My Real Life Dating-System?! [PT/BR]

9 - Professor por um dia, pai por toda a vida

— Ele é fofo? — Haru perguntou me irritando, andando bem atrás de mim e cutucando minha cintura a cada passo. — Como você o convenceu a ser seu tutor? Devemos nos introduzir?

— Haru! Só! Seja! Normal! Okay?! Ele é um conhecido me ajudando nos estudos! Nada mais! Não se atreva a agir estranho! — sibilei para ela, alto o suficiente para todo mundo ouvir.

Não existe nenhuma confiança quando se trata deles e visitas. Daichi trouxe sua namorada para casa uma vez. E depois nunca mais. Acho que uma garota iria mesmo querer se casar com ele se pudesse nos aturar.

A noite inteira mais a noite do dia seguinte foram passadas comigo declarando que eu cortaria laços com todos eles se agissem de alguma forma estranha. Eu estava no limite o tempo todo. Teria sido melhor se eles não soubessem que gosto de garotos. O pensamento deles deixarem escapar algo ou agirem de forma estranha estava me deixando mais nervoso do que meu nervosismo natural.

Houve um tremor coletivo quando a campainha tocou e tomei um momento para encarar todos eles antes de abrir a porta. É claro que todo mundo estava no andar de baixo, onde mais eles iriam estar? Pelo menos eles não pareciam suspeitos ou estranhos, na verdade, eles estavam fazendo atividades normais.

Abri a porta com o coração quase saindo pela boca. Taizou estava usando roupas casuais — simples e de cores claras — e parecendo bem menos aborrecido do que na escola. Com seu rosto mais relaxado, mesmo que ainda estivesse sério, ele parecia ainda melhor.

— Oi — murmurei, limpando minha garganta. — Entra.

Ele me deu um aceno com a cabeça e entrou, imediatamente notando o resto da minha família.

— Olá — ele cumprimentou educadamente e vários "olás" soaram de volta, mesmo que todos estivessem cuidando das suas próprias vidas.

Menos a minha mãe, que adicionou com um sorriso:

— Obrigada por ajudar Riku com matemática.

Então ela voltou para a cozinha, encerrando a conversa de um jeito agradável. Mentalmente limpei meu suor ao ver todos se comportando de acordo com o combinado e indiquei as escadas.

— Vamos para o meu quarto.

Ignorei as sobrancelhas levantadas e o sorrisinho de Haru, que certamente identificou Taizou como meu interesse amoroso, e guiei o caminho escada acima. Haviam olhos cravados nas minhas costas, mas esses olhares eu podia aceitar.

Não estou sendo arrogante quando digo que meu quarto é aconchegante.

Passo muito tempo aqui, então queria que fosse confortável, ou seja, não era um clássico quarto caótico de gamer, e sim bastante organizado com um pufe e inúmeras almofadas na frente da minha TV e console, bem como uma enorme cadeira gamer que me custou uma fortuna. (Dinheiro de mesada. Trabalhos de meio período me assustam.)

Taizou olhou ao redor com um pouco de curiosidade. Qualquer outra pessoa provavelmente iniciaria uma conversa fiada, mas ele preferia o silêncio, diretamente apontando para uma mesinha no chão com três almofadas ao redor.

— Ali?

— Ah, sim, claro.

Peguei meu material e coloquei em cima da mesa, sentando com minhas pernas cruzadas. Taizou pegou o lugar à minha esquerda, pegando suas próprias coisas ordenadamente. Fiquei surpreso com quão bonita era sua caligrafia — a minha mal parecia letras legíveis.

— Você sabe o que não entende? — Balancei a cabeça negativamente. Não fazia a menor ideia. — Quer começar do básico então? — Eu assenti.

Provavelmente, era o melhor a se fazer, já que eu deveria não saber algumas coisas básicas.