FATALE • jjk X pjm •

Capítulo XXI

Jungkook

Abri meus olhos e quando percebi a minha volta, eu estava na frente do espelho. Depois de dias Sehun voltou a aparecer para mim. Vi o mesmo parado a minha frente e parecia um tanto sério, apenas me sentei o observando. Algo me dizia que o assunto hoje seria sério.

- Como vai Jungkook? Vi que muita coisa aconteceu nesses últimos dias.

Respirei fundo assentindo, eu estava cansado. Eu tive poucas semanas de paz com Jimin, e agora que estamos juntos, não tem um dia que passe que eu não me preocupe. Temia mais por ele do que por mim, ele não iria ficar bem se algo acontecesse comigo.

- Sim.. coisas nada boas.

- Eu sei, mas pesso que tenha força, porque ainda vão acontecer muitas coisas.

Levantei o rosto para o mesmo, estava confuso. Como ele poderia saber o que vai acontecer no futuro.

- Como..? -fechei a boca e suspirei, óbvio que ele não iria contar- Esquece, não pode dizer certo?

Ele riu baixo e assentiu para mim.

- Sim. Mas hoje eu vim esclarecer algo importante, sobre nós dois. - até que enfim terei respostas- Lembra quando eu disse para você pensar sobre reencarnação?

- Lembro sim, realmente pensei sobre isso.

Era verdade, Yoongi hyung até tinha procurado na Internet comigo, isso me esclareceu muitas coisas.

- Ótimo, porque você é minha reencarnação, Jungkook.

Franzi a sobrancelha virando um pouco o rosto. Que papo é esse ?

- Como assim ?

Ele levantou um dedo de cada mão os deixando próximos e eu apenas segui seus movimentos.

- Somos duas pessoas diferentes, certo ? -assenti calado- Isso porque temos espíritos diferentes, mas nós dois compartilhamos da mesma alma. Somos um só, Jungkook.

Passei a mão pelo meu rosto respirando fundo. Então quando diziam que eu parecia muito com ele, é porque eu sou ele.. mas porque isso ?

- Mas porque tudo isso ?

- Por Min-ah e nós dois..

Pera aí, isso está ficando mais confuso ainda. O que Jimin tem haver com isso ?

- O que ele tem haver nessa história?

- Ele é nossa alma gêmea, Jungkook. Assim como você disse, somos, fomos e sempre seremos dele, assim como ele.

- Fomos ? Como assim ?

Ele riu baixo e abriu a mão para mim, na palma dele apareceu um relógio. Um relógio antigo, daqueles de bolso. Empurrou a mão e pude ver ela passando pelo espelho. Arregalei os olhos e levantei a mão meio receoso e peguei o relógio do mesmo. Era macio e prata, tinham detalhes muito bonitos como ramos de flor e no meio pude ver uma pedra azul. Era linda, e se parecia com a joia que recebi de Jimin no dia do nosso casamento. Quando abri o relógio, um flash se passou por meus olhos me cegando brevemente, mas pude ver dois homens. Éramos nós dois, eu não sabia como, porque éramos diferentes, eu apenas sabia. Jimin dormia numa cama bem grande enrolado em alguns lençóis brancos e eu estava sentado no meio da sala pintando ele.

Jimin não, Dante..

Itália, 1878.

Ele era tão bonito, uma obra de arte perfeita. Vi Dante se mexendo na cama e logo se sentou abrindo os olhos e vi seu sorriso matutino.