005- Conflito

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•César p.o.v•

Se passaram alguns dias desde a conversa que tive com o Joui, não sei oque tinha na cabeça, era bosta, certeza.

Nós nunca conversamos muito por mensagem, o zapzap' dele nem foto tem, é meio contraditório porque, sempre que eu via ele nos intervalos, ele estava batendo alguma selfie.

Tanto faz, talvez ele me ache estranho, eu me acharia estranho se eu fosse ele. Porque eu tenho que ser tão estranho?

•Narrador point

César desde pequeno nunca teve uma boa convivência com as pessoas ao redor dele, seu pai sempre viajava muito, voltando apenas algumas vezes para o visitar, a única pessoa que ele tem boas recordações de pequeno, é sua mãe. Sua mãe era uma mulher carinhosa, sempre sorrindo e achando felicidade em tudo.

César amava essa mulher, queria ser igual a ela, amar igual a ela, sorrir igual a ela, mas nunca conseguia fazer isso. Era estranho, esquisito e as vezes tinha que escutar pessoas perguntando sobre a cicatriz dele, ele achava horrível.

César estava deitado em sua cama com o celular em suas mãos, esperando Cibele mandar alguma mensagem para ele, já que César tinha medo de começar uma conversa.

César então escuta sua porta abrir, dando um pulinho de susto.

-César meu filho, o pai queria sair um pouco com você, vamo?- Aparece Cristopher com uma sacolinha rosa com estampa de oncinha levemente puxado pro roxo.

-Não tô afim, vai sozinho ué.- César não se dá o trabalho de olhar na cara do mais velho.

-Mas eu queria te levar junto, sabe igual aos velhos tempos eu e você.- Cristopher faz um sorriso forçado.

-Não, eu ia porque tinha a mãe junto, mas, bom, você me abandonou, junto com ela.- César segura com força o celular que coincidentemente tocou uma notificação.

Era Cibele dizendo que não vai poder se encontrar com César no Sábado, estava perguntando se poderiam se encontrar hoje.

-Nossa olha, a Ci tá me chamando pra ir pra casa dela, ii não vai dar Cristopher, talvez outro dia, tchau.- César sai, nem dando o trabalho de olhar para seu pai.

-Mas César eu.. eu até perguntei para o Bruno qual seu lanche favorito, eu tava pensando em a gente ir pro MC Donald's..- Cristopher fala desanimado.

-O quê? Quem te deu o número do Bruno? Meu deus eu nem sei mais oque eu fasso, tchau tô vazando, ah, e apaga o número do Bru.- César fecha a porta com toda sua força.

César p.o.v

Fiquei feliz hoje, Cibele me convidou para a casa dela, me mandou o endereço e tudo mais. Por sorte consegui fugir das garras do meu pai.

Chamei um Uber, quando cheguei na casa de Cibele parecia uma festa, por que tinha tanta gente? Eu pensava que ia ser algo mais, só eu e ela, como nos filmes clichês.

Dou alguns passos e chego na porta, bato nela 3 vezes e Cibele atende.

-Oi Césinhaa, como cê tá?- Fala Cibele.

-Sabe, vai indo, mas me diz uma coisa Ci, isso é tipo uma festa?- Falo para Cibele.

-Ah, isso? Sim, tem algum problema?- Fala Cibele.

-C-claro que não.- Gaguejo pois fazia tempo que tinha socializado com várias pessoas, talvez eu devesse ter aceitado a proposta do Cris.

-Bem, seja bem vindo a casa, vou te apresentar algumas pessoas.- Cibele faz sinal para César seguir ela.

Em seu calor (Joesar)Onde histórias criam vida. Descubra agora