Bem este é um relato das minhas aventuras pelo vasto e infinito cosmos, seguindo minhas ambições para ser o maior e melhor caçador de recompensas/ entregador do universo, um trabalho, nobre digno e que exige total respeito.
Não, calma para tudo, não consigo mentir tanto assim, esse trabalho é uma bosta, o universo é um lugar, maluco, só tem doido nessa bagaça, cada dia parece que eu vou ter uma morte horrível, para fazer algo simples, eu quase morri hoje sabe, e eu só fui entregar um sorvete, nem vamos mencionar as microbombas no meu corpo.
Agora voltando ao começo do meu inferno, eu normalmente viajo pelo universo na minha van tocando música, mas ela tem um probleminha, gosta de quebrar no meio do nada, tipo uma nebulosa cheia de zumbis do espaço ou então em planetas com tendencias a sacrifícios vivos.
Desta adorável vez, ela quebrou na frente de um bar asteroide, serio eu odeio esses lugares, são cheio da escoria da galaxia, porém enquanto o sistema de alto reparo vulgo, (produzir fita isolante para os remendos) trabalhava eu fui até lá, já que estava com cede.
Assim que entrei pude sentir o cheiro podre da bebida mais consumida nesta galaxia, refrigerante, um trombone bebia seis garrafas ao mesmo tempo deixando só uma das suas sete trombas livres para falar, caso não saibam um trombone é um bicho com sete trombas espalhadas pelo corpo e um único olho que ficava se movendo pelo corpo.
Chegando no balcão o barman olhou pra mim, sabia que refrigerante não era minha praia se é que vocês tão me entendendo.
– Ei amigo manda um leite quente ai.
– Sem leite amigo, só refri.
Esqueci de falar ele era um louva-deus, sim é isso que vocês tão pensando, o barman era um inseto gigante de avental com dois braços robóticos substituindo os naturais, ninguém sabe da onde vieram ao certo, mas o universo tá cheio de animais mutantes, um dia desses eu trombei com um galinvalo, um conselho real, nunca falem do rabo deles.
Mas voltando ao bar …
– Corta essa, pelo menos água você deve ter.
– Só refri amigo, pede algo ou vai embora.
– Saquei, pelo menos pode me dizer onde é o banheiro?
– Nos fundos, e depois ralá peito.
Que bicho queixudo, nunca vai achar alguém para comer a cabeça dele assim, saindo do bar tive que dar a volta no asteroide, mais por sorte estava com minhas botas de gravidade e pelo menos a atmosfera artificial envolvia o asteroide todo, não tive que gastar o suprimento de oxigênio do meu tanque.
Tudo normal até ai né, errado, tava tudo dando errado só eu que não sabia disso ainda, assim que cheguei nos fundos fui apresentado a um grande dilema, qual porta escolher?
Haviam três portas uma roxa, uma azul e uma rosa, qual delas escolher era complicado principalmente por que não tinha nada escrito, eu sempre fui o tipo de cara que não da sorte para escolher as coisas, mas eu tava muito apertado tipo, como se tivesse com bexiga prestes a estourar por isso taquei o foda-se e entrei na roxa, afinal que tipo de coisa ruim é da cor roxa?
Resposta, as piores coisas do multiverso são da cor roxa, é serio nunca entre em uma porta roxa em um bar no meio de um asteroide.
Mas voltando, um fato engraçado todas as portas davam no mesmo comodo, logo podia ter pego qualquer uma. Sabe qual foi a primeira coisa que passou pela minha cabeça quando entrei no banheiro? Sei que parece uma pergunta estranha e deve ser mesmo, mas a primeira coisa que passou pela minha cabeça foi “puta merda”.
Era um banheiro do tipo orgânico, vulgo um fungo gigante, basicamente as paredes do lugar são cobertas por um massa de consistência indeterminada cheia de furos, nunca sei qual buraco usar, o motivo disso existir foge ao meu juízo.
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Space Tod: Uma loucura no espaço
HumorNão leiam essa loucura, mas se lerem não tentem entender o porque só senta no sofá e finge que tá tudo suave na nave. Nebulosas de zumbis, galinvalos vingativos, meteoros esnobes e Deuses com cabeça de cavalo, o universo nunca foi seguro, más agora...