Gael

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ℍá 𝕦𝕞 𝕒𝕟𝕠...

Na casa do Gael...

-- Oi Jonas, tudo bem?(...) O que você quer me apresentar uma amiga, ela se chama Juliana, nome bonito, mas já te falei que eu tô bem sozinho. (...) Eu sei, eu sei que você quer que eu conheça novas pessoas, mais cara deixa ir com o tempo, ok? Não precisa se preocupar comigo (...)
Pois é amanhã eu vou viajar com a escola.(..) Tenho que ajeitar minha mochila agora, amanhã a gente se fala. Tchau cara.
Terminei de conversar com o Jonas no celular, desci para cozinha lá estava meu pai de novo, bêbado e jogado em cima do sofá. Não fiz muito barulho pra ele não acorda. Ontem ele se estressou comigo e me bateu, ainda estou com as costas um pouco doloridas, espero que dê tudo certo amanhã; quero fugir depois do passeio, planejo ir pra casa da minha tia Carmem que mora perto do tal chalé, onde nós iremos ficar.
Arrumo minha mochila, coloco algumas roupas, alimentos e um dinheiro que minha mãe me mandou da Austrália, ela é bióloga e estuda algumas espécies por lá; meu pai não aceitou ela ter se mudado pra lá e começou a beber, a beber muito e quando se estressa com algo ou se lembra da minha mãe, ele me bate, Luiza minha mãe até tentou me levar pra Austrália junto com ela, mas Pedro meu pai, não deixou; apago as luzes e me deito na cama, acabo adormecendo.

              ( Quebra de Tempo )

Já é de manhã, tomo café, pego minhas coisas e vou pra escola, mais antes de sair no portão, meu pai pergunta pra onde vou...
-- Eu tô indo pra viagem da escola, lembra?
-- Você não vai a lugar nenhum, tem que ficar em casa!
-- Por quê? Pra você se estressa com a sua vida ruim e me bater?
-- Garoto, eu que mando aqui! Entra logo! -- Disse ele, ainda um pouco bêbado; nós discutimos e ele tentou me bater, mas segurei sua mão, o que o fez ficar com mais raiva. Consegui derrubar ele e peguei minha bicicleta, sai bem rápido, para que ele não podesse me seguir.
Cheguei na escola e me sentei em um banco, ainda não tinha tocado o sinal. Foi quando a vi, uma garota da minha sala, que não fala com ninguém e sempre fica consentrada nós estudos. Ela estava com um fone branco nas mãos e um casaco azul amarrado na cintura, ela é tão bonita, tem olhos cor de avelã e os cabelos castanhos, um pouco aloirados, seu nome é Julie.
Uma garota ruiva, passa correndo ao meu lado e quase derruba minha mochila, é a filha do professor de história, ela me pede desculpas e continua correndo.

Triim triim triim -- Toque de sirene.

Entro no ônibus, após o toque da sirene, sentei no fundo, do lado da janela. Do outro lado estava Julie adormecida.
Não consegui dormir, fiquei pensando no meu pai. O tempo passou e quando finalmente pego no sono, o ônibus faz uma curva e acaba escorregando em uma ribanceira e a chuva estava muito forte. Todos presentes começam a gritar por socorro, inclusive eu, fiquei tentando abrir a porta de emergência, mas aí...

A Jornada do Infinito ✔️ (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora