002- Calor inesperado

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César p.o.v

   O que era aquilo? ERA, AQUILO ERA CALOR!! Mas foi muito rápido, será que os medicamentos estão finalmente dando certo? FINALMENTE, estou tão emocionado, uma pena que já acabou o calor. Olho para minha frente e percebo que sem querer e nem ao menos notar vejo um garoto, com um suéter vermelho e uma estranha cicatriz em sua bochecha.

  Sem pensar duas vezes estendo a mão para ele, por educação pois havia o derrubado.

–me desculpa, você está bem? Eu estava indo até o consultório do senhor Dante, mil desculpas.- estendo a mão para o menor.

–Magina eu estava indo rápido também.- fala o menor aceitando mina ajuda e dando um leve sorriso.

  Quando ele me olha eu vejo os olhos dele, levemente puxados, de uma cor quase como o mel, seus lábios, delicados e mesmo com aquela cicatriz sombria, ele era lindo. Quem me dera ter essa beleza, mas enfim preciso ir-

  No momento que ele pega a minha mão meus pensamentos param, sinto novamente o calor, e então me dou conta, o que fazia enfeito em mim não era os medicamentos e sim.. ele.

    Sinto um enorme calor no momento em que nossas mãos se encostam, olho para ele surpreso. Nunca havia sentido isso, o calor, nunca havia sentido, mas com ele, eu poderia sentir, poderia sentir de novo esse calor, essa sensação boa.

Sem nem ao menos exitar pergunto:

–Qual o seu nome?

–Desculpe mas.. por quê?- o menor me pergunta.

–Por favor eu, eu preciso que você me fale seu nome.- falo sendo transparente a minha emoção.

–Bom, é Joui, Joui Jouki, e o seu?- Joui me pergunta.

–César, César Cohen.- falo sem exitar. –Posso adicionar seu número?- pergunto novamente.

–Me desculpe?- o mais novo pede confuso.

–Olha eu te passo o meu, mas por favor me chame!- falo dando meu número para ele.

Joui p.o.v

  Me ajuda, um jovem tá tentando me sequestrar, eu ainda sou jovem, só tenho 24 anos. Ele quer que eu passe o meu número pra ele, eu quero ligar pra polícia isso sim.

–Por favor, me chama. Você é jovem, faz alguma faculdade? Onde estuda?- o jovem denominado César me pergunta quase desesperado.

–Eu..- olho pro meu celular, noto que estou atrasado, são 8:00 horas da manhã, Liz-senpai iria ficar triste se eu não chegasse lá imediatamente.– Desculpa César mas eu preciso ir, depois a gente se fala, eu salvo seu número.- falo correndo enquanto minhas palavras ficam cada vez mais baixas e inaudíveis.

Narrador point

  César estava triste, pois sabia que havia feito muito escândalo, aliás ele não sabia se expressar muito bem. Ficara triste também por saber que aquele garoto não ia o chamar, ou adicionar o número dele, era nítido no rosto do menor que ele estava desconfortável com a situação.

     Sem pensar muito, César entra no consultório de Dante, que estava limpo, apesar de ter um certo preconceito em relação à Dante, afinal não fazia muito tempo que Dante havia saído da faculdade. Fazendo César ter uma pulga atrás da orelha em relação a isso, pensava em sua mente por que haviam posto um médico recém formado para cuidar de César?

    Dante logo havia de ter terminado a consulta com o paciente anterior, logo chama para a consulta César Cohen.

    Ambos entram no consultório de Dante, muito bem organizado e também como a farmácia, tendo um leve cheiro de álcool. Então logo depois de César sentar na cadeira começa o diálogo.

–É um prazer César, meu nome é Dante.- fala em um tom calmo.

–É um prazer.- Fala César ainda não olhando diretamente no olho de Dante.

–Você deve estar se perguntando por que eu estou cuidando de um caso raríssimo como o seu não é?- fala Dante, logo percebendo a curiosidade que havia despertado em César.– bom resumidamente, quando seu antigo médico estava para se mudar ele te indicou para mim, eu já havia trabalhado com ele, como estagiário, ele fala com todas as palavras em sua boca que eu sou muito competente para minha idade, e tem orgulho de falar isso.

–Ele me indicou você só porque você é competente, é isso?- fala César em um tom de indignação.

–Bom, principalmente, mas também por que ele já havia me falado sobre seu caso, tendo assim uma certa habilidade.- fala Dante tentando não ser grosso.

   Depois de algum tempo, Dante mudou alguns medicamentos, César queria falar sobre o acontecimento de mais cedo, porém preferiu deichar para uma próxima consulta, essa consulta na qual estava marcada para semana que vem.

    Foi correndo até o trabalho de meio período na qual havia apenas Beatrice que falava com um homem mais alto que a mesma, usava um casaco gigante e tinha cabelos levemente caídos pra baixo da orelha.

   Quanto mais César chegava perto do estabelecimento mais escutava a conversa dos dois, ouvindo algumas cantadas falhas e alguns "cala a boca" saindo da boca de Beatrice.

–Tristan já te falei, se você comprar a flor e me entregar de volta eu simplesmente vou colocar ela de volta onde ela estava.- Fala Beatrice para Tristan.

–A qual é, aceita a flor gracinha.- Tristan fala fazendo uma voz mimada.

–Olha só Tristan cliente!- fala Beatrice que não havia reparado que o tal cliente era César.

  Quando ambos olham para trás percebendo César simplesmente fazem uma cara de desânimo, não por ver César mas perceber que a loja estava falindo, sem ter muitos clientes.

–Muito movimento?- César brinca.

–Movimento? Só do piriquito.- Tristan fala dando um sorisinho para Beatice que dá um leve soco no braço de Tristan.

–É um Urutau Tristan.- fala Beatrice.

   Logo sendo surpreendidos com um cliente, finalmente, talvez ele sendo o primeiro naquele dia a querer comprar algo naquela floricultura.

  Todos logo se posicionam para atender o cliente, e então César se surpreende, era o mesmo garoto, era o garoto quente!!

César p.o.v

  Olho para a porta e vejo, um asiático com os cabelos reluzindo a luz da rua, era Joui. O garoto quente.

   Sem pensar duas vezes vou correndo até ele para perguntar o que precisava.

–Bom dia, seja bem vindo até a nossa floricultura, precisa de algo.- falo sem esconder a alegria.

–B-bom dia, eu preciso de uma rosa, é para uma pessoa muito importante então preciso de uma muito bonita.- fala Joui que gagueja quando percebe que é o mesmo garoto na qual havia se separado anteriormente.

–Que sortuda essa pessoa.- confesso sentindo os olhos do Tristan me encarando.

  Apresento algumas flores e rosas, Joui escolhe um mini buquê de rosas brancas e vai até o caixa, logo vou atrás do caixa para o atender.

–Sobre mais cedo, me desculpe.- falo enquanto cálculo o preço.

–Ah, aquilo, não tem problema César e aliás eu te mandei mensagem, eu acho que a gente daria bons amigos.- fala Joui com um sorriso em seu rosto.

–Desculpa a pergunta, mas você estuda? Tipo faculdade.- fala enquanto falo o preço para o mais novo.

–Faculdade de Nostradamus e você? Estuda?.- Joui responde.

–Eu tenho sorte, estudo na Nostradamus também.- falo feliz.

–Nos vemos lá?.- fala Joui.

–Claro!- entrego as rosas, encostando minimamente em sua mão, sentindo novamente o calor, aquele calor delicioso, que eu queria sentir cada vez mais.

Por hoje é só meus anjos!
Bebam muita água, talvez no próximo capítulo tenha facul envolvida??
Críticas construtivas são sempre bem vindas.
1224 palavras, tô morta.

Em seu calor (Joesar)Onde histórias criam vida. Descubra agora