FATALE • jjk X pjm •

Capítulo XII

Jimin

As coisas estão ficando mais complicadas do que eu pensei que fossem ficar. Escutar aquilo dele ontem, sobre seus sonhos, me deixou louco. Porque eu me lembro exatamente daquela noite, nem ousaria esquecer, Jaebum em cima dele no colchão, usando ele como se fosse um brinquedo. O choro, os gritos de dor, chamando por mim, implorando para ajudar. E eu sem conseguir fazer nada para impedir que fizessem aquilo com meu garoto.

A cada dia eu estava ficando mais paranóico, achando que Jungkook era Sehun. Por mais que eu soubesse que não é possível, isso insistia em ficar na minha cabeça. Como pode eles serem tão parecidos ?

Mas não importa se ele é Sehun ou o caralho a quatro. Eu vou proteger ele, não vou deixar mais ninguém próximo de mim passar pelo que meu garoto passou. Mesmo que eu tenha que dar a minha vida por ele, eu faço sem ao menos pensar duas vezes. Vê‐lo frágil daquele jeito, se as pessoas soubessem do porque, não fariam tantas piadas sobre o codinome.

Eu estava saindo de meu quarto na manhã seguinte e senti o cheiro de café, ele conseguia abrir o meu apetite com o cheiro de sua comida. Andei até a cozinha escutando a voz de seu segurança Taehyung.

- Então o poderoso mafioso deu permissão para você comprar algumas coisas hoje ?

Parei antes de entrar na cozinha para escutar o que ele falava. Eu realmente não gostava dele, e nem ele de mim.

- Não fale assim de Jimin Hyung, Tata !

Sorri pequeno escutando a voz adorável de Jungkook tentando me defender.

- Ah Koo, qual é! Pare de defender tanto ele, um dia você vai ver que eu estou certo, a máscara de bonzinho dele vai cair.

- Ele não tem máscara nenhuma, ele me trata bem e eu confio nele.

- Espere mais alguns meses então.

Ele disse com desdém e eu não me contive. Entrei na cozinha coçando a garganta e vi Jungkook virar, arregalou os olhos quando me viu e eu apenas direcionei o olhar para seu segurança que me olhava sério.

- Taehyung, não é?

Falei com certa indiferença vendo ele assentir e me aproximei um pouco o olhando superiormente.

- Eu nunca disse que sou bonzinho, mas eu sempre vou tratar Jungkook com todo respeito que ele merece e vou cuidar dele como já faço. Saiba que sua presença aqui é dispensável, só permiti que viesse por causa dele. —Me aproximei mais abaixando meu tronco para ficar cara a cara com ele que estava sentado— Você está dentro de minha casa e eu exijo respeito, agora saia.

Ele estava muito puto comigo, dava para ver a veia em seu rosto saltando de raiva. Mas apenas se levantou olhando para Jungkook.

- Eu vou me arrumar para sairmos, Koo. —Se virou para mim com a carranca de puro ódio e se curvou, sorri de lado em satisfação e o vi saindo.

Me virei para Jungkook que engoliu em seco e abaixou o rosto. Parecia levemente com medo, talvez pensasse que eu iria brigar com ele por conta daquele episódio. Ele não tem culpa se o segurançazinho de merda dele é um insolente imprestável. Hoseok me contou ontem que o desarmou com tanta facilidade, imagine se fosse alguém querendo fazer mal a Jungkook? Eu estava tendo paciência até demais com ele.

- Me desculpe pelo comportamento dele Hyung, vou pedir para que ele não repita isso.

Me aproximei do menor e levantei a mão fazendo um carinho leve em seus cabelos e vi seus ombros ficarem menos tensos como se ele estivesse aliviado.

‐ Não se preocupe, Jungkook. Você não tem culpa de nada, e você tem permissão para me olhar nos olhos. —Andei até a cadeira me sentando e passei a mão ajeitando os fios rebeldes— Bom dia, dormiu bem ?