Don't ever become a stranger || Henry Cavill

Poker Night

- O que você está fazendo aqui? – Lena achou estranho a aparição de Henry aquela noite.

- Acho que você já sabe. – ele entrou sem ser convidado.

- Pare de rastejar, você está se tornando irritante.

- Eu só quero conversar Lena, mais nada.

- Conversar sobre o que? – ela cruzou os braços. – Sobre o fato de você ter perdido o baile dela porque estava...

-...eu sei o que aconteceu, não precisa me lembrar. – ele colocou as mãos nos bolsos. – Nós éramos crianças, eu mudei e ela também.

- Você tinha quase trinta anos Henry. – ela fechou a porta.

- Eu sei que você não gosta de mim, mas eu estou tentando consertar as coisas.

- Dez anos atrasados.

- Eu só quero... – Henry começou a falar, mas ela o interrompeu fazendo um shiu.

- ...olha, vocês dois são adultos e eu tenho para mim que você não vai força-la a nada, mas eu só te peço duas coisas: uma, não machuque a minha amiga, você já fez ela sofrer demais; e dois, não faça nenhum drama durante esse casamento, se o fizer que seja longe da festa ou qualquer coisa desse tipo. Eu odiaria ter de lidar com mais um problema além dos que eu já tenho.

- Vai me deixar entrar então? – ele abriu um sorriso.

- Você já está aqui não é? – ela também abriu um sorriso.

- Aonde ela está?

- Jogando Poker.- ela colocou a mão no braço de Henry e o foi arrastando até o meio da sala. – Você é bom nisso?

- Eu sou péssimo. – ele começou a rir. – Por que?

- Sei lá, pensei que você poderia apostar alguma coisa como um tempo com ela... – ela o puxou para baixo. - ...ou quem sabe um beijo? – Lena piscou para ele e saiu de perto.

Henry aproximou-se da mesa, porém ficou apenas observando Marnie jogar com os outros competidores que eram Chris, o pai da noiva e alguns padrinhos. Ficou encostado em um canto e algumas lembranças lhe vieram a mente.

Flashback on

- São sete da manhã, quem é o infeliz que est... – ele parou de falar quando abriu a porta e deu de cara com uma garota vestindo apenas uma lingerie cinza se encolhendo tentando cobrir o corpo magro.

- Oi vizinho... – ela sorriu meio envergonhada. - ...teria uma roupa para me emprestar? - Henry olhou para os lados e colocou a garota para dentro, dessa vez ela só fedia a álcool e estava tremendo de frio.

- Eu vou buscar uma roupa para você, fique ai. – Henry subiu fazendo o mínimo de barulho para não acordar a garota que estava em sua cama, pegou uma calça cinza e uma camiseta preta e desceu rapidamente, entregando para a garota encolhida no meio da sala. – Aqui está...Marnie, certo?

- Isso. – ela pegou a calça e a blusa e vestiu rapidamente, ele não pode deixar de reparar no corpo dela, era um pouco mais magra do que ele costumava achar atraente, mas era bonita mesmo assim. – Muito obrigada, eu prometo lavar isso e te devolver.

- Ficaram ótimas em você. – ele riu vendo a roupa larga nela.

- Desculpe incomodar, é que meu pai odiaria se me visse entrar naquele estado.

- Eu posso imaginar. – ele cruzou os braços. – Você está com fome?

- Faminta. – ela colocou a mão em cima no estomago.