Em seu calor (Joesar)

016- Última chance

(!! Atenção !!)
(Esse cap pode ter nsfw, estejam avisados, quem não quiser ler, ou for sensível a esse tipo de cenário, preste atenção no recado que irei por antes do hot!)

•César p.o.v•

  Nossos olhos se cruzaram, inesperadamente desta vez o calor veio sem nem mesmo nos tocarmos. Isso é estranho mas tão.. quente.

  Estava em Marte, Júpiter e Netuno, tão distante que nem ao menos vi Joui sumir do local onde estávamos. Olho para Arthur e ele entende de imediato.

–Ele tá no corredor.- o mesmo aponta com sua mão.

   Agradeço em minha mente e sigo meu caminho, o vejo e imediatamente puxo-o.

–Ei, Joui, a gente precisa conversar.- seguro em seu braço, o calor é inevitável.

  Vejo o menor virar em minha direção.

–Ah, ok, sobre o que exatamente?- Joui pergunta.

–Nós.

  Uma palavra, uma pequena palavra dizia mais de mil e uma frases diferentes, vejo a expressão no rosto de Joui mudando repentinamente. O puxo para um banco que até parece reservado e explico a situação.

–Joui, eu não quero que apenas sejamos parceiros, apenas uma foda, eu quero que a gente seja um casal. Eu sei que é repentino mas, você me faz bem, me esqueço de todos os problemas e principalmente, eu sinto o calor com você.- declaro-me.

–Não.- não consigo ver os olhos de Joui.- Não quero nada com você, aquilo que tivemos foi um erro, me desculpe por te dar esperança..

–O-oque?- não esperava.

–Acabou, não quero que se iluda mais.- fala Joui em um tom frio porem não tão honesto.

–Joui, por favor pense direito, o que te fez pensar isso?- falo indignado.

–se é tudo o que tu tens a falar, eu vou embora.-Joui fala.

  Tudo se quebra, Fico sem reação, não penso em nada apenas falo:

–Uma última vez.- falo.

–O quê?- esse finalmente olha para mim.

–Uma última vez e te deixo em paz, nunca mais fico no seu pé.- esclareço.

  Joui excita, olha para os lados e fico esperando alguns instantes, que para mim são o mesmo de horas.

–Feito. Depois disso não quero mais nada e nas suas consultas vamos fingir que nem nos conhecemos.- ele estende a mão para mim.

  Eu sabia que logo depois de apertar sua mão, tudo estaria perdido, porém o fiz. Dei meia volta e sai, sem olhar para trás porém, mesmo não olhando para trás, o desespero reinou em mim.

  Depois disso nunca mais sentiria a mesma sensação, tenho que fazer a última vez ser inesquecível. Mas como vou fazer ser inesquecível se sei que nunca mais vou poder sentir o mesmo prazer?

Q.D.T~
 
   Fiz o melhor que pude, quando cheguei em casa abracei o travesseiro na intenção de abafar minha dor. Queria que isso não fosse real, até olhar para meu celular.

   Lá estava o contato de Joui, sabia que teria de chamá-lo, então assim o fiz, liguei meu celular e imediatamente apertei na opção de ligação.

–Oi, César?

–Vem aqui.- falo segurando minha dor.

–Calma, agora?- consigo escutar uma voz ao fundo, não faço questão de entender o que ela fala.

–Sim, e acabou.

–Mas eu acabei de chegar em c–

Desligo a ligação, cortando a fala de Joui.

    Sabia que ele viria, então fiz o máximo pra abafar minha dor, escutei música e arrumei um pouco meu quarto. Cristopher não estava em casa então seria mais fácil pra mim.

    Os minutos passaram tão rápido que quando percebi, escutei alguém batendo na porta, sabia quem era.

    Era o-

•P.o.v Joui•

  Eu não podia continuar com isso, ele iria intender.

   Estava na frente da porta de César fazia um tempo e então, decidi finalmente bater na porta.

–Oi, pode entrar.- ele abria passagem com as mãos.

  Eu ficava triste na ideia de nunca mais poder segurar suas mãos.

–Obrigado.- disse, enquanto ele abria um sorriso com um ar de tristeza. 

(!!ALERTA HOT!!)

  Subi até seu quarto, já sabia o caminho, não nitidamente, porém ainda o lembrava.

   Desta vez não estava tão sujo, parecia que ele realmente se superou desta vez.

–César, você se supe- não consegui terminar a frase pois, após virar-me para César o mesmo me agarrou para um beijo.

   Não sabia que estava tão desesperado assim, mas como era a última vez de nós, não fiz desfeita.

   O agarrei e quando percebi, César estava aos poucos abaixando mais suas mãos. Estávamos indo em direção aquele colchão, aquele que ficava no canto do quarto.

   Ele ficou em cima de mim e eu, embaixo dele, ele se aproximava de mim devagar, sem nenhuma pressa eu podia sentir que se fosse por ele, isso duraria uma eternidade e eu não estava nem aí. Já que essa seria nossa última vez, que seja lembrada para sempre.

(!!FIM DO HOT!!)

–Meninos!?!?!- olhei para baixo de mim e lá estava um cara grande e forte de pé em frente a porta, parecia ter no mínimo uns 50 anos.

   Sai imediatamente debaixo de César apavorado, nem olhei direito pro homem, estava envergonhado.

–Joui?!- ele falou pra mim e imediatamente caiu a fixa.

   Era o cara do táxi!!