Passava das duas da manhã quando Marnie ouviu um barulho vindo do lado da fora, ela olhou para a janela e deu de cara com Henry acenando de forma rápida, ela não queria levantar, mas ele não sairia dali se ela não o fizesse.
- É de madrugada Henry! – ela falou brava quando saiu para o lado de fora da sacada. – O que você está fazendo aqui?
- Você sumiu mais cedo e eu queria falar com você. – ele deu uma boa olhada nela que vestia uma camiseta comprida e tinha cara de exausta.
- O que você queria falar comigo?
- Sobre ontem... – ele sorriu. - ...eu achei que...
-...eu não vou transar com você de novo.
- Você ao menos pensou no que aconteceu?
- Olha eu não tive tempo de fazer isso, eu cheguei, tive de cuidar do nervosismo da Carol e... – ela respirou fundo. - ...não consegui parar. – ela cruzou os braços mostrando que estava com frio.
- Podemos entrar se você quiser. – ele se aproximou para abraça-la
- Melhor não. – ela colocou a mão no peito dele o afastando.
- A gente fica só abraçado Marnie.
- Você sabe que o foco aqui não somos eu e você, e sim o Charlie e principalmente a Carol, eu não quero que todo mundo se esqueça disso para ficar comentando que eu e você voltamos, coisa que não aconteceu...foi só uma transa.
- Você me disse que sentia falta de...
-...não torna essa conversa sexual está bem? – ela olhou bem para os olhos azuis intensos dele. – Olha foi bem gostoso ontem, mas não vai acontecer de novo, eu não posso negar que sinto sua falta, que ainda sinto alguma coisa por você, mas não tem como a gente ficar junto.
- Achei que você tivesse me perdoado.
- E eu perdoei, mas eu nunca conseguiria ficar com você de novo.
- Nem se eu implorar?
- Não faz isso, por favor. – a voz dela começou a ficar embargada. – Não é esse tipo de ultima impressão que eu quero ter de você.
- Então me leva para dentro, fica comigo e me deixa te mostrar que eu continuo sendo aquele cara por quem você se apaixonou, eu ainda sou aquele cara, um pouco mais velho, mas sou a mesma pessoa.
- Se você é a mesma pessoa, então ainda vai se esquecer de tudo que a gente tem na primeira briga e fazer uma besteira.
- Me dá mais uma chance, por favor, posso te mostrar que eu mudei nesse ponto.
- Henry... – ela mordeu o canto do lábio inferior. - ...isso vai me matar, mas eu não posso.
- Você vai mesmo me rejeitar isso?
- Tem alguém lá dentro. – ela olhou para o quarto através da janela.
- O que?
- Eu trouxe alguém comigo, quer dizer, ele não sabia se vinha e acabou me ligando algumas horas atrás avisando que conseguiu vir.
- Uau, espera, deia eu ver se entendi... – ele colocou as duas mãos na cintura. - ...você estava lá dentro com outro cara, e ontem você fodeu comigo duas vezes. Ele sabe disso?
- A gente não tinha nada definido, na verdade não tem, então não tem problema eu ficar com outras pessoas e vice-versa, mas agradeceria se você não comentasse.
- Eu não sou do tipo que faz essas coisas. – ele esfregou o rosto e Marnie teve certeza que ele estava tentando sufocar um choro. – Por que você fez isso comigo?
- Fiz o que? Viver?
- Você devia ter me contado.
- Para que? Minha vida não é da sua conta.
- Sabia que fui eu quem insisti para você estar aqui? A Carol não queria e o Charlie não queria brigar com ela, então em insisti e muito para que ela te convidasse porque eu queria ter a chance de te reconquistar.
- Me desculpa.
- O que ele tem que te fez decidir por ele? Ele é mais bonito? Fode melhor que eu?
- Ele é honesto. – ela não queria chorar, então achou melhor manda-lo embora. – Está tarde Henry, amanhã a gente tem que acordar cedo, é melhor você ir para casa.
- Tem razão.
- Vamos tentar não ficar mal, se não por nós, pela Carol e pelo Charlie.
- Eu não posso prometer nada disso a você, mas vou tentar...pelos dois.
- Já é bom o suficiente. – ela respirou fundo e acariciou o braço dele. – Fica bem tá?
- Tá. -ele balançou a cabeça e saiu da frente dela.
Henry voltou para casa o caminho todo chorando, mas no quarto, encolhida, Marnie também chorou até pegar no sono.
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Don't ever become a stranger || Henry Cavill
Fanfic"- Eu só queria que você não se tornasse uma estranha. - Eu ainda gosto das mesmas coisas de antes, sou a mesma pessoa que costumava ser. - ela olhou para trás dele, sorriu e depois voltou a encará-lo. - Eu já vi que não. - ele tocou a bochecha dela...