Don't ever become a stranger || Henry Cavill

For prosperity

- Eu preciso que você me ajude em uma coisa, Henry. – Charlie sentou do lado dele com uma caixa.

- Com o que? – ele estava no celular mexendo em alguma coisa e não ligou muito.

- Com isso... – Charlie abriu a caixa e jogou algo no colo de Henry. - ...preciso que me ajude a escolher algumas fotos para uma surpresa que a Carol quer fazer.

- É sério Charlie? – ele colocou o celular de lado e pegou o pequeno álbum de fotos que o irmão tinha jogado em seu colo.

- Foi ideia dela pedir sua ajuda, afinal, segundo ela, você tem um gosto bem melhor do que o meu.

- Nisso ela tem razão. – ele deu uma risada e abriu o álbum.

Ele e Charlie passaram bons minutos procurando fotos e abrindo os álbuns, até que, meio jogada, Charlie achou uma fotografia e jogou para Henry.

- "Para a prosperidade!" – ele disse o que estava escrito atrás da foto e começou a rir.

Henry largou o que tinha em mãos para observar a fotografia que tinha Marnie com um picolé na mão, de biquíni e mostrando o dedo do meio com a outra, ele se recordava de quando havia ganho aquilo.

Flashback on

- Veio participar da festa? – Marnie entrou na cozinha segurando uma fotografia na mão e vestindo apenas um biquíni.

- Adoraria. – ele deu uma boa olhada nela. – Mas eu não fui convidado.

- Estou te convidando agora vizinho. – ela sentou no balcão e ficou de frente para ele com as pernas abertas e uma posição um pouco sugestiva.

- Adoraria ficar, mas estou com companhia no carro. Preciso pegar minha chave.

- Ah, seu irmão deixou a chave aqui.

- Você o conheceu?

- Sim, ele é bem legal e engraçado, me disse que você deixou a chave com ele porque 'fingiu que a casa não era sua' para uma garota que você trouxe para casa. – ele deu uma risada. – Você sempre trás companhia para casa vizinho?

- Tenho medo de dormir sozinho Marnie. – ele colocou uma mão de cada lado da bancando ficando cara a cara com ela.

- Talvez um dia eu possa te fazer companhia.

- Está a fim de comprovar o que eu te disse outro dia?

- O que?

- A diferença entre caras mais novos e mais velhos?

- Quem sabe? – ela deu de ombros e entregou a chave para ele.

- Sabia que isso é ilegal, não é?

- Meu pai era quinze anos mais velho que minha mãe.

- Seu namorado não se importaria? – ele se aproximou dela.

- Ele precisa ficar sabendo? – ela abafou uma risada e entregou a foto que tinha em mãos para ele. – Você sabe aonde eu moro vizinho. – ela saiu da bancada e foi indo embora.

- "Para a prosperidade"? – ele leu em voz alta para ela.

- Entenda como 'para bater uma depois'. – ela foi embora logo em seguida, mal sabendo que depois de ter transado com a garota que tinha levado para casa ele realmente faria isso.

Flashback off.

- Você sabe que ela não é mais esse tipo de garota, não é? – Charlie perguntou arrancando Henry das lembranças.

- Que tipo de garota? – ele escondeu a foto no bolso.

- Que se contenta com restos. Ela mudou Henry, se tornou uma mulher independente e sofisticada.

- Consigo ver isso, não sou idiota.

- Então por que você ainda corre atrás dela como se ela fosse uma criança? Você não conhece mais a Marnie, e apesar de sempre estar sabendo do último passo que ela deu, você não sabe nada sobre ela. – Charlie cruzou os braços e fez uma cara de esperto. – Por acaso já viu os caras com quem ela sai?

- Eu já vi sim um, uma vez.

- Então acho que você tem certa ideia de que não a atrai mais. – Charlie se levantou.

- Acho que você está errado quanto a isso. – ele ouviu os passos do irmão arrastando-se pela sala.

- Eu tenho quase certeza de que ela não sente nada por você.

- A gente se beijou. – Henry falou de repente e ouviu Charlie bater contra alguma coisa por causa do susto. – Você está bem? – ele se levantou rapidamente e viu o irmão mais velho meio enfurecido vindo atrás dele.

- Vocês o que?

- A gente se beijou, eu sei que foi uma aposta no poker, mas eu senti que ela gostou e se eu não tivesse sugerido para a gente subir para o quarto dela, eu aposto que o beijo teria continuado até agora.

- Eu não acredito que você fez isso perto do meu casamento. – Charlie colocou as mãos na cabeça.

- Que que tem?

- Eu juro que se você estragar a festa da Carol eu mato você Henry.

- Ei, calma, eu e a Marnie nunca fomos de dar escândalo na frente dos outros, você sabe disso. E eu não vou fazer nada para estragar o dia maravilhoso de vocês, fica tranquilo.

- Eu espero que ela te dê um belo fora, que ela apareça aqui com um cara bem bonito e esfregue ele na sua cara. Melhor ainda, que ele a peça em casamento na sua frente e ainda...

-...ei ei, calma. – Henry se espantou. – Quanto ódio, achei que você quisesse me ver feliz.

- Eu quero, mas também quero vê-la feliz e eu odiaria ter de perder a minha amiga por sua causa.

- Prometo que isso não vai acontecer. – Henry deu um sorriso sem graça para o irmão.

- Espero mesmo que não. – ele foi saindo.

- Você pode me fazer um favor?

- Qual?

- Poderia me deixar ir pagar as flores?

- Mas eu já ia fazer isso amanhã.

- Charlie, por favor?

- Olha... – ele pegou um cartão dentro de uma agenda que havia ali perto. - ...eu sei que você está tramando alguma coisa.

- Não vai acontecer nada.

- Faz o que você quiser. – Charlie jogou o cartão nele e foi embora.