mochila encima da cama.

- Tem como você parar de estudar tanto e dar um pouco de atenção pra o seu best friend ein? - me abraça de lado colocando a cabeça em meu ombro.

-Sai fora, aliás eu já pedi para não ficar assim comigo, sabe que o Robert não gosta. -levanto indo abrir a porta.

- As vezes não sei por que não usa inteligência para terminar com esse cara. - levanta indo na minha direção.

-Sabe que eu amo o Robert, ele está me ajudando muito em relação aquilo lá.

- Quando é que você vai perceber que esse cara não é o que parece? Ele usa a sua dependência emocional para fazer o que quiser e você só alimenta isso mais ainda, eu só te peço para enchergar o óbvio. - sai pela porta com um semblante sério.

As vezes escutar aquilo que não queremos ouvir pode ser doloroso ou até mesmo irritante mas é sempre necessário e quando isso acontece ficamos pensando o por que de tal ato, o por que de falar palavras grossas e francas sobre algo que sabemos que é errado.

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𝐂𝐨𝐧𝐭𝐢𝐧𝐮𝐚...

𝐃𝐞𝐬𝐭𝐢𝐧𝐨...(Sendo Reescrita)Onde histórias criam vida. Descubra agora