Capítulo 16 - Fúria De Ryan

54 7 5
                                    

Louis estava ciente de toda a sua situação em São Francisco. Os meses do rapaz passaram voando, não apenas por conta das provas, mas também devido a todo o trabalho com seus ensinamentos de magia.

Já fazia algum tempo que o jovem Spartae sentia calafrios constantes e a sensação de estar sendo observado. O sexto sentido de Louis era bom, como o de todo bruxo, mas sua audição se destacava. Ele conseguia ouvir desde o canto dos pássaros até a batida dos corações.

Agora, o rapaz caminhava pela rua enquanto lia um livro sobre altares, seu mundo espiritual. Obviamente, sua mente vagava nas palavras, pensando em como poderia ajudar Jimin.

[Flashback]

- Então? O que queria contar que era tão importante para nos trazer aqui, Di? - Dion perguntou, cruzando as pernas sobre a grande mesa.

- É verdade. - Louis suspirou de costas para ambos, servindo duas taças diferentes, uma com champanhe rosé e outra com vinho seco. Já para si, encheu um copo de whisky e logo o virou, batendo com força na mesa. - Salve Saturno. - Novamente, o rapaz se serviu e entregou a taça a Diego, que assentiu com a cabeça, e depois a Dion.

- Obrigado, meu doce. - Dion sorriu e Louis o encarou. Os olhos de ambos se encontraram, Louis sentado de forma desleixada na poltrona e Dion com as calças apertadas, cruzando as pernas de forma vulgar na mesa. Dion logo desviou o olhar para Diego, mas Louis? Louis em momento algum deixou de admirar o Spartae.

- Quer parar de babar? - Diego debochou, virando-se para o rapaz que estava de cara fechada. - Nada contra, ele é bonito, mas não é uma de suas várias amizades.

- Eu tô aqui. - Dion suspirou e logo tomou um pouco da champanhe rosé de sua taça. - Por que nos chamou, irmão?

- Eu-

- Ah, por favor, não estamos tratando um assunto do coven, até estamos usando nossos nomes. Não precisa ficar com essa formalidade de irmãos. - O moreno revirou os olhos para Diego e Dion, que soltaram uma risada após se encararem. - O que foi?

- Você não entendeu. - Diego continuou rindo enquanto tirava o anel de seu dedo, uma amostra de que não estava mais ali como um bruxo. - Eu e Jeonghan somos irmãos.

O silêncio teria se mantido na sala, se não fosse pela risada gostosa do loiro, vendo a reação de Mckenzie. A cara daquele que atendia por Louis, também conhecido como Poseidon, era impagável. Os olhos castanhos foram de Wonwoo para Jeonghan, de Jeonghan para Wonwoo e voltaram para o último.

- Vocês só podem estar brincando comigo, por favor, me digam que é brincadeira. - Mckenzie praticamente implorou, mas a risada dos rapazes apenas o fez jogar a cabeça para trás, suspirando pesadamente. - Bando de gay.

- Gay não, me respeita. - Wonwoo gargalhou brincando.

As risadas aos poucos foram cessando, com algumas piadas ainda. Logo como veio o clima leve, este se foi com o pigarrear de Jeonghan.

- Fale, Wonnie. - O loiro sorriu.

- Bom, como vocês já sabem, Jimin não é humano, né? - O rapaz perguntou receoso, focando em sua taça de vinho, como se o líquido ficasse muito interessante de repente.

- Isso é óbvio, nós também não somos. - Victor revirou os olhos, terminando seu whisky.

- E se eu lhes contasse que não sei o que ele é? E nem do que ele é capaz? - Wonwoo perguntou aflito, e os dois rapazes se encararam confusos. 

- Eu não acreditaria, pois você é Diego Vênus Spartae, o bruxo mais poderoso de São Francisco depois de Oliver, além de ser um sabe-tudo. - Foi simples para o rapaz falar, foi leve. Louis sempre fora sincero, direto e limpo, como uma lança, seguindo seu percurso sem deixar para mais tarde. E a ponta dessa lança? Sua sinceridade, sem dúvidas.

SOFRÓSINA (Jikook/Jimin centric!)Onde histórias criam vida. Descubra agora