Não como quase nada durante o jantar. Lisa está sentada de frente para mim, e não me olha nem uma vez durante nossa alimentação, mas não consigo parar de encarar.Pranpriya é uma pessoa completamente diferente de Lisa, a impressão que elas passam não chegam nem perto de ao menos se parecerem, e mesmo assim, é a mesma pessoa.
Esta é exatamente a mesma Pranpriya que eu me lembrava, mas ela mudou demais ao decorrer dos anos, não parece a mesma pessoa, acho que foi por isso que não me lembrei dela. Ela está muito mais atraente agora.
"Marcos, você se lembra da vez que a Jennie e Pranpriya ficaram desaparecidas por três horas, e quando os achamos estavam brincando no seu armário?" Meu pai se recorda aos risos.
"Aquele foi um dia desesperador, eram duas pestinhas, quase tive um infarto quando percebi que estava sumidas," Marcos responde sorrindo.
E pela primeira vez Lisa olha para mim. Ela sorri de lado, e me faz ficar molhada, não apenas pelo seu sorriso, mas também pelas lembranças que me vem à mente quando me recordo do que aconteceu naquele dia, naquele armário.
Eu odiava Pranpriya , ela era tão mimada e rancorosa, era completamente irritante. Neste dia, ela me chamou e falou que encontrou meu colar que estava perdido. Esse colar era o meu favorito, eu andava com ele para todos os lados, ele tinha uma pedra azul esverdeada no meio, eu mesma tinha o achado jogado na rua, mas eu não o via uma semana, tinha o perdido.
Estava tão triste com a perda do meu colar que estava desesperada ao procurar. Então Lisa -ou Pranpriya - me disse que havia o achado, então eu fui com ela até a casa dela, e entrei no armário do pai dela, que era enorme. E quando eu menos esperava, Lisa havia me beijado.
Ficamos por horas dentro daquele armário. Lisa inventava uma história atrás da outra me explicando o que havia acontecido com o colar, mas até hoje não o recuperei. E me senti extremamente arrependida por ter deixado Lisa me beijar, já que eu não gostava nenhum pouco dela, além de não ser nada relacionado quando comparado a hoje em dia. Ficamos semanas sem nos falar, até que ela foi embora.
Lisa começa a olhar para mim tempo demais, então eu me levanto e digo que vou ao banheiro.
Me olho no espelho e me xingo internamente. Consegui ficar excitada com lembranças de quatro anos atrás? Não consigo acreditar, sinto o coração da minha intimidade batendo, e logo como lembranças da semana passada a minha mente, e é como se eu não pudesse esperar para ser tocada.
Começo a descer minha mão pelo meu vestido, e então pela minha calcinha, e quando estou pronta para enfiar meus dedos lá dentro, ouço meu pai me chamando. Eu imediatamente recomponho minha postura e vou até eles, e vejo que os pratos já foram aposentados, e agora eles estão apenas conversando.
"Jennie", meu pai me chama novamente. "Você pode pegar aquele vinho português na adega? Aquele que te mostrei a alguns dias atrás."
"Claro, estou indo," aviso e começo a descer até a adega.
" Pranpriya, vá ajudá-la", Marcos diz por educação, mas ouço baixo, já que estou longe deles.
Droga, agora é o pior momento para eu ver Lisa.
Eu chego na adega que está gelada como sempre e começo a procurar o vinho. Respiro fundo para me comportar e não acontecer a mesma coisa da semana passada.
A vejo vindo até mim, e ela não olha para outro lugar que não seja meu corpo. Seus olhos nem chegam ao meu rosto, ela só está interessado no meu pescoço para baixo.
"Você estava falando a verdade," digo com a voz trêmula. "Porque não disse que era verdade?"
"Não seria divertido", ela responde com a mão no queixo, me analisando cautelosamente.
"Eu não sou uma diversão Lisa," aperto minhas pernas para tentar diminuir o fogo que sinto.
Ela continua se aproximando de mim, mas não responde nada, apenas sorri de lado.
"Sabia desde o começo?" Pergunto apoiada na mesa atrás de mim.
"Desde o dia que você não parava de me encarar", ela diz. "E logo percebi que você não se lembrava, mas não se sinta culpada, ninguém se deu conta ainda que sou eu."
"Não é culpa deles, você não é a mesma pessoa."
"Um país diferente muda muito uma pessoa", ela completa. "Você aprende muito." Ela passa o dedo nós lábios como se acabado de beijar alguém, mas logo percebo o que quis dizer, que agora ela beija, e não são apenas bocas. Mas eu nunca duvidei disso.
Concordo com a cabeça, e sinto minha respiração começar a ficar desregulada, então antes que algo mais aconteça, me viro para a coleção de vinhos e logo acho o que o meu pai me pediu. Ele está a algumas prateleiras acima, então fico na ponta dos pés para alcançar alcançá-lo, mas antes que eu consiga, sinto as mãos de Lisa se encostarem no meu quadril, e não me mexo.
Meu peito sobe e desce, e começo a lamber os lábios, ela percebe e sorri.
"Pode deixar que eu pego", ela diz e eu me afasto.
"Obrigada," digo pegando o vinho da mão dela. "Agora podemos ir." Digo indo em direção a uma porta para subir.
Nós duas subimos, eu nem me mexo direito, não sei o que fazer ou dizer depois dessa tensão toda, mas Lisa parece não se importar com o que acabou de acontecer.
"Ótimo!" Meu pai diz pegando a garrafa da minha mão. "Era deste que eu estava lhe falando Marcos."
E novamente, estou sentada na frente de Lisa, mas desta vez, ela não tira os olhos de mim, desta vez ela encara os meus olhos até onde a mesa permite, que no caso é até o meu decote.
Uma hora depois já foram embora, mas já combinam para se encontrar mais uma vez daqui a algumas semanas.
E logo me lembro de Kai, e vejo que ele me mandou uma mensagem dizendo que ficou ocupado cuidando da sua irmã mais nova, e tudo aquilo que eu estava sentido que me fez ficar com um frio na barriga vai embora.
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DIGA MEU NOME | Jenlisa
Romance•Capa: Jenlisawatt Jennie sempre teve tudo o que quis, mas quando Lisa Manoban, a sexy bad girl chega a escola, ela percebe que, no final das contas não pode ter tudo o que quer. Jennie tem quase tudo o que quer. Dinheiro, popularidade, beleza, e um...