Gula

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[ E aqui estamos com mais um capítulo nessa fanfic depois de um tempinho esperando— eu sinto muuito por isso!

O capítulo de hoje traz a gula, boa leitura meus amores ]


— Você quer que eu o quê?! — gritou indignado. Sentindo os quadris doloridos do sexo recente gritarem terem leves espasmos. Cada movimento seu requeria um esforço e força de vontade que não fazia ideia que existia dentro de si, o rosto arqueava-se em uma careta sem jeito, Dazai não havia tido dó alguma quando quase implorou para que entrasse dentro de si.

— Que você dirija. — Osamu retrucou, encarando os olhos azulados irritados do outro quando baixou o rosto e Chuuya correspondeu olhando pra cima, afinal, não podiam caminhar lado a lado já que seu corpo servia para tapar o rasgão que deu na peça de malha bem na região da bunda marcada por apertos em tons de vermelhos na pele branca do mafioso.

— Não — falou em tom odioso, quase fechando os olhos enquanto o encarava, estava a ponto de mandá-lo à merda, mas não o faria, senão quem pagaria por conta de ter sido “mal educado”, seria ele.

Chuuya queria bater em Osamu, xingá-lo e ir embora, porém não queria ter suas nádegas expostas, então, apenas controlou a raiva dentro de si.

— Ora, vamos, Chuuya, não vai te matar! — disse, provocando o menor, sorrindo sacana e dando um leve tapa na região que ajudava a tapar, satisfação correu em seu corpo quando Nakahara paralisou, o rosto indo em cada canto do bar rezando para que ninguém notasse dois ninfomaníacos.

Era irônico pensar que um rapaz chamaria a atenção de todos à sua volta e uma transa forte com gemidos roucos seria passada despercebida, no entanto, naquele momento, Chuuya só estava embebido em luxúria e avareza, completamente tomado por ambos os pecados...

E Osamu pela gula.

— Você também não vai morrer por dirigir um carro, maldito! — O corpo voltou a andar em passos longos, querendo o mais rápido sair dali quando se tocou do que acabou de fazer, as bochechas coraram, o coração palpitou forte e sentia que lava corria no lugar do seu sangue.

Maldito seja Dazai por lhe atiçar tanto, ao ponto de lhe fazer parecer um animal faminto.

— Por favor, Chibi, tem algo que eu preciso fazer e não vou conseguir se for dirigindo! — disse, tocando a cintura do rapaz mais baixo, ainda sorrindo da mesma forma e pedindo silenciosamente para que ele aceitasse dirigir.

Saíram do bar, com o clássico sino agudo da porta indicando a saída.

— Acho bom não estar brincando… — falou baixinho, pondo suas mãos sobre as dele, obrigando-as a largar sua cintura. — Na rua não, idiota.

— Aw, achei que Chuuya seria mais compreensivo… — murmurou, agora observando o corpo do outro, lambendo indiscretamente os lábios como se fosse um predador que estivesse encarando sua presa, próximo o suficiente para degustá-la.

— Osamu, o que você tem hoje? — questionou, podia sentir que Dazai o comia com os olhos, e não que estivesse reclamando, mas realmente não esperava que chegasse ao ponto de ele querer transar na rua.

— Estou com fome… — respondeu, observando ao redor, notando mais a frente o carro de Chuuya. Tão imponente e lustroso, brilhava até mesmo durante a noite. Pensar que já havia explodido tamanho objeto de orgulho lhe fazia sorrir arrogante. Se fosse com qualquer outro, com certeza preferia ver a sua cabeça dentro de uma caixa de presente. Mas Chuuya só queria estar no seu colo, sentando em si como se estivesse sendo pago. E, de fato, estava.

— Então vá comer alguma coisa — retrucou, fingindo-se de dissimulado, ignorando qual era o real sentido daquela frase que havia saído dos lábios do mais alto.

Seven Shades of Sins;Onde histórias criam vida. Descubra agora